Forma de transmissão
O HIV transmite-se, de uma forma geral, através de três maneiras:
Através de relações sexuais desprotegidas
A principal, e mais importante, forma de transmissão do HIV de uma pessoa para outra é o contacto mais íntimo que duas pessoas podem ter – as relações sexuais. As secreções sexuais (secreções vaginais e sémen/esperma), de pessoas infectadas pelo HIV, contêm grandes quantidades deste vírus.
Através da passagem directa de sangue infectado com HIV de uma pessoa para outra.
O sangue de uma pessoa infectada pelo HIV torna-se um factor de alto risco de transmissão de HIV quando introduzido no corpo...
Através da passagem do HIV de uma mãe infectada para o seu filho
Uma mãe infectada pode transmitir o HIV para o seu filho em três fases, que são: Durante a gravidez (gestação), Durante o parto e Durante a amamentação.
Forma de prevenção
São várias formas de prevenção do HIV e DTS, mas destacam-se:
ABSTINÊNCIA SEXUAL: Todas as vezes que iniciarmos um novo relacionamento e desejarmos ter relações sexuais sem protecção, teremos, antes, que solicitar ao nosso parceiro para fazer um controle.
FIDELIDADE: Se decidirmos ter relações sexuais sem protecção com um parceiro que não tenha uma DTS, então teremos de ter a certeza de que o nosso parceiro apenas tem relações sexuais connosco o que é muito difícil. Se o nosso parceiro tem relações sexuais sem protecção com uma outra qualquer pessoa, ele ou ela pode contrair DTS e transmiti-la a nós.
USO DO PRESERVATIVO: Prática do sexo seguro.
Saiba como usar correctamente o preservativo masculino
Saiba como usar correctamente o preservativo femenino
Como evitar a transmissão vertical
Notas Importantes
Ao comprar o preservativo, verifique a data de validade e o certificado de qualidade e confiabilidade do produto;
Verifique se a embalagem não está furada, amassada ou rasgada;
Dê preferência aos preservativos já lubrificados. Se desejar, utilize lubrificantes apenas a base de água. Os lubrificantes a base de óleo, como vaselina, creme hidratante, óleo para massagem etc. podem danificar a borracha do preservativo;
Proteja os preservativos do calor, da humidade e do atrito, evitando guardá-los em bolsos, carteiras;
Retire o preservativo da embalagem somente na hora de usá-la para evitar que esta seque e outros danos;
Se, ao colocar o preservativo, ficar ar no reservatório ou se ficar mal encaixada, retire-o, pois isso pode provocar o rompimento do mesmo. Deve-se utilizar um novo preservativo;
Se o preservativo rasgar antes ou durante a relação, troque-o imediatamente;
Não utilize mais de um preservativo por relação sexual, pôr por exemplo dois preservativos masculinos no pénis, pode levar ao rompimento dos dois preservativos devido ao atrito entre eles;
Use sempre um preservativo novo a cada relação sexual;
Se você nunca usou preservativo, treine antes de usar pela primeira vez;
Com o uso correcto do preservativo você estará se protegendo e protegendo seu parceiro, não só do SIDA, mas também de outras doenças de transmissão sexual, como sífilis, gonorreia etc.
Outras formas que contribuem para a prevenção da infecção pelo HIV e outras DTS incluem:
Evitar manter relações sexuais depois de consumir álcool ou outras drogas, pois pode induzir ao sexo desprotegido.
Evitar a compartilha de agulhas e seringas
Esterilização de todo o material cortante e perfurante
Transfusão de sangue devidamente testado e negativo para o HIV
Tratar o mais cedo possível as DTS
Fazer amor sem manter relações sexuais
Circuncisão - contribui para que a região em redor do pénis seja menos infectada devido ao engrossamento da pele nesta região, bem como melhora a higiene. Mas o circuncisão não evita a infecção pelo HIV.
Nunca usar ervas secas ou outros incipientes na vagina - Secar a vagina por quaisquer meios provoca maior tendência para golpes e para sangrar. Isso aumenta o risco de transmissão do HIV.
Sinais e sintomas
A sida não se manifesta da mesma forma em todas as pessoas. Entretanto, os sintomas iniciais são geralmente semelhantes e, além disso, comuns a várias outras doenças. São eles: febre persistente, calafrios, dor de cabeça, dor de garganta, dores musculares, manchas na pele, gânglios ou ínguas embaixo do braço, no pescoço ou na virilha e que podem levar muito tempo para desaparecer.
Com a progressão da doença e com o comprometimento do sistema imunológico do indivíduo, começam a surgir doenças oportunistas, tais como: tuberculose, pneumonia, alguns tipos de câncer, candidíase e infecções do sistema nervoso (toxoplasmose e as meningites, por exemplo).
Como não se transmite
Devemos nos lembrar de que o HIV se encontra em diversos fluidos corporais, tais como o sangue e seus derivados, as secreções sexuais (sémem e secreções vaginais), saliva, urina e suor de pessoas infectadas pelo HIV.
No entanto, a saliva, urina e suor, as quantidades de vírus nessas secreções são demasiado pequenas para permitir uma transmissão bem sucedida. Por outro lado, o sangue e seus derivados, assim como as secreções sexuais contêm grandes quantidades deste vírus, suficientes para causarem infecção.
O HIV precisa de estar em quantidade mínima crítica assim como precisa de ter um acesso directo ao sangue para poder causar uma infecção.
Por isso o contacto social simples e comum não transmite a infecção. No entanto, na presença de inflamação ou feridas frescas na pele, boca ou qualquer parte de contacto com sangue ou fluidos sexuais de uma pessoa infectada, é possível haver transmissão do vírus.
Podemos dizer seguramente que em condições absolutamente normais, o HIV não se transmite através de:
Convivio social comum como abraços, beijos, aperto de mão, praticar desporto juntos, nadar na mesma piscina, sentar no mesmo banco, estudar ou trabalhar juntos, respirar o mesmo ar;
Compartilhar utensílios domésticos (desde que não sejam cortantes nem perfurantes), roupas, sanitários, o mesmo quarto ou cama, loiça e talheres;
Dar de comer a pessoas infectadas pelo HIV ou já doentes;
Cuidar de pessoas infectadas pelo HIV ou já doentes;
Tossir, expirar, rir ou falar.
Contacto simples com a pele, como ao apertar a mão, abraçar ou tocar.
Compartilhar alimentos e bebidas
Copmartilhar utencílios, como copos, pratos, talheres, etc.
Compartilhar o quarto, a cama, os assentos dos sanitários, banheiros, chuveiros, etc.
Compartilhar toalhas, lençois, roupas, cosméticos, etc.
Picada de insectos como o mosquito, abelhas, vespas, percevejos, etc.
Ficar hospitalizado
Tocar moedas e notas bancárias.
Tocar na saliva, suor, sangue ou lágrimas de uma infectada (desde que não tenha feridas na pele da parte que toca);
Há evidênvias de que o HIV não se transmite pelo contacto social ocasional do dia a dia entre as pessoas porque:
O HIV não é estável e não sobrevive muito tempo fora do sangue e do corpo humano.
O HIV não é capaz de penetrar no corpo através da pele intacta.
O HIV não existe em quantidades suficientes na saliva e na urina para causar infecção.
Uma pessoa com os genitais intactos tem menor probabilidade de se infectar pelo HIV doque as pessoas com lesões (p. e. DTS’s).
As mucosas do olho, boca e orgaos genitais podem absorver facilmente o HIV, mas esta aumenta quando há lesões que sangram. O próprio acto sexual pode causar minúsculas lesões por onde o HIV pode penetrar.
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segunda-feira, 19 de julho de 2010
segunda-feira, 17 de maio de 2010
renascimento filosofico
Índice
• 1 Ideias centrais
• 2 Fases do Renascimento e seu contexto
o 2.1 Trecento
o 2.2 Quattrocento
o 2.3 Alta Renascença
o 2.4 O Cinquecento e o Maneirismo italiano
• 3 As artes no Renascimento
o 3.1 Pintura
o 3.2 Escultura
o 3.3 Música
o 3.4 Arquitetura
• 4 A italianização da Europa
o 4.1 França
o 4.2 Países Baixos e Alemanha
o 4.3 Portugal e Espanha
o 4.4 Inglaterra
• 5 Críticas
• 6 Legado
Renascimento
O homem vitruviano de Leonardo da Vinci sintetiza o ideário renascentista: humanista e clássico
Renascimento, Renascença ou Renascentismo são os termos usados para identificar o período da História da Europa aproximadamente entre fins do século XIII e meados do século XVII, mas os estudiosos não chegaram a um consenso sobre essa cronologia, havendo variações consideráveis nas datas conforme o autor consultado.[1] Seja como for, o período foi marcado por transformações em muitas áreas da vida humana, que assinalam o final da Idade Média e o início da Idade Moderna. Apesar destas transformações serem bem evidentes na cultura, sociedade, economia, política e religião, caracterizando a transição do feudalismo para o capitalismo e significando uma ruptura com as estruturas medievais, o termo é mais comumente empregado para descrever seus efeitos nas artes, na filosofia e nas ciências.
Chamou-se "Renascimento" em virtude da redescoberta e revalorização das referências culturais da antigüidade clássica, que nortearam as mudanças deste período em direção a um ideal humanista e naturalista. O termo foi registrado pela primeira vez por Giorgio Vasari já no século XVI, mas a noção de Renascimento como hoje o entendemos surgiu a partir da publicação do livro de Jacob Burckhardt A cultura do Renascimento na Itália (1867), onde ele definia o período como uma época de "descoberta do mundo e do homem".
O Renascimento cultural manifestou-se primeiro na região italiana da Toscana, tendo como principais centros as cidades de Florença e Siena, de onde se difundiu para o resto da península Itálica e depois para praticamente todos os países da Europa Ocidental. A Itália permaneceu sempre como o local onde o movimento apresentou maior expressão, porém manifestações renascentistas de grande importância também ocorreram na Inglaterra, Alemanha, Países Baixos e, menos intensamente, em Portugal e Espanha, e em suas colônias americanas. Alguns críticos, porém, consideram, por várias razões, que o termo "Renascimento" deve ficar circunscrito à cultura italiana desse período, e que a difusão européia dos ideais clássicos italianos pertence com mais propriedade à esfera do Maneirismo. Além disso, estudos realizados nas últimas décadas têm revisado uma quantidade de opiniões historicamente consagradas a respeito deste período, considerando-as insubstanciais ou estereotipadas, e vendo o Renascimento como uma fase muito mais complexa, contraditória e imprevisível do que se supôs ao longo de gerações.
Ideias centrais
Filosofia do Renascimento
A filosofia do renascimento foi o período da história da filosofia na Europa que está situado entre a Idade Média e o Iluminismo. Ele inclui o século XV; alguns estudiosos extendem o seu começo a década de 1350 e o seu termo ao final do século XVI ou ao começo do século XVII, sobrepondo a Reforma e a Idade Moderna. Entre os elementos distintivos da filosofia do renascimento estão o renascimento da educação e civilização clássica e um retorno parcial à autoridade de Platão sobre Aristóteles (que dominou a filosofia medieval).
O período foi marcado por transformações em muitas áreas da vida humana que assinalam o final da idade média e o inicio da idade moderna. Apesar dessas transformações serem bem evidentes na cultura, sociedade econômica, política e religião, caracterizando a transição do feudalismo para o captalismo e significando uma ruptura com as estruturas medievais, o termo é mais comumente empregado para descrever seus efeitos nas artes, na fisolofia e na ciência.
O Humanismo pode ser apontado como o principal valor cultivado no Renascimento. Baseia-se em diversos conceitos associados: Neoplatonismo, Antropocentrismo, Hedonismo, Racionalismo, Otimismo e Individualismo. O Humanismo, antes que um corpo filosófico, é um método de aprendizado que faz uso da razão individual e da evidência empírica para chegar às suas conclusões, paralelamente à consulta aos textos originais, ao contrário da escolástica medieval, que se limitava ao debate das diferenças entre os autores e comentaristas. O Humanismo afirma a dignidade do homem e o torna o investigador por excelência da natureza. Na perspectiva do Renascimento, isso envolveu a revalorização da cultura clássica antiga e sua filosofia, com uma compreensão fortemente antropocentrista e racionalista do mundo, tendo o homem e seu raciocínio lógico e sua ciência como árbitros da vida manifesta.[5] Seu precursor foi Petrarca, e o conceito se consolidou no século XV principalmente através dos escritos de Marsilio Ficino, Erasmo de Roterdão, Pico della Mirandola e Thomas More.
a mais liga o Renascimento à antiguidade clássica e o que melhor define sua essência e seu legado. O seguinte trecho de Pantagruel (1532), de François Rabelais, costuma ser citado para ilustrar o espírito do Renascimento:
Todas as disciplinas são agora ressuscitadas, as línguas estabelecidas: Grego, sem o conhecimento do qual é uma vergonha alguém chamar-se erudito, Hebraico, Caldeu, Latim (…) O mundo inteiro está cheio de acadêmicos, pedagogos altamente cultivados, bibliotecas muito ricas, de tal modo que me parece que nem nos tempos de Platão, de Cícero ou Papiniano, o estudo era tão confortável como o que se vê a nossa volta. (…) Eu vejo que os ladrões de rua, os carrascos, os empregados do estábulo hoje em dia são mais eruditos do que os doutores e pregadores do meu tempo.
O preparo que os humanistas preconizavam para a formação do homem ideal são de corpo e espírito, ao mesmo tempo um filósofo, um cientista e um artista, se desenvolveu a partir da estrutura de ensino medieval do Trivium e do Quadrivium, que compunham a sistematização do conhecimento da época. A novidade renascentista não foi tanto a ressurreição da sabedoria antiga, mas sua ampliação e aprofundamento com a criação de novas ciências e disciplinas, de uma nova visão de mundo e do homem e de um novo conceito de ensino e educação.O resultado foi um grande e frutífero programa disciplinador e desenvolvedor do intelecto e das habilidades gerais do homem, que tinha origem na cultura greco-romana e que de fato em parte se perdera para o ocidente durante a Idade Média. Mas é preciso lembrar que apesar da idéia que os renascentistas pudessem ter de si mesmos, o movimento jamais poderia ser uma imitação literal da cultura antiga, por acontecer todo sob o manto do Catolicismo, cujos valores e cosmogonia eram bem diversos. Assim, a Renascença foi uma tentativa original e eclética de harmonização do Neoplatonismo pagão com a religião cristã, do eros com a charitas, junto com influências orientais, judaicas e árabes, e onde o estudo da magia, da astrologia e do oculto não estavam ausentes.
Fases do Renascimento e seu contexto
Costuma-se dividir o Renascimento em três grandes fases, Trecento, Quattrocento e Cinquecento, correspondentes aos séculos XIV, XV e XVI, com um breve interlúdio entre as duas últimas chamado de Alta Renascença.
Trecento
O Trecento representa a preparação para o Renascimento e é um fenômeno basicamente italiano, mais especificamente da cidade de Florença, pólo político, econômico e cultural da região, embora outros centros também tenham participado do processo, como Pisa e Siena, tornando-os a vanguarda da Europa em termos de economia, cultura e organização social, conduzindo a transfomação do modelo medieval para o moderno.
A economia era dinamizada pela fundação de grandes casas bancárias, pelo surgimento da noção de livre concorrência e pela forte ênfase no comércio, e cada vez mais se estruturava em moldes capitalistas e bastante materialistas, onde a tradição era sacrificada diante do racionalismo, da especulação financeira e do utilitarismo. O sistema de produção desenvolvia novos métodos, com uma nova divisão de trabalho organizada pelas guildas e uma progressiva mecanização, mas levando a uma despersonalização da atividade artesanal.
Quattrocento
O chamado Quattrocento (século XV) viu o Renascimento atingir sua era dourada. O Humanismo amadurecia e se espalhava pela Europa através de Ficino, Rodolphus Agricola, Erasmo, Mirandola e Thomas More. Leonardo Bruni inaugurava a historiografia moderna e a ciência e a filosofia progrediam com Luca Pacioli, János Vitéz, Nicolas Chuquet, Regiomontanus, Nicolau de Cusa e Georg von Peuerbach, entre muitos outros.
Ao mesmo tempo, um novo interesse pela história antiga levou humanistas como Niccolò de' Niccoli e Poggio Bracciolini a vasculharem as bibliotecas da Europa em busca de livros perdidos de autores como Platão, Cícero, Plínio, o Velho, e Vitrúvio. O mesmo interesse fez com que se fundassem grandes bibliotecas na Itália, e se procurasse restaurar o latim, que havia se transformado em um dialeto multiforme, para sua pureza clássica, tornando-o a nova língua franca da Europa. A restauração do latim derivou da necessidade prática de se gerir intelectualmente essa nova biblioteca renascentista. Paralelamente, teve o efeito de revolucionar a pedagogia, além de fornecer um substancial corpus de estruturas sintáticas e vocabulário para uso dos humanistas e dos homens de letras, que assim revestiam seus próprios escritos com a autoridade dos antigos. Também foi importante a febre de colecionismo de arte antiga que se verificou entre os poderosos, que acompanhavam de perto escavações a fim de enriquecer seus acervos privados com obras de escultura e outras relíquias que vinham à luz, impulsionando o desenvolvimento da ciência da arqueologia.[14] A reconquista da Península Ibérica aos mouros também disponibilizou para os eruditos europeus um grande acervo de textos de Aristóteles, Euclides, Ptolomeu e Plotino, preservados em traduções árabes e desconhecidos na Europa, e de obras muçulmanas de Avicena, Geber e Averróis, contribuindo de modo marcante para um novo florescimento na filosofia, matemática, medicina e outras especialidades científicas. Para acrescentar, o aperfeiçoamento da imprensa por Johannes Gutenberg em meados do século facilitou e barateou imenso a divulgação do conhecimento.
Ao longo do Quattrocento Florença se manteve como o maior centro cultural do Renascimento, atravessando um momento de grande prosperidade econômica e conquistando também a primazia política em toda a região, apesar de Milão e Nápoles serem rivais perigosos e constantes. A opulência da sua oligarquia burguesa, que então monopolizava todo o sistema bancário europeu e adquiria um brilho aristocrático e grande cultura, e se entregava à "bela vida", gerou na classe média uma resistência retrógrada que buscou no gótico idealista um ponto de apoio contra o que via como indolência da classe dominante. Estas duas tendências opostas deram o tom para a primeira metade deste século, até que a pequena burguesia enfim abandonou o idealismo antigo e passou a entrar na corrente geral racionalista. Foi o século dos Medici, destacando-se principalmente Lorenzo de' Medici, grande mecenas, e o interesse pela arte se difundia para círculos cada vez maiores.
Alta Renascença
A Alta Renascença cronologicamente engloba os anos finais do Quattrocento e as primeiras décadas do Cinquecento, sendo delimitada aproximadamente pelas obras de maturidade de Leonardo da Vinci (a partir de c. 1480) e o Saque de Roma em 1527. Foi a fase de culminação do Renascimento, que se dissipou mal foi atingida, mas seu reconhecimento é importante porque ali se cristalizaram ideais que caracterizam todo o movimento renascentista: o Humanismo, a noção de autonomia da arte, a emancipação do artista de sua condição de artesão e equiparação ao cientista e ao erudito, a busca pela fidelidade à natureza, e o conceito de gênio, tão perfeitamente encarnado em Da Vinci, Rafael e Michelangelo. Se a passagem da Idade Média para a Idade Moderna não estava ainda completa, pelo menos estava assegurada sem retorno possível.[14][19] Eventos como a descoberta da América e a Reforma Protestante, e técnicas como a imprensa de tipos móveis, transformaram a cultura e a visão de mundo dos europeus, ao mesmo tempo em que a atenção de toda a Europa se voltava para a Itália e seus progressos, com as grandes potências da França, Espanha e Alemanha desejando sua partilha e fazendo dela um campo de batalhas e pilhagens. Com as invasões a arte italiana espalhou sua influência por uma vasta região do continente
Foi na Alta Renascença que a arte atingiu a perfeição e o equilíbrio classicistas perseguidos durante todo o processo anterior, especialmente no que diz respeito à pintura e à escultura. Pela primeira vez a Antiguidade era compreendida como um todo unificado e não como uma sequência de eventos isolados, levando a arte a descartar a simples imitação decorativa do antigo e troca de uma emulação mais completa, mais essencial e também muito mais erudita. Porém esse classicismo, embora maduro e rico, conseguindo plasmar obras de grande pujança, comparáveis à arte antiga, tinha forte carga formalista, espelhando o código de ética artificial, cosmopolita e abstrato que se impunha entre os círculos ilustrados e que prescrevia a moderação, autocontrole, dignidade e polidez em tudo, e que teve na pintura de Rafael e na música de Palestrina seus mais perfeitos representantes artísticos, e no livro O Cortesão de Baldassare Castiglione sua súmula teórica. O idealismo que foi intensamente cultivado na antigüidade clássica encontrava uma atualização e, segundo Hauser,
Giovanni Bellini: Sacra conversazione, 1505-1510. Museu Thyssen-Bornemisza, Madrid
"De acordo com os pressupostos desta arte, pareceria inconcebível, por exemplo, que os apóstolos fossem representados como camponeses vulgares e artesãos comuns, como o eram tão freqüentemente e com tanto sabor, no século XV. Para esta arte nova, os profetas, apóstolos, mártires e santos são personalidades ideais, livres, grandes, poderosas e dignificadas, graves e solenes, uma raça heróica, no pleno florescimento de uma beleza madura e enternecedora. Na obra de Leonardo encontramos ainda tipos da vida comum, ao lado destas nobres figuras, mas gradualmente nada que não seja grande e sublime parece digno de representação artística".
Apesar desse código de ética, era uma sociedade agitada por mudanças políticas, sociais e religiosas importantes em que a liberdade anterior desapareceu, e o autoritarismo e a dissimulação se ocultavam por trás das normas de boa educação e da disciplina, como se lê em O Príncipe, de Maquiavel, um manual de governo que dizia que "não existem boas leis sem boas armas", não distinguindo poder de autoridade e legitimando o uso da força para controle do cidadão, livro que foi uma referência fundamental do pensamento político renascentista e uma inspiração decisiva para a construção do Estado moderno. Assim, a grande diferença de mentalidade entre o Quattrocento e o Cinquecento é que enquanto naquele a forma é um fim, neste é um começo; enquanto naquele a natureza fornecia os padrões que a arte imitava, neste a sociedade precisará da arte para provar que existem tais padrões. Rafael resumiu os opostos em seu famoso afresco A Escola de Atenas, uma das mais importantes pinturas da Alta Renascença, realizada na primeira década do Cinquecento, que ressuscitou o diálogo filosófico entre Platão e Aristóteles, ou seja, entre o idealismo e o empirismo. [23] Nesse período se observou o paulatino deslocamento do maior centro cultural renascentista de Florença para Roma, com a proteção do papado e o crescente afluxo de artistas de outras partes.
O Cinquecento e o Maneirismo italiano
O Cinquecento (século XVI) é a derradeira fase da Renascença, quando o movimento se transforma, se expande para outras partes da Europa e Roma sobrepuja definitivamente Florença como centro cultural, especialmente a partir do pontificado de Júlio II. Roma até então não havia produzido grandes artistas renascentistas, e o classicismo havia sido plantado através da presença temporária de artistas de outras partes. Mas com a fixação na cidade de mestres do porte de Rafael, Michelangelo e Bramante formou-se uma escola local, tornando-a o mais rico repositório da arte da Alta Renascença e da sua continuação cinquecentesca, onde a política cultural do papado deu uma feição característica a toda esta fase. Boa parte dessa nova influência romana derivou do desejo de reconstituir a grandeza e a virtude cívica da Roma Antiga, o que se refletiu na intensificação do mecenato e na recriação de práticas sociais e simbólicas que imitavam as da Antiguidade, como os grandes cortejos de triunfo, as festas públicas suntuosas, as representações plásticas e teatrais grandiloquentes, cheias de figuras históricas, mitológicas e alegóricas.[14]
Na seqüência do saque de Roma de 1527 e da contestação da autoridade papal pelos Protestantes o equilíbrio político do continente se alterou e sua estrutura sócio-cultural foi abalada, com conseqüências negativas principalmente para a Itália, que além de tudo deixava de ser o centro comercial da Europa enquanto novas rotas de comércio eram abertas pelas grandes navegações. Todo o panorama mudava de figura, declinando a influência católica, perdendo-se a unidade cultural e artística recém conquistada na Alta Renascença e surgindo sentimentos de pessimismo, insegurança e alheamento que caracterizam a atmosfera do Maneirismo. Apareceram escolas regionais nitidamente diferenciadas em Roma, Florença, Ferrara, Nápoles, Milão, Veneza, e o Renascimento se espalhou então definitivamente por toda a Europa, dando frutos em especial na França, Espanha e Alemanha, tingidos pelos históricos locais específicos. A arte de longevos como Michelangelo e Ticiano registrou em grande estilo a transição de uma era de certezas e clareza para outra de dúvidas e drama que viu aparecer a Contra-Reforma e se dirigia para o Barroco do século XVII
O Maneirismo, que cobre os dois terços finais do século XVI e depois se confunde com o Barroco, foi um movimento que tem gerado historicamente muito debate entre os historiadores da arte. Depois do século XVII ele passou a ser encarado com desprezo, como uma degeneração mórbida e afetada dos ideais clássicos autênticos. Nos dias de hoje, porém, essa visão já não permanece, tendo sido revisada através de duas vertentes da crítica. Para uns ele se manifestou em uma área geográfica tão vasta e de maneira tão polimorfa e tão distinta do Quattrocento e da Alta Renascença, que se tornou um dilema inconciliável descrevê-lo como parte do fenômeno original, basicamente classicista e italiano, pois parece-lhes que em muitos sentidos ele constitui uma completa antítese dos princípios clássicos de proporção equilibrada, unidade formal, clareza, lógica e naturalismo, tão prezados pelas fases anteriores e que definiriam o "verdadeiro" Renascimento. A consequência foi estabelecer o Maneirismo como um movimento independente, reconhecendo uma nova e vigorosa forma de expressão no que se chegou a ver como decadência e distorção, tendo sua importância realçada por esses traços fazerem dele a primeira escola moderna de arte. A outra vertente crítica, contudo, o analisa como um aprofundamento e um enriquecimento dos pressupostos clássicos e como uma legítima conclusão do ciclo do Renascimento; não tanto uma negação ou desvirtuamento daqueles princípios, mas uma reflexão sobre sua aplicabilidade prática naquele momento histórico e uma adaptação - às vezes dolorosa mas em geral criativa e bem sucedida - às circunstâncias da época.
As artes no Renascimento
Nas artes o Renascimento se caracterizou, em linhas muito gerais, pela inspiração nos antigos gregos e romanos, e pela concepção de arte como uma imitação da natureza, tendo o homem nesse panorama um lugar privilegiado. Mas mais do que uma imitação, a natureza devia, a fim de ser bem representada, passar por uma tradução que a organizava sob uma óptica racional e matemática, num período marcado por uma matematização de todos os fenômenos naturais. Na pintura a maior conquista da busca por esse "naturalismo organizado" foi a recuperação da perspectiva, representando a paisagem, as arquiteturas e o ser humano através de relações essencialmente geométricas e criando uma eficiente impressão de espaço tridimensional; na música foi a consolidação do sistema tonal, possibilitando uma ilustração mais convincente das emoções e do movimento; na arquitetura foi a redução das construções para uma dimensão mais humana, abandonando-se as alturas transcendentais das catedrais góticas; na literatura, a introdução de um personagem que estruturava em torno de si a narrativa e mimetizava até onde possível a noção de sujeito.
Pintura
Sucintamente, a contribuição maior da pintura do Renascimento foi sua nova maneira de representar a natureza, através de domínio tal sobre a técnica pictórica e a perspectiva, que foi capaz de criar uma eficiente ilusão de espaço tridimensional em uma superfície plana. Tal conquista significou um afastamento radical em relação ao sistema medieval de representação, com sua estaticidade, seu espaço sem profundidade e seu sistema de proporções simbólico - onde os personagens maiores tinham maior importância numa escala que ia do homem até Deus - estabelecendo um novo parâmetro, cujo fundamento era matemático, na hierarquia teológica medieval. A linguagem visual formulada pelos pintores renascentistas foi tão bem sucedida que permanece válida até hoje.
Escultura
Na escultura os sinais de uma revalorização de uma estética classicista são mais antigos, datando do século XIII. Nicola Pisano em torno de 1260 produziu um púlpito para o Batistério de Pisa que é considerado a manifestação precursora da Renascença em escultura. Na passagem do século XIII para o século XIV seu filho Giovanni Pisano levaria seu estilo mais longe e dominaria a cena em Florença no primeiro terço do século, e seria um dos introdutores de um gênero novo, o dos cruxifixi dolorosi, de grande dramaticidade e larga influência, até então incomum na Toscana.
Música
Em linhas gerais, a música do Renascimento não oferece um panorama de quebras abruptas de continuidade, e todo o longo período pode ser considerado o terreno da lenta transformação do universo modal para o tonal, e da polifonia horizontal para a harmonia vertical. O Renascimento foi também um período de grande renovação no tratamento da voz e na orquestração, no instrumental e na consolidação dos gêneros e formas puramente instrumentais com as suítes de danças para bailes, havendo grande demanda por animação musical em todo festejo ou cerimônia, público ou privado.
Arquitetura
A permanência de muitos vestígios da Roma antiga em solo italiano jamais deixou de influir na plástica edificatória local, seja na utilização de elementos estruturais ou materiais usados pelos romanos, seja mantendo viva a memória das formas clássicas.[44] Mesmo assim, no Trecento o gótico continua a linha dominante e o classicismo só viria a emergir com força no século seguinte, em meio a um novo interesse pelas grandes realizações do passado. Esse interesse foi estimulado pela redescoberta de bibliografia clássica dada como perdida, como o De Architectura de Vitrúvio, encontrado na biblioteca do mosteiro de Monte Cassino em 1414 ou 1415. Nele o autor exaltava o círculo como forma perfeita, e elaborava sobre proporções ideais da edificação e da figura humana, e sobre simetria e relações da arquitetura com o homem. Suas idéias seriam então desenvolvidas por outros arquitetos, como o primeiro grande expoente do classicismo arquitetônico, Filippo Brunelleschi, que tirou sua inspiração também das ruínas que estudara em Roma. Foi o primeiro a usar modernamente as ordens arquitetônicas de maneira coerente, instaurando um novo sistema de proporções baseado na escala humana.[45][46] Também se deve a ele o uso precursor da perspectiva para representação ilusionística do espaço tridimensional em um plano bidimensional, uma técnica que seria aprofundada enormemente nos séculos vindouros e definiria todo o estilo da arte futura, inaugurando uma fertilíssima associação entre a arte e a ciência. Leon Battista Alberti é outro arquiteto de grande importância, considerado um perfeito exemplo do "homem universal" renascentista, versátil em várias especialidades. Foi o autor do tratado De re aedificatoria, que se tornaria canônico. Outros arquitetos, artistas e filósofos acrescentaram à discussão, como Luca Pacioli em seu De Divina Proportione, Leonardo com seus desenhos de igrejas centradas e Francesco di Giorgio com o Trattato di architettura, ingegneria e arte militare.
A planta centrada de Bramante para a Basílica de São Pedro
Dentre as características mais notáveis da arquitetura renascentista está a retomada do modelo centralizado de templo, desenhado sobre uma cruz grega e coroado por uma cúpula, espelhando a popularização de conceitos da cosmologia neoplatônica e com a inspiração concomitante de edifícios-relíquias como o Panteão de Roma. O primeiro desse gênero a ser edificado na Renascença foi talvez San Sebastiano, em Mântua, obra de Alberti de 1460, mas deixado inconcluso. Este modelo tinha como base uma escala mais humana, abandonando o intenso verticalismo das igrejas góticas e tendo na cúpula o coroamento de uma composição que primava pela inteligibilidade. Especialmente no que toca à estrutura e técnicas construtivas da cúpula, grandes conquistas foram feitas no Renascimento. Das mais importantes são a cúpula octogonal da Catedral de Florença, de Brunelleschi, que não usou andaimes apoiados no solo ou concreto na construção, e a da Basílica de São Pedro, em Roma, de Michelangelo, já do século XVI.[
No lado profano aristocratas como os Medici, os Strozzi, os Pazzi, asseguram seu status ordenando a construção de palácios de grande imponência e originalidade, como o Palácio Pitti (Brunelleschi), o Palazzo Medici Riccardi (Michelozzo), o Palazzo Rucellai (Alberti) e o Palazzo Strozzi (Maiano), todos transformando o mesmo modelo dos palácios medievais italianos, de corpo mais ou menos cúbico, pavimentos de alto pé-direito, estruturado em torno de um pátio interno, de fachada rústica e coroado por grande cornija, o que lhes confere um aspecto de solidez e invencibilidade. Formas mais puramente clássicas são exemplificadas na Vila Medici, de Giuliano da Sangallo. Variações interessantes deste modelo são encontradas em Veneza, dadas as características alagadas do terreno.[48]
Depois da figura principal de Donato Bramante na Alta Renascença, trazendo o centro do interesse arquitetônico de Florença para Roma, e sendo o autor de um dos edifícios sacros mais modelares de sua geração, o Tempietto, encontramos o próprio Michelangelo, tido como o inventor da ordem colossal e por algum tempo arquiteto das obras da Basílica de São Pedro. Michelangelo, na visão dos seus próprios contemporâneos, foi o primeiro a desafiar as regras até então consagradas da arquitetura classicista, desenvolvendo um estilo pessoal, pois fora segundo Vasari o primeiro a abrir-se para a verdadeira liberdade criativa. Ele representa, então, o fim do "classicismo coletivo", bastante homogêneo em suas soluções, e o início de uma fase de individualização e multiplicação das linguagens arquitetônicas. Ele abriu caminho, pelo imenso prestígio que desfrutava entre os seus, para que a nova geração de criadores realizasse um sem-número de experimentações a partir do cânone clássico de arquitetura, tornando esta arte independente dos antigos - ainda que largamente devedora deles. Alguns dos mais notáveis nomes desta época foram Della Porta, Sansovino, Palladio, Fontana, Peruzzi e Vignola. Entre as modificações que esse grupo introduziu estavam a flexibilização da estrutura do frontispício e a anulação das hierarquias das ordens antigas, com grande liberdade para o emprego de soluções não ortodoxas e o desenvolvimento do gosto por um jogo puramente plástico com as formas, dando muito mais dinamismo aos espaços internos e às fachadas.[49] De todos os derradeiros renascentistas Palladio foi o mais influente, e ainda hoje é o arquiteto mais estudado em todo o mundo.[50] Foi criador de uma fértil escola, chamada Palladianismo, que perdurou, com altos e baixos, até o século XX.
A italianização da Europa
Com o crescente movimento de artistas, humanistas e professores entre as cidades ao norte dos Alpes e a península Itálica, e com a grande circulação de textos impressos e obras de arte através de reproduções em gravura, o classicismo iniciou em meados do século XV uma etapa de difusão por todo o continente. Mas foram Francisco I da França e Carlos V, Sacro Imperador Romano, que logo reconheceram o potencial da Renascença italiana para promover suas imagens régias através de formas clássicas, os agentes decisivos para a divulgação intensiva da arte italiana além dos Alpes. Mas isso aconteceu apenas por volta do início do século XVI, quando o ciclo renascentista já tinha pelo menos duzentos anos de amadurecimento na Itália, já chegara a uma culminação e já estava em sua fase maneirista. Destarte, cabe advertir que não houve nada como um Quattrocento ou uma Alta Renascença no restante da Europa, pois nela não houve um lento e orgânico processo de classicização como o italiano, foi em muito um resultado de eventos políticos que ocorreram em um curto espaço de tempo, mas que tiveram repercussão continental. Como resultado, como se se abrissem de repente as comportas de uma represa, o vasto derrame de cultura italiana para o norte e o oeste depois das invasões na Itália gerou em cada região ou país uma original mescla de raízes locais góticas com o classicismo italiano tardio.
• Na Inglaterra, o Renascimento coincide com a chamada Era Elisabetana, de grande expansão marítima e de relativa estabilidade interna depois da devastação da longa Guerra das Rosas, quando se tornou possível pensar em cultura e arte. Como na maior parte dos outros países da Europa, a herança gótica ainda viva mesclou-se com referências da Renascença tardia, mas suas características distintivas são o predomínio da literatura e da música sobre as outras artes, e sua vigência até cerca de 1620. Filósofos como Francis Bacon descortinam novos limites para o pensamento abstrato e refletem sobre uma sociedade ideal, e na música a escola madrigalesca italiana é assimilada por Thomas Morley, Thomas Weelkes, Orlando Gibbons e muitos outros, adquire um sabor inconfundivelmente local e cria uma tradição que permanece viva até hoje, ao lado de grandes polifonistas sacros como John Taverner, William Byrd e Thomas Tallis, este deixando o famoso moteto Spem in alium, para quarenta vozes divididas em oito coros, uma composição sem paralelos em sua época pela maestria no manejo de enormes massas vocais
Críticas
Boa parte do debate moderno em torno do Renascimento tem procurado determinar se ele representou de fato uma melhoria em relação à Idade Média. Seus primeiros comentadores, como Michelet e Burckhardt não hesitaram em se posicionar favoravelmente e em considerá-lo uma fase decisiva em direção à modernidade, comparando-o à remoção de um véu dos olhos da humanidade, permitindo-lhe ver claramente Por outro lado, um grupo de historiadores modernos ressaltou que muitos dos fatores sociais negativos comumente associados à Idade Média - pobreza, perseguições religiosas e políticas - parecem ter piorado nesta era que viu nascerem Maquiavel, as guerras de religião, a corrupção do papado e a intensificação da caça às bruxas no século XVI. Muitas pessoas que viveram na Renascença não a tinham como a "Idade Dourada" que os intelectuais do século XIX imaginaram, mas estavam cientes dos graves problemas sociais e morais, como Savonarola, que desencadeou um dramático revivalismo religioso no fim do século XV que causou a destruição de inúmeras obras de arte e enfim o levou à morte na fogueira, e Filipe II da Espanha, que censurou obras de arte florentinas.Mesmo assim, os intelectuais, artistas e patronos da época que estavam envolvidos na movimentação cultural realmente acreditavam que estavam testemunhando uma nova era que constituía uma ruptura nítida com a idade anterior.
Alguns historiadores marxistas preferiram descrever o Renascimento em termos materialistas, sustentando que as mudanças em arte, literatura e filosofia eram apenas uma parte da tendência geral de distanciamento da sociedade feudalista em direção ao capitalismo.
Legado
Mesmo com opiniões divergentes sobre aspectos particulares, hoje parece ser um consenso que o Renascimento foi um período em que muitas crenças arraigadas e tomadas como verdadeiras foram postas em discussão e testadas através de métodos científicos de investigação, inaugurando uma fase em que o predomínio da religião e seus dogmas deixou de ser absoluto e abriu caminho para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia como hoje as conhecemos. Os filósofos renascentistas foram buscar na antigüidade precedentes para defender o regime republicano e a liberdade humana, atualizando idéias que tiveram um impacto na jurisprudência e teoria constitucional atuais, e o pensamento político da época pode ter sido uma inspiração importante para a formação de Estados modernos como a Inglaterra e o Estados Unidos.
No campo das artes visuais foram desenvolvidos recursos que possibilitaram um salto imenso em relação à Idade Média em termos de capacidade de representação do espaço, da natureza e do corpo humano, ressuscitando técnicas que haviam sido perdidas desde a antigüidade e criando outras inéditas a partir dali. A linguagem arquitetônica dos palácios, igrejas e grandes monumentos que foi estabelecida a partir da herança clássica ainda hoje permenece válida e é empregada quando se deseja emprestar dignidade e importância à edificação moderna. Na literatura as línguas vernáculas se tornaram dignas de veicular cultura e conhecimento, e o estudo dos textos dos filósofos greco-romanos disseminou máximas ainda hoje presentes na voz popular e que incentivam valores elevados como o heroísmo, o espírito público e o altruísmo, que são peças fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e livre para todos. A reverência pelo passado clássico e pelos seus melhores valores criou uma nova visão sobre a história e fundou a historiografia moderna, e proveu as bases para a formação de um sistema de ensino que na época se estendeu para além das elites e ainda hoje estrutura o currículo escolar de grande parte do ocidente e sustenta sua ordem social e seus sistemas de governo. Por fim, a fantástica produção artística renascentista que sobrevive em tantos países da Europa continua a atrair multidões de todas as partes do mundo e constitui parte significativa da própria definição de cultura ocidental.
Introdução
No presente trabalho de filosofia dado como uma avaliação em grupo iremos falar do renascimento tanto do lado da ciencia assim como do lado filosofico. Iremos falar das fases do renascimento suas culturas em fim tudo sobre o renascimento.
• 1 Ideias centrais
• 2 Fases do Renascimento e seu contexto
o 2.1 Trecento
o 2.2 Quattrocento
o 2.3 Alta Renascença
o 2.4 O Cinquecento e o Maneirismo italiano
• 3 As artes no Renascimento
o 3.1 Pintura
o 3.2 Escultura
o 3.3 Música
o 3.4 Arquitetura
• 4 A italianização da Europa
o 4.1 França
o 4.2 Países Baixos e Alemanha
o 4.3 Portugal e Espanha
o 4.4 Inglaterra
• 5 Críticas
• 6 Legado
Renascimento
O homem vitruviano de Leonardo da Vinci sintetiza o ideário renascentista: humanista e clássico
Renascimento, Renascença ou Renascentismo são os termos usados para identificar o período da História da Europa aproximadamente entre fins do século XIII e meados do século XVII, mas os estudiosos não chegaram a um consenso sobre essa cronologia, havendo variações consideráveis nas datas conforme o autor consultado.[1] Seja como for, o período foi marcado por transformações em muitas áreas da vida humana, que assinalam o final da Idade Média e o início da Idade Moderna. Apesar destas transformações serem bem evidentes na cultura, sociedade, economia, política e religião, caracterizando a transição do feudalismo para o capitalismo e significando uma ruptura com as estruturas medievais, o termo é mais comumente empregado para descrever seus efeitos nas artes, na filosofia e nas ciências.
Chamou-se "Renascimento" em virtude da redescoberta e revalorização das referências culturais da antigüidade clássica, que nortearam as mudanças deste período em direção a um ideal humanista e naturalista. O termo foi registrado pela primeira vez por Giorgio Vasari já no século XVI, mas a noção de Renascimento como hoje o entendemos surgiu a partir da publicação do livro de Jacob Burckhardt A cultura do Renascimento na Itália (1867), onde ele definia o período como uma época de "descoberta do mundo e do homem".
O Renascimento cultural manifestou-se primeiro na região italiana da Toscana, tendo como principais centros as cidades de Florença e Siena, de onde se difundiu para o resto da península Itálica e depois para praticamente todos os países da Europa Ocidental. A Itália permaneceu sempre como o local onde o movimento apresentou maior expressão, porém manifestações renascentistas de grande importância também ocorreram na Inglaterra, Alemanha, Países Baixos e, menos intensamente, em Portugal e Espanha, e em suas colônias americanas. Alguns críticos, porém, consideram, por várias razões, que o termo "Renascimento" deve ficar circunscrito à cultura italiana desse período, e que a difusão européia dos ideais clássicos italianos pertence com mais propriedade à esfera do Maneirismo. Além disso, estudos realizados nas últimas décadas têm revisado uma quantidade de opiniões historicamente consagradas a respeito deste período, considerando-as insubstanciais ou estereotipadas, e vendo o Renascimento como uma fase muito mais complexa, contraditória e imprevisível do que se supôs ao longo de gerações.
Ideias centrais
Filosofia do Renascimento
A filosofia do renascimento foi o período da história da filosofia na Europa que está situado entre a Idade Média e o Iluminismo. Ele inclui o século XV; alguns estudiosos extendem o seu começo a década de 1350 e o seu termo ao final do século XVI ou ao começo do século XVII, sobrepondo a Reforma e a Idade Moderna. Entre os elementos distintivos da filosofia do renascimento estão o renascimento da educação e civilização clássica e um retorno parcial à autoridade de Platão sobre Aristóteles (que dominou a filosofia medieval).
O período foi marcado por transformações em muitas áreas da vida humana que assinalam o final da idade média e o inicio da idade moderna. Apesar dessas transformações serem bem evidentes na cultura, sociedade econômica, política e religião, caracterizando a transição do feudalismo para o captalismo e significando uma ruptura com as estruturas medievais, o termo é mais comumente empregado para descrever seus efeitos nas artes, na fisolofia e na ciência.
O Humanismo pode ser apontado como o principal valor cultivado no Renascimento. Baseia-se em diversos conceitos associados: Neoplatonismo, Antropocentrismo, Hedonismo, Racionalismo, Otimismo e Individualismo. O Humanismo, antes que um corpo filosófico, é um método de aprendizado que faz uso da razão individual e da evidência empírica para chegar às suas conclusões, paralelamente à consulta aos textos originais, ao contrário da escolástica medieval, que se limitava ao debate das diferenças entre os autores e comentaristas. O Humanismo afirma a dignidade do homem e o torna o investigador por excelência da natureza. Na perspectiva do Renascimento, isso envolveu a revalorização da cultura clássica antiga e sua filosofia, com uma compreensão fortemente antropocentrista e racionalista do mundo, tendo o homem e seu raciocínio lógico e sua ciência como árbitros da vida manifesta.[5] Seu precursor foi Petrarca, e o conceito se consolidou no século XV principalmente através dos escritos de Marsilio Ficino, Erasmo de Roterdão, Pico della Mirandola e Thomas More.
a mais liga o Renascimento à antiguidade clássica e o que melhor define sua essência e seu legado. O seguinte trecho de Pantagruel (1532), de François Rabelais, costuma ser citado para ilustrar o espírito do Renascimento:
Todas as disciplinas são agora ressuscitadas, as línguas estabelecidas: Grego, sem o conhecimento do qual é uma vergonha alguém chamar-se erudito, Hebraico, Caldeu, Latim (…) O mundo inteiro está cheio de acadêmicos, pedagogos altamente cultivados, bibliotecas muito ricas, de tal modo que me parece que nem nos tempos de Platão, de Cícero ou Papiniano, o estudo era tão confortável como o que se vê a nossa volta. (…) Eu vejo que os ladrões de rua, os carrascos, os empregados do estábulo hoje em dia são mais eruditos do que os doutores e pregadores do meu tempo.
O preparo que os humanistas preconizavam para a formação do homem ideal são de corpo e espírito, ao mesmo tempo um filósofo, um cientista e um artista, se desenvolveu a partir da estrutura de ensino medieval do Trivium e do Quadrivium, que compunham a sistematização do conhecimento da época. A novidade renascentista não foi tanto a ressurreição da sabedoria antiga, mas sua ampliação e aprofundamento com a criação de novas ciências e disciplinas, de uma nova visão de mundo e do homem e de um novo conceito de ensino e educação.O resultado foi um grande e frutífero programa disciplinador e desenvolvedor do intelecto e das habilidades gerais do homem, que tinha origem na cultura greco-romana e que de fato em parte se perdera para o ocidente durante a Idade Média. Mas é preciso lembrar que apesar da idéia que os renascentistas pudessem ter de si mesmos, o movimento jamais poderia ser uma imitação literal da cultura antiga, por acontecer todo sob o manto do Catolicismo, cujos valores e cosmogonia eram bem diversos. Assim, a Renascença foi uma tentativa original e eclética de harmonização do Neoplatonismo pagão com a religião cristã, do eros com a charitas, junto com influências orientais, judaicas e árabes, e onde o estudo da magia, da astrologia e do oculto não estavam ausentes.
Fases do Renascimento e seu contexto
Costuma-se dividir o Renascimento em três grandes fases, Trecento, Quattrocento e Cinquecento, correspondentes aos séculos XIV, XV e XVI, com um breve interlúdio entre as duas últimas chamado de Alta Renascença.
Trecento
O Trecento representa a preparação para o Renascimento e é um fenômeno basicamente italiano, mais especificamente da cidade de Florença, pólo político, econômico e cultural da região, embora outros centros também tenham participado do processo, como Pisa e Siena, tornando-os a vanguarda da Europa em termos de economia, cultura e organização social, conduzindo a transfomação do modelo medieval para o moderno.
A economia era dinamizada pela fundação de grandes casas bancárias, pelo surgimento da noção de livre concorrência e pela forte ênfase no comércio, e cada vez mais se estruturava em moldes capitalistas e bastante materialistas, onde a tradição era sacrificada diante do racionalismo, da especulação financeira e do utilitarismo. O sistema de produção desenvolvia novos métodos, com uma nova divisão de trabalho organizada pelas guildas e uma progressiva mecanização, mas levando a uma despersonalização da atividade artesanal.
Quattrocento
O chamado Quattrocento (século XV) viu o Renascimento atingir sua era dourada. O Humanismo amadurecia e se espalhava pela Europa através de Ficino, Rodolphus Agricola, Erasmo, Mirandola e Thomas More. Leonardo Bruni inaugurava a historiografia moderna e a ciência e a filosofia progrediam com Luca Pacioli, János Vitéz, Nicolas Chuquet, Regiomontanus, Nicolau de Cusa e Georg von Peuerbach, entre muitos outros.
Ao mesmo tempo, um novo interesse pela história antiga levou humanistas como Niccolò de' Niccoli e Poggio Bracciolini a vasculharem as bibliotecas da Europa em busca de livros perdidos de autores como Platão, Cícero, Plínio, o Velho, e Vitrúvio. O mesmo interesse fez com que se fundassem grandes bibliotecas na Itália, e se procurasse restaurar o latim, que havia se transformado em um dialeto multiforme, para sua pureza clássica, tornando-o a nova língua franca da Europa. A restauração do latim derivou da necessidade prática de se gerir intelectualmente essa nova biblioteca renascentista. Paralelamente, teve o efeito de revolucionar a pedagogia, além de fornecer um substancial corpus de estruturas sintáticas e vocabulário para uso dos humanistas e dos homens de letras, que assim revestiam seus próprios escritos com a autoridade dos antigos. Também foi importante a febre de colecionismo de arte antiga que se verificou entre os poderosos, que acompanhavam de perto escavações a fim de enriquecer seus acervos privados com obras de escultura e outras relíquias que vinham à luz, impulsionando o desenvolvimento da ciência da arqueologia.[14] A reconquista da Península Ibérica aos mouros também disponibilizou para os eruditos europeus um grande acervo de textos de Aristóteles, Euclides, Ptolomeu e Plotino, preservados em traduções árabes e desconhecidos na Europa, e de obras muçulmanas de Avicena, Geber e Averróis, contribuindo de modo marcante para um novo florescimento na filosofia, matemática, medicina e outras especialidades científicas. Para acrescentar, o aperfeiçoamento da imprensa por Johannes Gutenberg em meados do século facilitou e barateou imenso a divulgação do conhecimento.
Ao longo do Quattrocento Florença se manteve como o maior centro cultural do Renascimento, atravessando um momento de grande prosperidade econômica e conquistando também a primazia política em toda a região, apesar de Milão e Nápoles serem rivais perigosos e constantes. A opulência da sua oligarquia burguesa, que então monopolizava todo o sistema bancário europeu e adquiria um brilho aristocrático e grande cultura, e se entregava à "bela vida", gerou na classe média uma resistência retrógrada que buscou no gótico idealista um ponto de apoio contra o que via como indolência da classe dominante. Estas duas tendências opostas deram o tom para a primeira metade deste século, até que a pequena burguesia enfim abandonou o idealismo antigo e passou a entrar na corrente geral racionalista. Foi o século dos Medici, destacando-se principalmente Lorenzo de' Medici, grande mecenas, e o interesse pela arte se difundia para círculos cada vez maiores.
Alta Renascença
A Alta Renascença cronologicamente engloba os anos finais do Quattrocento e as primeiras décadas do Cinquecento, sendo delimitada aproximadamente pelas obras de maturidade de Leonardo da Vinci (a partir de c. 1480) e o Saque de Roma em 1527. Foi a fase de culminação do Renascimento, que se dissipou mal foi atingida, mas seu reconhecimento é importante porque ali se cristalizaram ideais que caracterizam todo o movimento renascentista: o Humanismo, a noção de autonomia da arte, a emancipação do artista de sua condição de artesão e equiparação ao cientista e ao erudito, a busca pela fidelidade à natureza, e o conceito de gênio, tão perfeitamente encarnado em Da Vinci, Rafael e Michelangelo. Se a passagem da Idade Média para a Idade Moderna não estava ainda completa, pelo menos estava assegurada sem retorno possível.[14][19] Eventos como a descoberta da América e a Reforma Protestante, e técnicas como a imprensa de tipos móveis, transformaram a cultura e a visão de mundo dos europeus, ao mesmo tempo em que a atenção de toda a Europa se voltava para a Itália e seus progressos, com as grandes potências da França, Espanha e Alemanha desejando sua partilha e fazendo dela um campo de batalhas e pilhagens. Com as invasões a arte italiana espalhou sua influência por uma vasta região do continente
Foi na Alta Renascença que a arte atingiu a perfeição e o equilíbrio classicistas perseguidos durante todo o processo anterior, especialmente no que diz respeito à pintura e à escultura. Pela primeira vez a Antiguidade era compreendida como um todo unificado e não como uma sequência de eventos isolados, levando a arte a descartar a simples imitação decorativa do antigo e troca de uma emulação mais completa, mais essencial e também muito mais erudita. Porém esse classicismo, embora maduro e rico, conseguindo plasmar obras de grande pujança, comparáveis à arte antiga, tinha forte carga formalista, espelhando o código de ética artificial, cosmopolita e abstrato que se impunha entre os círculos ilustrados e que prescrevia a moderação, autocontrole, dignidade e polidez em tudo, e que teve na pintura de Rafael e na música de Palestrina seus mais perfeitos representantes artísticos, e no livro O Cortesão de Baldassare Castiglione sua súmula teórica. O idealismo que foi intensamente cultivado na antigüidade clássica encontrava uma atualização e, segundo Hauser,
Giovanni Bellini: Sacra conversazione, 1505-1510. Museu Thyssen-Bornemisza, Madrid
"De acordo com os pressupostos desta arte, pareceria inconcebível, por exemplo, que os apóstolos fossem representados como camponeses vulgares e artesãos comuns, como o eram tão freqüentemente e com tanto sabor, no século XV. Para esta arte nova, os profetas, apóstolos, mártires e santos são personalidades ideais, livres, grandes, poderosas e dignificadas, graves e solenes, uma raça heróica, no pleno florescimento de uma beleza madura e enternecedora. Na obra de Leonardo encontramos ainda tipos da vida comum, ao lado destas nobres figuras, mas gradualmente nada que não seja grande e sublime parece digno de representação artística".
Apesar desse código de ética, era uma sociedade agitada por mudanças políticas, sociais e religiosas importantes em que a liberdade anterior desapareceu, e o autoritarismo e a dissimulação se ocultavam por trás das normas de boa educação e da disciplina, como se lê em O Príncipe, de Maquiavel, um manual de governo que dizia que "não existem boas leis sem boas armas", não distinguindo poder de autoridade e legitimando o uso da força para controle do cidadão, livro que foi uma referência fundamental do pensamento político renascentista e uma inspiração decisiva para a construção do Estado moderno. Assim, a grande diferença de mentalidade entre o Quattrocento e o Cinquecento é que enquanto naquele a forma é um fim, neste é um começo; enquanto naquele a natureza fornecia os padrões que a arte imitava, neste a sociedade precisará da arte para provar que existem tais padrões. Rafael resumiu os opostos em seu famoso afresco A Escola de Atenas, uma das mais importantes pinturas da Alta Renascença, realizada na primeira década do Cinquecento, que ressuscitou o diálogo filosófico entre Platão e Aristóteles, ou seja, entre o idealismo e o empirismo. [23] Nesse período se observou o paulatino deslocamento do maior centro cultural renascentista de Florença para Roma, com a proteção do papado e o crescente afluxo de artistas de outras partes.
O Cinquecento e o Maneirismo italiano
O Cinquecento (século XVI) é a derradeira fase da Renascença, quando o movimento se transforma, se expande para outras partes da Europa e Roma sobrepuja definitivamente Florença como centro cultural, especialmente a partir do pontificado de Júlio II. Roma até então não havia produzido grandes artistas renascentistas, e o classicismo havia sido plantado através da presença temporária de artistas de outras partes. Mas com a fixação na cidade de mestres do porte de Rafael, Michelangelo e Bramante formou-se uma escola local, tornando-a o mais rico repositório da arte da Alta Renascença e da sua continuação cinquecentesca, onde a política cultural do papado deu uma feição característica a toda esta fase. Boa parte dessa nova influência romana derivou do desejo de reconstituir a grandeza e a virtude cívica da Roma Antiga, o que se refletiu na intensificação do mecenato e na recriação de práticas sociais e simbólicas que imitavam as da Antiguidade, como os grandes cortejos de triunfo, as festas públicas suntuosas, as representações plásticas e teatrais grandiloquentes, cheias de figuras históricas, mitológicas e alegóricas.[14]
Na seqüência do saque de Roma de 1527 e da contestação da autoridade papal pelos Protestantes o equilíbrio político do continente se alterou e sua estrutura sócio-cultural foi abalada, com conseqüências negativas principalmente para a Itália, que além de tudo deixava de ser o centro comercial da Europa enquanto novas rotas de comércio eram abertas pelas grandes navegações. Todo o panorama mudava de figura, declinando a influência católica, perdendo-se a unidade cultural e artística recém conquistada na Alta Renascença e surgindo sentimentos de pessimismo, insegurança e alheamento que caracterizam a atmosfera do Maneirismo. Apareceram escolas regionais nitidamente diferenciadas em Roma, Florença, Ferrara, Nápoles, Milão, Veneza, e o Renascimento se espalhou então definitivamente por toda a Europa, dando frutos em especial na França, Espanha e Alemanha, tingidos pelos históricos locais específicos. A arte de longevos como Michelangelo e Ticiano registrou em grande estilo a transição de uma era de certezas e clareza para outra de dúvidas e drama que viu aparecer a Contra-Reforma e se dirigia para o Barroco do século XVII
O Maneirismo, que cobre os dois terços finais do século XVI e depois se confunde com o Barroco, foi um movimento que tem gerado historicamente muito debate entre os historiadores da arte. Depois do século XVII ele passou a ser encarado com desprezo, como uma degeneração mórbida e afetada dos ideais clássicos autênticos. Nos dias de hoje, porém, essa visão já não permanece, tendo sido revisada através de duas vertentes da crítica. Para uns ele se manifestou em uma área geográfica tão vasta e de maneira tão polimorfa e tão distinta do Quattrocento e da Alta Renascença, que se tornou um dilema inconciliável descrevê-lo como parte do fenômeno original, basicamente classicista e italiano, pois parece-lhes que em muitos sentidos ele constitui uma completa antítese dos princípios clássicos de proporção equilibrada, unidade formal, clareza, lógica e naturalismo, tão prezados pelas fases anteriores e que definiriam o "verdadeiro" Renascimento. A consequência foi estabelecer o Maneirismo como um movimento independente, reconhecendo uma nova e vigorosa forma de expressão no que se chegou a ver como decadência e distorção, tendo sua importância realçada por esses traços fazerem dele a primeira escola moderna de arte. A outra vertente crítica, contudo, o analisa como um aprofundamento e um enriquecimento dos pressupostos clássicos e como uma legítima conclusão do ciclo do Renascimento; não tanto uma negação ou desvirtuamento daqueles princípios, mas uma reflexão sobre sua aplicabilidade prática naquele momento histórico e uma adaptação - às vezes dolorosa mas em geral criativa e bem sucedida - às circunstâncias da época.
As artes no Renascimento
Nas artes o Renascimento se caracterizou, em linhas muito gerais, pela inspiração nos antigos gregos e romanos, e pela concepção de arte como uma imitação da natureza, tendo o homem nesse panorama um lugar privilegiado. Mas mais do que uma imitação, a natureza devia, a fim de ser bem representada, passar por uma tradução que a organizava sob uma óptica racional e matemática, num período marcado por uma matematização de todos os fenômenos naturais. Na pintura a maior conquista da busca por esse "naturalismo organizado" foi a recuperação da perspectiva, representando a paisagem, as arquiteturas e o ser humano através de relações essencialmente geométricas e criando uma eficiente impressão de espaço tridimensional; na música foi a consolidação do sistema tonal, possibilitando uma ilustração mais convincente das emoções e do movimento; na arquitetura foi a redução das construções para uma dimensão mais humana, abandonando-se as alturas transcendentais das catedrais góticas; na literatura, a introdução de um personagem que estruturava em torno de si a narrativa e mimetizava até onde possível a noção de sujeito.
Pintura
Sucintamente, a contribuição maior da pintura do Renascimento foi sua nova maneira de representar a natureza, através de domínio tal sobre a técnica pictórica e a perspectiva, que foi capaz de criar uma eficiente ilusão de espaço tridimensional em uma superfície plana. Tal conquista significou um afastamento radical em relação ao sistema medieval de representação, com sua estaticidade, seu espaço sem profundidade e seu sistema de proporções simbólico - onde os personagens maiores tinham maior importância numa escala que ia do homem até Deus - estabelecendo um novo parâmetro, cujo fundamento era matemático, na hierarquia teológica medieval. A linguagem visual formulada pelos pintores renascentistas foi tão bem sucedida que permanece válida até hoje.
Escultura
Na escultura os sinais de uma revalorização de uma estética classicista são mais antigos, datando do século XIII. Nicola Pisano em torno de 1260 produziu um púlpito para o Batistério de Pisa que é considerado a manifestação precursora da Renascença em escultura. Na passagem do século XIII para o século XIV seu filho Giovanni Pisano levaria seu estilo mais longe e dominaria a cena em Florença no primeiro terço do século, e seria um dos introdutores de um gênero novo, o dos cruxifixi dolorosi, de grande dramaticidade e larga influência, até então incomum na Toscana.
Música
Em linhas gerais, a música do Renascimento não oferece um panorama de quebras abruptas de continuidade, e todo o longo período pode ser considerado o terreno da lenta transformação do universo modal para o tonal, e da polifonia horizontal para a harmonia vertical. O Renascimento foi também um período de grande renovação no tratamento da voz e na orquestração, no instrumental e na consolidação dos gêneros e formas puramente instrumentais com as suítes de danças para bailes, havendo grande demanda por animação musical em todo festejo ou cerimônia, público ou privado.
Arquitetura
A permanência de muitos vestígios da Roma antiga em solo italiano jamais deixou de influir na plástica edificatória local, seja na utilização de elementos estruturais ou materiais usados pelos romanos, seja mantendo viva a memória das formas clássicas.[44] Mesmo assim, no Trecento o gótico continua a linha dominante e o classicismo só viria a emergir com força no século seguinte, em meio a um novo interesse pelas grandes realizações do passado. Esse interesse foi estimulado pela redescoberta de bibliografia clássica dada como perdida, como o De Architectura de Vitrúvio, encontrado na biblioteca do mosteiro de Monte Cassino em 1414 ou 1415. Nele o autor exaltava o círculo como forma perfeita, e elaborava sobre proporções ideais da edificação e da figura humana, e sobre simetria e relações da arquitetura com o homem. Suas idéias seriam então desenvolvidas por outros arquitetos, como o primeiro grande expoente do classicismo arquitetônico, Filippo Brunelleschi, que tirou sua inspiração também das ruínas que estudara em Roma. Foi o primeiro a usar modernamente as ordens arquitetônicas de maneira coerente, instaurando um novo sistema de proporções baseado na escala humana.[45][46] Também se deve a ele o uso precursor da perspectiva para representação ilusionística do espaço tridimensional em um plano bidimensional, uma técnica que seria aprofundada enormemente nos séculos vindouros e definiria todo o estilo da arte futura, inaugurando uma fertilíssima associação entre a arte e a ciência. Leon Battista Alberti é outro arquiteto de grande importância, considerado um perfeito exemplo do "homem universal" renascentista, versátil em várias especialidades. Foi o autor do tratado De re aedificatoria, que se tornaria canônico. Outros arquitetos, artistas e filósofos acrescentaram à discussão, como Luca Pacioli em seu De Divina Proportione, Leonardo com seus desenhos de igrejas centradas e Francesco di Giorgio com o Trattato di architettura, ingegneria e arte militare.
A planta centrada de Bramante para a Basílica de São Pedro
Dentre as características mais notáveis da arquitetura renascentista está a retomada do modelo centralizado de templo, desenhado sobre uma cruz grega e coroado por uma cúpula, espelhando a popularização de conceitos da cosmologia neoplatônica e com a inspiração concomitante de edifícios-relíquias como o Panteão de Roma. O primeiro desse gênero a ser edificado na Renascença foi talvez San Sebastiano, em Mântua, obra de Alberti de 1460, mas deixado inconcluso. Este modelo tinha como base uma escala mais humana, abandonando o intenso verticalismo das igrejas góticas e tendo na cúpula o coroamento de uma composição que primava pela inteligibilidade. Especialmente no que toca à estrutura e técnicas construtivas da cúpula, grandes conquistas foram feitas no Renascimento. Das mais importantes são a cúpula octogonal da Catedral de Florença, de Brunelleschi, que não usou andaimes apoiados no solo ou concreto na construção, e a da Basílica de São Pedro, em Roma, de Michelangelo, já do século XVI.[
No lado profano aristocratas como os Medici, os Strozzi, os Pazzi, asseguram seu status ordenando a construção de palácios de grande imponência e originalidade, como o Palácio Pitti (Brunelleschi), o Palazzo Medici Riccardi (Michelozzo), o Palazzo Rucellai (Alberti) e o Palazzo Strozzi (Maiano), todos transformando o mesmo modelo dos palácios medievais italianos, de corpo mais ou menos cúbico, pavimentos de alto pé-direito, estruturado em torno de um pátio interno, de fachada rústica e coroado por grande cornija, o que lhes confere um aspecto de solidez e invencibilidade. Formas mais puramente clássicas são exemplificadas na Vila Medici, de Giuliano da Sangallo. Variações interessantes deste modelo são encontradas em Veneza, dadas as características alagadas do terreno.[48]
Depois da figura principal de Donato Bramante na Alta Renascença, trazendo o centro do interesse arquitetônico de Florença para Roma, e sendo o autor de um dos edifícios sacros mais modelares de sua geração, o Tempietto, encontramos o próprio Michelangelo, tido como o inventor da ordem colossal e por algum tempo arquiteto das obras da Basílica de São Pedro. Michelangelo, na visão dos seus próprios contemporâneos, foi o primeiro a desafiar as regras até então consagradas da arquitetura classicista, desenvolvendo um estilo pessoal, pois fora segundo Vasari o primeiro a abrir-se para a verdadeira liberdade criativa. Ele representa, então, o fim do "classicismo coletivo", bastante homogêneo em suas soluções, e o início de uma fase de individualização e multiplicação das linguagens arquitetônicas. Ele abriu caminho, pelo imenso prestígio que desfrutava entre os seus, para que a nova geração de criadores realizasse um sem-número de experimentações a partir do cânone clássico de arquitetura, tornando esta arte independente dos antigos - ainda que largamente devedora deles. Alguns dos mais notáveis nomes desta época foram Della Porta, Sansovino, Palladio, Fontana, Peruzzi e Vignola. Entre as modificações que esse grupo introduziu estavam a flexibilização da estrutura do frontispício e a anulação das hierarquias das ordens antigas, com grande liberdade para o emprego de soluções não ortodoxas e o desenvolvimento do gosto por um jogo puramente plástico com as formas, dando muito mais dinamismo aos espaços internos e às fachadas.[49] De todos os derradeiros renascentistas Palladio foi o mais influente, e ainda hoje é o arquiteto mais estudado em todo o mundo.[50] Foi criador de uma fértil escola, chamada Palladianismo, que perdurou, com altos e baixos, até o século XX.
A italianização da Europa
Com o crescente movimento de artistas, humanistas e professores entre as cidades ao norte dos Alpes e a península Itálica, e com a grande circulação de textos impressos e obras de arte através de reproduções em gravura, o classicismo iniciou em meados do século XV uma etapa de difusão por todo o continente. Mas foram Francisco I da França e Carlos V, Sacro Imperador Romano, que logo reconheceram o potencial da Renascença italiana para promover suas imagens régias através de formas clássicas, os agentes decisivos para a divulgação intensiva da arte italiana além dos Alpes. Mas isso aconteceu apenas por volta do início do século XVI, quando o ciclo renascentista já tinha pelo menos duzentos anos de amadurecimento na Itália, já chegara a uma culminação e já estava em sua fase maneirista. Destarte, cabe advertir que não houve nada como um Quattrocento ou uma Alta Renascença no restante da Europa, pois nela não houve um lento e orgânico processo de classicização como o italiano, foi em muito um resultado de eventos políticos que ocorreram em um curto espaço de tempo, mas que tiveram repercussão continental. Como resultado, como se se abrissem de repente as comportas de uma represa, o vasto derrame de cultura italiana para o norte e o oeste depois das invasões na Itália gerou em cada região ou país uma original mescla de raízes locais góticas com o classicismo italiano tardio.
• Na Inglaterra, o Renascimento coincide com a chamada Era Elisabetana, de grande expansão marítima e de relativa estabilidade interna depois da devastação da longa Guerra das Rosas, quando se tornou possível pensar em cultura e arte. Como na maior parte dos outros países da Europa, a herança gótica ainda viva mesclou-se com referências da Renascença tardia, mas suas características distintivas são o predomínio da literatura e da música sobre as outras artes, e sua vigência até cerca de 1620. Filósofos como Francis Bacon descortinam novos limites para o pensamento abstrato e refletem sobre uma sociedade ideal, e na música a escola madrigalesca italiana é assimilada por Thomas Morley, Thomas Weelkes, Orlando Gibbons e muitos outros, adquire um sabor inconfundivelmente local e cria uma tradição que permanece viva até hoje, ao lado de grandes polifonistas sacros como John Taverner, William Byrd e Thomas Tallis, este deixando o famoso moteto Spem in alium, para quarenta vozes divididas em oito coros, uma composição sem paralelos em sua época pela maestria no manejo de enormes massas vocais
Críticas
Boa parte do debate moderno em torno do Renascimento tem procurado determinar se ele representou de fato uma melhoria em relação à Idade Média. Seus primeiros comentadores, como Michelet e Burckhardt não hesitaram em se posicionar favoravelmente e em considerá-lo uma fase decisiva em direção à modernidade, comparando-o à remoção de um véu dos olhos da humanidade, permitindo-lhe ver claramente Por outro lado, um grupo de historiadores modernos ressaltou que muitos dos fatores sociais negativos comumente associados à Idade Média - pobreza, perseguições religiosas e políticas - parecem ter piorado nesta era que viu nascerem Maquiavel, as guerras de religião, a corrupção do papado e a intensificação da caça às bruxas no século XVI. Muitas pessoas que viveram na Renascença não a tinham como a "Idade Dourada" que os intelectuais do século XIX imaginaram, mas estavam cientes dos graves problemas sociais e morais, como Savonarola, que desencadeou um dramático revivalismo religioso no fim do século XV que causou a destruição de inúmeras obras de arte e enfim o levou à morte na fogueira, e Filipe II da Espanha, que censurou obras de arte florentinas.Mesmo assim, os intelectuais, artistas e patronos da época que estavam envolvidos na movimentação cultural realmente acreditavam que estavam testemunhando uma nova era que constituía uma ruptura nítida com a idade anterior.
Alguns historiadores marxistas preferiram descrever o Renascimento em termos materialistas, sustentando que as mudanças em arte, literatura e filosofia eram apenas uma parte da tendência geral de distanciamento da sociedade feudalista em direção ao capitalismo.
Legado
Mesmo com opiniões divergentes sobre aspectos particulares, hoje parece ser um consenso que o Renascimento foi um período em que muitas crenças arraigadas e tomadas como verdadeiras foram postas em discussão e testadas através de métodos científicos de investigação, inaugurando uma fase em que o predomínio da religião e seus dogmas deixou de ser absoluto e abriu caminho para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia como hoje as conhecemos. Os filósofos renascentistas foram buscar na antigüidade precedentes para defender o regime republicano e a liberdade humana, atualizando idéias que tiveram um impacto na jurisprudência e teoria constitucional atuais, e o pensamento político da época pode ter sido uma inspiração importante para a formação de Estados modernos como a Inglaterra e o Estados Unidos.
No campo das artes visuais foram desenvolvidos recursos que possibilitaram um salto imenso em relação à Idade Média em termos de capacidade de representação do espaço, da natureza e do corpo humano, ressuscitando técnicas que haviam sido perdidas desde a antigüidade e criando outras inéditas a partir dali. A linguagem arquitetônica dos palácios, igrejas e grandes monumentos que foi estabelecida a partir da herança clássica ainda hoje permenece válida e é empregada quando se deseja emprestar dignidade e importância à edificação moderna. Na literatura as línguas vernáculas se tornaram dignas de veicular cultura e conhecimento, e o estudo dos textos dos filósofos greco-romanos disseminou máximas ainda hoje presentes na voz popular e que incentivam valores elevados como o heroísmo, o espírito público e o altruísmo, que são peças fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e livre para todos. A reverência pelo passado clássico e pelos seus melhores valores criou uma nova visão sobre a história e fundou a historiografia moderna, e proveu as bases para a formação de um sistema de ensino que na época se estendeu para além das elites e ainda hoje estrutura o currículo escolar de grande parte do ocidente e sustenta sua ordem social e seus sistemas de governo. Por fim, a fantástica produção artística renascentista que sobrevive em tantos países da Europa continua a atrair multidões de todas as partes do mundo e constitui parte significativa da própria definição de cultura ocidental.
Introdução
No presente trabalho de filosofia dado como uma avaliação em grupo iremos falar do renascimento tanto do lado da ciencia assim como do lado filosofico. Iremos falar das fases do renascimento suas culturas em fim tudo sobre o renascimento.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
trabalho de matemati
INTRODUCTION
In this work we will speak about prepositions of time, where we will developed concerning it use in the English language, we will also explain the existent differences among the conditionals, and the about of this theme we will understand the use of the conditions, and in the end we will se and to deepen the existent difference among the reflexive pronouns and object pronouns.
PREPOSITION OF TIME
At
Is used to talk about long periods of time, like minutes, hours, birthday and so on.
E.g.: I go to school at 6:40 am.
E.g.: They arrived at 5 o’clock
In
It’s used for long periods (for examples: months and years).
E.g.: My birthday will be in October.
E.g.: Do you work in the evenings?
On
Is used for short period time. Like weekdays, date, etc;
E.g.: I receive my money on Friday.
E.g.: My girl friend kisses on my birthday.
REFLEXIVE PRONOUNS
We use reflexive pronouns when we want to give certain strength to the sentences, in mean when we won’t emphasis.
It can also be used when the subject and the object are the same.
It means sometimes ´´alone an without help``
E.g.: She did the home work by her self.
• The house is big, but the yard it self is not big.
• Did you do you home work all by yourself.
Object pronouns are used to indicate something or someone.
Ex: father can you give me money?
Girl can you tell me the time?
Object pronoun reflexive pronoun
object Object
I Me
You You
He,she,It
Him/her/it
We Us
You You
they Their
object reflexive
I myself
You yourself
He, she ,it Himself,herself,itself
We, one Ourselves, oneself
Your yourselves
they themselves
FIRST CONDITIONAL
is used to change something that will happen in the future.
The first conditionals formed as follows:
If +subject +main verb +object
It clause
In if clauses never occurs will or shall.
If + subject +main verb +object
Main clauses
E.g.: If I have money, I will by a new car.
If you come on foot, you will arrive late.
We use first conditional to:
a) Give advice:
If you study hardly, you will take good makes.
b) Worn on the threaten:
If you don’t take the book, you won’t be in the classroom.
If you go there, I will beat you.
Second conditional, is used to talk about hypothetical but possible situation.
Ex: If I were a rich, I would be a rich.
I would study hard, if I have a book.
Third conditional, we use also to talk about totally imaginary or impossible situation.
E.g.: If I were good I would give mush money to many people.
It ´s use to give advice.
E.g.: If I were you, I would study hard.
NB: the verb in it clause most be in past tense, even though it refers to future or present time.
Second conditional:
Would never occurs with if clauses
Were used instead of was after if.
In this work we will speak about prepositions of time, where we will developed concerning it use in the English language, we will also explain the existent differences among the conditionals, and the about of this theme we will understand the use of the conditions, and in the end we will se and to deepen the existent difference among the reflexive pronouns and object pronouns.
PREPOSITION OF TIME
At
Is used to talk about long periods of time, like minutes, hours, birthday and so on.
E.g.: I go to school at 6:40 am.
E.g.: They arrived at 5 o’clock
In
It’s used for long periods (for examples: months and years).
E.g.: My birthday will be in October.
E.g.: Do you work in the evenings?
On
Is used for short period time. Like weekdays, date, etc;
E.g.: I receive my money on Friday.
E.g.: My girl friend kisses on my birthday.
REFLEXIVE PRONOUNS
We use reflexive pronouns when we want to give certain strength to the sentences, in mean when we won’t emphasis.
It can also be used when the subject and the object are the same.
It means sometimes ´´alone an without help``
E.g.: She did the home work by her self.
• The house is big, but the yard it self is not big.
• Did you do you home work all by yourself.
Object pronouns are used to indicate something or someone.
Ex: father can you give me money?
Girl can you tell me the time?
Object pronoun reflexive pronoun
object Object
I Me
You You
He,she,It
Him/her/it
We Us
You You
they Their
object reflexive
I myself
You yourself
He, she ,it Himself,herself,itself
We, one Ourselves, oneself
Your yourselves
they themselves
FIRST CONDITIONAL
is used to change something that will happen in the future.
The first conditionals formed as follows:
If +subject +main verb +object
It clause
In if clauses never occurs will or shall.
If + subject +main verb +object
Main clauses
E.g.: If I have money, I will by a new car.
If you come on foot, you will arrive late.
We use first conditional to:
a) Give advice:
If you study hardly, you will take good makes.
b) Worn on the threaten:
If you don’t take the book, you won’t be in the classroom.
If you go there, I will beat you.
Second conditional, is used to talk about hypothetical but possible situation.
Ex: If I were a rich, I would be a rich.
I would study hard, if I have a book.
Third conditional, we use also to talk about totally imaginary or impossible situation.
E.g.: If I were good I would give mush money to many people.
It ´s use to give advice.
E.g.: If I were you, I would study hard.
NB: the verb in it clause most be in past tense, even though it refers to future or present time.
Second conditional:
Would never occurs with if clauses
Were used instead of was after if.
sexta-feira, 30 de abril de 2010
teoria da justica
A teoria da justiça de John Rawls
Leia mais
» A teoria da justiça de John Rawls
» John Rawls: equidade e igualdade
John Rawls, o mais conhecido e celebrado filósofo político norte-americano, falecido aos 81 anos, em 2002, é tido como o principal teórico da democracia liberal dos dias de hoje. O seu grande tratado jurídio-político A Teoria da Justiça, de 1971, o alinhou entre os grandes pensadores sociais do século 20. Um legítimo sucessor de uma linhagem ideológica que origina-se em Locke. Os temas que hoje provocam polêmica, tal como o sistema de cotas para os negros nas universidades e nos cargos públicos, deriva diretamente da concepção de sociedade justa estabelecida por Rawls.
Johnson imita Lincoln
John Rawls (1921- 2002)
Para assinar o Voting Right Act de 1965, a lei que dava direitos iguais aos afro-americanos de votarem, o presidente Lyndon Johnson (1963-69) fez questão de cumprir a cerimônia na mesma sala da Casa Branca em que, um século antes dele, o presidente Lincoln, emancipara os negros que haviam servido no exército confederado. Com o fim dos constrangimentos legais que impediam dos negros serem cidadãos nos estados do Sul, completava-se assim uma etapa importante da Civil Rights Bill, aprovada pelo Congresso norte-americano um ano antes , em 1964. O objetivo da lei era claro, promover a integração racial e por um fim às práticas cotidianas discriminatórias que, especialmente no antigo cinturão confederado, estimulavam a segregação racial (motivo central da campanha pelos Direitos Civis do reverendo Martin Luther King). Com isso, esperava-se também por um término aos motins urbanos da população negra do Harlem, do Bedford-Stuyvesant em Nova Iorque, e os tumultos de Watts, em Los Angeles, de 1964-5, que deram prejuízos imensos aos negócios locais.
A nova lei do voto, ao remover as proibições para os negros exercerem seus direitos de cidadãos, procurou isolar os segregacionistas do Sul, tal como o governador George Wallace do Alabama, e igualmente esvaziar o movimento Black-power, liderado por Stokely Carmichael, um jovem intelectual negro radicalizado que anteriormente fora um dos líderes do SNCC (Student Nonviolent Coordinanting Committee). A política de promover a integração racial, por sua vez, fazia parte de um dos programas da chamada Great Society, a Grande Sociedade, o espetacular projeto dos democratas que visava extirpar a pobreza nos Estados Unidos. Atendendo a que, como disse o presidente Johnson, a América se transformasse " Num lugar onde os homens estarão mais atentos com a sua qualidade de vida do que com a quantidade de bens". Ele, o projeto, assentava-se no tripé de promover a mais ampla liberdade para todos, combater a escandalosa pobreza e, por fim, terminar com a injustiça racial.
O livro de Rawls
O presidente Johnson e o reverendo M.Luther King, pondo fim à discriminação racial
Certa vez, Hegel escreveu que a Filosofia - tal como a coruja que só alça o vôo depois do entardecer - somente elabora uma teoria após as coisas terem ocorrido. Foi bem esse o caso da contribuição de John Rawls, surgida em livro em 1971, A Theory of Justice, a Teoria da Justiça, resultante direto do sucesso da campanha pelos Direitos Civis. Herdeiro da melhor tradição liberal, que principia com Locke, passando por Rousseau, Kant e Stuart Mills, Rawls debruçou-se sobre um dos mais espinhosos dilemas da sociedade democrática: como conciliar direitos iguais numa sociedade desigual, como harmonizar as ambições materiais dos mais talentosos e destros com os anseios dos menos favorecidos em melhorar sua vida e sua posição na sociedade? Tratou-se de um alentado esforço intelectual para conciliar a Meritocracia com a idéia da Igualdade.
A resposta que Rawls encontrou para resolver essas antinomias e posições conflitantes fez história. Nem a social-democracia européia, velha de mais de século e meio, adotando sempre um política social pragmática, havia encontrado uma solução teórica-jurídica para tal desafio. Habermas, o maior filosofo alemão do pós-guerra, considerou-o, o livro de Rawls, um marco na história do pensamento, um turning point na teoria social moderna, abrindo caminho para a aceitação dos direitos das minorias e para a política da Affirmative Action , a ação positiva. Política de compensação social adotada em muitos estados dos Estados Unidos desde então, que visa ampliar e facilitar as possibilidades de ascensão aos empregos públicos e aos assentos universitários por parte daquelas minorias étnicas que deles tinham sido até então rejeitadas ou excluídas. Cumpre-se dessa forma a sua meta de maximize the welfare of society's worse-off member, de fazer com que a sociedade do Bem-estar fosse maximizada em função dos que estão na pior situação, garantindo que a extensão dos direitos de cada um fosse o mais amplamente estendido, desde que compatível com a liberdade do outro. Se foi o projeto da Grande Sociedade quem impulsionou a teoria de Rawls, suas proposições, difundindo-se universalmente, terminaram por lançar as bases dos fundamentos ético-jurídicos do moderno Estado de bem-estar Social, vinte ou trinta anos depois ele ter sido implementado.
A sociedade justa
De certo modo Rawls retoma, no quadro do liberalismo social de hoje, a discussão ocorrida nos tempos da Grécia Antiga, no século 5 a.C., registrada na "República" , de Platão. Ocasião em que, por primeiro, debateu-se quais seriam os fundamentos de uma sociedade justa. Para o filósofo americano os seus dois pressupostos são: 1) igualdade de oportunidade aberta a todos em condições de plena eqüidade e: 2) os benefícios nela auferidos devem ser repassados preferencialmente aos membros menos privilegiados da sociedade, os worst off, satisfazendo as expectativas deles, porque justiça social é, antes de tudo, amparar os desvalidos. Para conseguir-se isso é preciso, todavia, que uma dupla operação ocorra. Os better off, os talentosos, os melhor dotados (por nascimento, herança ou dom), devem aceitar com benevolência em ver diminuir sua participação material (em bens, salários, lucros e status social), minimizadas em favor do outros, dos desassistidos. Esses, por sua vez, podem assim ampliar seus horizontes e suas esperanças em dias melhores, maximizando suas expectativas.
Para que isso seja realizável numa moderna democracia de modelo representativo é pertinente concordar inclusive que os representantes dos menos favorecidos (partidos populares, lideranças sindicais, minorias étnicas, certos grupos religiosos, e demais excluídos, etc..), sejam contemplados no jogo político com a ampliação da sua deputação, mesmo que em detrimento momentâneo da representação da maioria. Rawls aqui introduz o principio ético do altruísmo a ser exigido ou cobrado dos mais talentosos e aquinhoados - a abdicação consciente de certos privilégios e vantagens materiais legítimas em favor dos socialmente menos favorecidos.
Há nisso uma clara evocação, de origem calvinista, à limitação dos " direitos do talento", sem a qual ele considera difícil senão impossível por em pratica a equidade. Especialmente quando ele lembra que uma sociedade materialmente rica não significa necessariamente que ela é justa. Organizações sociais modestas, lembrou ele, podem apresentar um padrão de justiça bem maior do que encontra-se nas opulentas. Exemplo igual dessa " secularização do calvinismo" visando o apelo à concórdia social, é a abundância no texto de Rawls de expressões como, além do citado altruísmo, "benevolência", " imparcialidade", "desinteresse mútuo", "desejos benevolentes", "situação eqüitativa", " bondade", " objeção de consciência", etc...
Worst off - Os socialmente desfavorecidos - Devem ter suas esperanças de ascensão e boa colocação social maximizadas, objetivo atingido por meio de legislação especial corretiva, reparadora das injustiças passadas.
Better off - Os mais favorecidos - Devem ter suas expectativas materiais minimizadas, sendo convencidos através do apelo altruístico de que o talento está a serviço do coletivo, preferencialmente voltado ao atendimento dos menos favorecidos.
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John Rawls, o mais conhecido e celebrado filósofo político norte-americano, falecido aos 81 anos, em 2002, é tido como o principal teórico da democracia liberal dos dias de hoje. O seu grande tratado jurídio-político A Teoria da Justiça, de 1971, o alinhou entre os grandes pensadores sociais do século 20. Um legítimo sucessor de uma linhagem ideológica que origina-se em Locke. Os temas que hoje provocam polêmica, tal como o sistema de cotas para os negros nas universidades e nos cargos públicos, deriva diretamente da concepção de sociedade justa estabelecida por Rawls.
Johnson imita Lincoln
John Rawls (1921- 2002)
Para assinar o Voting Right Act de 1965, a lei que dava direitos iguais aos afro-americanos de votarem, o presidente Lyndon Johnson (1963-69) fez questão de cumprir a cerimônia na mesma sala da Casa Branca em que, um século antes dele, o presidente Lincoln, emancipara os negros que haviam servido no exército confederado. Com o fim dos constrangimentos legais que impediam dos negros serem cidadãos nos estados do Sul, completava-se assim uma etapa importante da Civil Rights Bill, aprovada pelo Congresso norte-americano um ano antes , em 1964. O objetivo da lei era claro, promover a integração racial e por um fim às práticas cotidianas discriminatórias que, especialmente no antigo cinturão confederado, estimulavam a segregação racial (motivo central da campanha pelos Direitos Civis do reverendo Martin Luther King). Com isso, esperava-se também por um término aos motins urbanos da população negra do Harlem, do Bedford-Stuyvesant em Nova Iorque, e os tumultos de Watts, em Los Angeles, de 1964-5, que deram prejuízos imensos aos negócios locais.
A nova lei do voto, ao remover as proibições para os negros exercerem seus direitos de cidadãos, procurou isolar os segregacionistas do Sul, tal como o governador George Wallace do Alabama, e igualmente esvaziar o movimento Black-power, liderado por Stokely Carmichael, um jovem intelectual negro radicalizado que anteriormente fora um dos líderes do SNCC (Student Nonviolent Coordinanting Committee). A política de promover a integração racial, por sua vez, fazia parte de um dos programas da chamada Great Society, a Grande Sociedade, o espetacular projeto dos democratas que visava extirpar a pobreza nos Estados Unidos. Atendendo a que, como disse o presidente Johnson, a América se transformasse " Num lugar onde os homens estarão mais atentos com a sua qualidade de vida do que com a quantidade de bens". Ele, o projeto, assentava-se no tripé de promover a mais ampla liberdade para todos, combater a escandalosa pobreza e, por fim, terminar com a injustiça racial.
O livro de Rawls
O presidente Johnson e o reverendo M.Luther King, pondo fim à discriminação racial
Certa vez, Hegel escreveu que a Filosofia - tal como a coruja que só alça o vôo depois do entardecer - somente elabora uma teoria após as coisas terem ocorrido. Foi bem esse o caso da contribuição de John Rawls, surgida em livro em 1971, A Theory of Justice, a Teoria da Justiça, resultante direto do sucesso da campanha pelos Direitos Civis. Herdeiro da melhor tradição liberal, que principia com Locke, passando por Rousseau, Kant e Stuart Mills, Rawls debruçou-se sobre um dos mais espinhosos dilemas da sociedade democrática: como conciliar direitos iguais numa sociedade desigual, como harmonizar as ambições materiais dos mais talentosos e destros com os anseios dos menos favorecidos em melhorar sua vida e sua posição na sociedade? Tratou-se de um alentado esforço intelectual para conciliar a Meritocracia com a idéia da Igualdade.
A resposta que Rawls encontrou para resolver essas antinomias e posições conflitantes fez história. Nem a social-democracia européia, velha de mais de século e meio, adotando sempre um política social pragmática, havia encontrado uma solução teórica-jurídica para tal desafio. Habermas, o maior filosofo alemão do pós-guerra, considerou-o, o livro de Rawls, um marco na história do pensamento, um turning point na teoria social moderna, abrindo caminho para a aceitação dos direitos das minorias e para a política da Affirmative Action , a ação positiva. Política de compensação social adotada em muitos estados dos Estados Unidos desde então, que visa ampliar e facilitar as possibilidades de ascensão aos empregos públicos e aos assentos universitários por parte daquelas minorias étnicas que deles tinham sido até então rejeitadas ou excluídas. Cumpre-se dessa forma a sua meta de maximize the welfare of society's worse-off member, de fazer com que a sociedade do Bem-estar fosse maximizada em função dos que estão na pior situação, garantindo que a extensão dos direitos de cada um fosse o mais amplamente estendido, desde que compatível com a liberdade do outro. Se foi o projeto da Grande Sociedade quem impulsionou a teoria de Rawls, suas proposições, difundindo-se universalmente, terminaram por lançar as bases dos fundamentos ético-jurídicos do moderno Estado de bem-estar Social, vinte ou trinta anos depois ele ter sido implementado.
A sociedade justa
De certo modo Rawls retoma, no quadro do liberalismo social de hoje, a discussão ocorrida nos tempos da Grécia Antiga, no século 5 a.C., registrada na "República" , de Platão. Ocasião em que, por primeiro, debateu-se quais seriam os fundamentos de uma sociedade justa. Para o filósofo americano os seus dois pressupostos são: 1) igualdade de oportunidade aberta a todos em condições de plena eqüidade e: 2) os benefícios nela auferidos devem ser repassados preferencialmente aos membros menos privilegiados da sociedade, os worst off, satisfazendo as expectativas deles, porque justiça social é, antes de tudo, amparar os desvalidos. Para conseguir-se isso é preciso, todavia, que uma dupla operação ocorra. Os better off, os talentosos, os melhor dotados (por nascimento, herança ou dom), devem aceitar com benevolência em ver diminuir sua participação material (em bens, salários, lucros e status social), minimizadas em favor do outros, dos desassistidos. Esses, por sua vez, podem assim ampliar seus horizontes e suas esperanças em dias melhores, maximizando suas expectativas.
Para que isso seja realizável numa moderna democracia de modelo representativo é pertinente concordar inclusive que os representantes dos menos favorecidos (partidos populares, lideranças sindicais, minorias étnicas, certos grupos religiosos, e demais excluídos, etc..), sejam contemplados no jogo político com a ampliação da sua deputação, mesmo que em detrimento momentâneo da representação da maioria. Rawls aqui introduz o principio ético do altruísmo a ser exigido ou cobrado dos mais talentosos e aquinhoados - a abdicação consciente de certos privilégios e vantagens materiais legítimas em favor dos socialmente menos favorecidos.
Há nisso uma clara evocação, de origem calvinista, à limitação dos " direitos do talento", sem a qual ele considera difícil senão impossível por em pratica a equidade. Especialmente quando ele lembra que uma sociedade materialmente rica não significa necessariamente que ela é justa. Organizações sociais modestas, lembrou ele, podem apresentar um padrão de justiça bem maior do que encontra-se nas opulentas. Exemplo igual dessa " secularização do calvinismo" visando o apelo à concórdia social, é a abundância no texto de Rawls de expressões como, além do citado altruísmo, "benevolência", " imparcialidade", "desinteresse mútuo", "desejos benevolentes", "situação eqüitativa", " bondade", " objeção de consciência", etc...
Worst off - Os socialmente desfavorecidos - Devem ter suas esperanças de ascensão e boa colocação social maximizadas, objetivo atingido por meio de legislação especial corretiva, reparadora das injustiças passadas.
Better off - Os mais favorecidos - Devem ter suas expectativas materiais minimizadas, sendo convencidos através do apelo altruístico de que o talento está a serviço do coletivo, preferencialmente voltado ao atendimento dos menos favorecidos.
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idade conteporanea
IDADE CONTEMPORÂNEA
1789: Washington, primeiro presidente do EUA l No Brasil, TIRADENTES e a Inconfidência Mineira. l Lavoisier: Tratado Elementar de Química. l William Blake: Canções de Inocência. l Revolução francesa: o Terceiro Estado proclama-se Assembleia Nacional; a capitulação do rei; a tomada da Bastilha; a discussão da Constituição; a Declaração dos Direitos do Homem; a nacionalização dos bens do clero; a fundação do Clube dos Jacobinos; a organização do poder local (consideram os historiadores que, com estes eventos, se dá por encerrada a Idade Moderna e começa a Idade Contemporânea).
1790: Revolução francesa: extinção dos direitos feudais; os bens do clero são postos à venda; Necker resigna; Luís XVI prepara a fuga. l A Bélgica declara-se independente. l Leopoldo II, da Áustria, sobe ao trono do Sacro Império Romano e reprime a revolução dos Países Baixos austríacos. l Vancouver explora a costa noroeste da América. l Na Inglaterra, primeiro moinho movido a vapor. l Os navios começam a ser construídos com cascos de ferro. l Mozart: A Flauta Mágica. l William Blake: O Casamento do Céu e do Inferno. l Kant: Crítica do Juízo.
1791: Revolução francesa: fuga e prisão de Luís XVI. l Tom Paine publica Os Direitos do Homem. l Declaração de Pilnitz: a Áustria e a Prússia dispostas a intervir em França. l O Canadá é dividido em duas províncias, Ontário e Quebeque. l No Haiti, Toussaint L’Ouverture encabeça a revolta dos escravos negros contra os franceses. l Morte de Mozart. l Goethe é nomeado director do Teatro de Weimar. l Marquês de Sade: Justine. l Bocage: Rimas.
1792: Revolução francesa: abolição da monarquia e a república é proclamada; instituição de um tribunal revolucionário; Luís XVI condenado à morte; instituição do divórcio. l A França declara guerra à Áustria e a Prússia declara guerra à França. l A Dinamarca é o primeiro país a abolir o comércio de escravos. l A China invade o Nepal. l Conté inventa o lápis. l Cunhagem do dollar americano. l Mateus Vicente de Oliveira conclui a construção do Palácio de Queluz. l Rouget de l'Isle compõe A Marselhesa l Luís António Verney: O Verdadeiro Método de Estudar. l Nascimento (provável) da heroína baiana MARIA QUITÉRIA. l No Rio de Janeiro, o Inconfidente TIRADENTES é enforcado em praça pública e depois esquartejado. l No Brasil, Tomás António Gonzaga: Marília de Dirceu. l Degredo de Tomás António Gonzaga para Moçambique. l Galvani publica o resultado das suas experiências sobre a electricidade animal e Volta discorre sobre os fenómenos eléctricos.
1793: Revolução francesa: execução de Luís XVI, Maria Antonieta e Filipe de Orleans; fundação do Comité de Salvação Pública, no qual ingressa Robespierre; o período do Terror, implementado pelo Partido único dos Jacobinos; prisão e execução de girondinos; prisão e assassínio de Marat; levantamentos realistas na Bretanha e na Vendeia; Robespierre decreta a liberdade de culto; instrução primária gratuita e obrigatória. l Primeira coligação contra a França: Inglaterra, Áustria, Prússia, Holanda, Espanha e Sardenha. l O Sacro Império Romano declara guerra à França. l A Inglaterra conquista as colónias francesas da Índia. l Fundado nos EUA o Distrito Federal (actual Washington). l Condorcet: Quadro do Progresso do Espírito Humano. l Em Paris, o Louvre é convertido em museu nacional de arte. l Em Lisboa é inaugurado o Teatro de S. Carlos. l Kant: A Religião nos Limites da Razão.
1794: Revolução francesa: Danton, St. Juste e Robespierre guilhotinados. l Em França, separação da Igreja e do Estado. l Abolição da escravatura nas colónias francesas. l Sublevação polaca de Kosciusko. l Aliança de S. Petersburgo: a Rússia, a Inglaterra e a Áustria contra a França. l A França invade a Espanha e a Holanda. l O «Habeas Corpus» é suprimido na Inglaterra. l Difusão da «Declaração dos Direitos do Homem» nos países americanos. l Morte de Lavoisier, guilhotinado. l Eli Whitney inventa a máquina de descascar algodão. l Xavier de Maistre: Viagem à Volta do Meu Quarto. l Fichte: Fundamentos da Teoria da Ciência.
1795: Revolução francesa: a Constituição do Ano III da Revolução; instalação do Directório. l NAPOLEÃO derrota os realistas em Paris. l Fundação da Escola Politécnica de Paris. l Goya pinta A Duquesa de Alba. l Haydn: sinfonia Londres. l Goethe: Wilheim Meister.
1796: NAPOLEÃO comanda o exército francês na Itália e derrota os austríacos e os piemonteses. l A Espanha declara guerra à Inglaterra. l Vacina de Jenner contra a varíola. l Criação da Biblioteca Pública de Lisboa. l Laplace: Exposição do Sistema do Mundo. l Cuvier funda a zoologia comparada. l Em Espanha, a Inquisição confisca Los Caprichos, quadro de Goya. l António Francisco Lisboa, o ALEIJADINHO, é contratado para a execução das estátuas Congonhas do Campo.
1797: Nelson derrota a Invencível Armada espanhola junto ao cabo de S. Vicente. l Em França, Talleyrand é nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros. l Paz de Campo Fórmio: a Áustria e a França definem os respectivos domínios sobre outros povos e nações. l Adams, presidente dos EUA l Lagrange: Teoria das Funções Analíticas.
1798: NAPOLEÃO e a campanha no Egipto. l Nelson derrota a esquadra francesa em Abuquir. l A França anexa Genebra e declara guerra a Nápoles. l Aliança anglo-russa contra a França. l Os espanhóis retiram-se do Haiti, que passa ao domínio francês. l Murdock promove a primeira instalação de gás de iluminação. l Nascimento de Joaquim Lopes, futuro PATRÃO LOPES. l Senefelder inventa a litografia. l Malthus: Ensaio sobre a População. l Wordsworth e Coleridge: Baladas Líricas.
1799: O Directório é derrubado e NAPOLEÃO é eleito primeiro-cônsul. l Pitt promove a Segunda Coligação contra a França, integrada pelos seguintes países: Inglaterra, Rússia, Áustria, Portugal, Turquia e Nápoles. l A Rússia concede à Companhia Russo-Americana o monopólio do comércio do Alasca. l Morte de Washington. l Nascimento de Balzac. l Laplace: Mecânica Celeste (início). l Novalis: O Cristianismo e a Europa. l David: Rapto das Sabinas.
1800: Campanha de NAPOLEÃO na Itália; vence os austríacos na batalha de Marengo. l Os ingleses ocupam Malta. l União da Inglaterra com a Irlanda. l Os franceses compram a Luisiania aos espanhóis. l Experiência socialista de Owen l A Rússia, Suécia, Dinamarca e Prússia constituem a Segunda Neutralidade Armada contra o direito de busca dos navios ingleses. l Volta inventa a pilha eléctrica. l Em Washington é criada a Livraria do Congresso. l Schiller: Maria Stuart. l Cuvier: Lições de Anatomia Comparada. l Goya: A Família de Carlos IV. l David: Retrato de Mme. Récamier.
1801: Alexandre I, czar da Rússia. l Jefferson, presidente dos EUA l Toussaint L’Ouverture escreve e promulga uma Constituição no Haiti. l O francês José-Marie Jacquard inventa o tear automático ou de Jacquard. l Bichar: Anatomia Descritiva.
1802: NAPOLEÃO, cônsul vitalício de França. l Os turcos conquistam o Egipto. l Chateaubriand: O Génio dos Cristianismo.
1803: Guerra entre a França e a Inglaterra. l Os cantões suíços readquirem a independência. l A Luisiania é comprada pelos EUA l Morte de Toussaint L’Ouverture no Fort Joux, em França.
1804: NAPOLEÃO, imperador de França. l Promulgação do Código Civil, em França. l No Haiti, os negros proclamam a independência. l Revolta dos sérvios contra os turcos. l A Inglaterra reinicia a guerra marítima. l Guerra turco-persa. l Morte de Kant. l Beethoven: Sinfonia Heróica
1805: Batalhas de Trafalgar e Austerlitz, fim do Sacro Império Romano-Germânico. l Beethoven: Ópera Fidélio.
1806: Os estados alemães fundam a Confederação do Reno, protectorado de Napoleão; este declara o bloqueio continental à Inglaterra. l NAPOLEÃO rompe com Pio VII. l José Bonaparte, rei de Nápoles. l Luís Bonaparte, rei da Holanda. l Sublevação de Miranda, na Venezuela. l Erigida em Paris a Coluna Vendôme.l Morte do pintor Fragonard.
1807: Primeira invasão francesa em Portugal, comandada por Junot; D. João VI e a corte portuguesa mudam-se para o Brasil. l Jerónimo Bonaparte, rei da Westfália. l Os franceses iniciam a ocupação de Espanha. l Na América, Fulton navega pelo Hudson num barco a vapor. l Na América, Fulton navega pelo Hudson num barco a vapor. l Hegel: Fenomenologia.
1808: No Porto, insurreição contra os franceses. l José Bonaparte, rei de Espanha. l Sustentada pelos ingleses, eclode a guerrilha em Espanha contra os franceses. l Guerra austro-inglesa. l Dalton enuncia a teoria atómica. l D. João VI ordena a abertura dos portos do Brasil aos países amigos. l Gay Lussac enuncia a lei dos gases l Beethoven: Quinta Sinfonia. l Goethe: Fausto. l Proudhon: A Justiça e a Vingança em Perseguição do Crime.
1809: Em Portugal, segunda invasão francesa sob o comando de Soult. l Maertternich, ministro da Áustria. l Nascimento de Lincoln. l Nascimento de Darwin. l Lamarck: Filosofia Zoológica.
1810: Em Portugal, terceira invasão francesa sob o comando de Massena; batalha do Buçaco; linhas de Torres Vedras; retirada dos franceses. l BOLÍVAR, com Miranda proclama a independência da Venezuela. l É publicado o Código Penal, em França. l Bohnenberger inventa o giroscópio. l Goya: Os Desastres da Guerra.
1811: l Krupp funda em Essen a fábrica que tem hoje o seu nome.
1812: Campanha de NAPOLEÃO na Rússia. l Emancipação dos judeus da Prússia. l O Canadá divide-se em duas províncias, uma francesa, outra inglesa. l San Martin chega a Buenos Aires. l Byron: Childe Harold l Irmãos Grimm: Contos.
1813: Guerrilhas de libertação da Europa. l A Holanda separa-se da França. l Nova Granada (Colômbia) e Paraguai proclamam a independência. l BOLÍVAR, em Caracas, é proclamado "Libertador". l Nascimento de Wagner.
1814: Os ingleses em Bordéus. l Após o desastre da campanha da Rússia, NAPOLEÃO abdica e é mandado para o exílio na ilha de Elba; Luís XVIII (Bourbons) ocupa o trono de França. l A Europa é partilhada no Congresso de Viena. l Pio VII restabelece a Inquisição. l O'Higgins luta pela independência do Chile. l Em Londres é instalada a iluminação a gás. l Morte de António Francisco Lisboa, o ALEIJADINHO. l Nascimento de ANA NÉRI. l Hoffmann: Contos.
1815: O Brasil elevado à condição de reino. l NAPOLEÃO evade-se da ilha de Elba; a sua derrota final na batalha de Waterloo; o seu exílio definitivo em Sta. Helena. l Novo Congresso de Viena; Metternich orienta a nova partilha da Europa e das suas colónias, na qual não se reconhecem povos mas apenas soberanos. l Fundação da «Santa Aliança» da Rússia, Prússia e Áustria, a qual visa repor o direito divino dos soberanos contra os anseios liberais dos povos europeus.
1816: Beresford em Portugal. l A Argentina proclama a independência. l Os portugueses no Uruguai. l Invenção do caleidoscópio l Rossini: O Barbeiro de Sevilha.
1817: Em Portugal, execução de Gomes Freire de Andrade. l San Martin inicia a campanha libertadora do Chile. l Independência da Venezuela l David Ricardo: Princípios de Economia. l Leopardi: Cantos.
1818: Bernardotte, rei da Suécia. l Independência do Chile. l Nascimento de Marx.
1819: Os EUA compram a Florida à Espanha. l União de Nova Granada e Venezuela sob o nome de Colômbia. l O exército de libertação de BOLÍVAR atravessa os Andes. l Nascimento da futura Rainha Vitória. l H. C. Oersted descobre o electromagnetismo. l O vapor «Savannah» cruza o Atlântico. l Schopenhauer: O Mundo como Vontade e Representação.
1820: Revolução liberal no Porto e levantamento em Lisboa. l Insurreições liberais em Espanha, Nápoles e Piemonte. l Jorge IV, rei da Inglaterra. l O Equador proclama a independência. l San Martin do Peru. B. Caventou e J. Pelletier descobrem o quinino. l Lamartine: Meditações. l Keats: Contos e Poemas. l W. Scott: Ivanhoe.
1820/1903: Vida de Herbert Spencer.
1821: Fundação do Banco de Lisboa. l Restabelecimento do absolutismo em Nápoles e Piemonte. l Independência do Peru e S. Domingos. l Início da Guerra da Independência grega. l BOLÍVAR proclama a Grã-Colombia. l Morte de NAPOLEÃO na ilha de Santa Helena. l Censo em Portugal: 3 milhões de habitantes.
1822: D. João VI jura a Constituição. l «O grito do Ipiranga», independência do Brasil, D. Pedro I, o imperador, convida José Bonifácio de Andrade e Silva para organizar o primeiro ministério do novo Estado. l Conferência de Guayaquil, entre San Martin e BOLÍVAR. l Na Bahia, disfarçada de homem, Maria Quitéria alista-se como soldado voluntário das forças independentistas.l Nascimento de Pasteur. l Champollion decifra hieróglifos egípcios. l Charles Babbage inventa a Máquina Analítica. l Schubert: Sinfonia Incompleta. l Fourier: Tratado de Associação Doméstico-Agrícola. l Heine: Poesias.
1823: Em Trás-os-Montes, sublevação do conde de Amarante contra os liberais; a Vilafrancada; desterro de D. Miguel para Viena. l Tratado de paz entre Portugal e Brasil. l Nos EUA doutrina Monroe. l A 2 de Julho, na Bahia, as forças independentistas batem definitivamente as tropas portuguesas comandadas pelo general Madeira de Melo. Maria Quitéria é a mais louvada heroína destas guerras pela independência do Brasil.l Guerra franco-espanhola.
1824: Abrilada, insurreição liderada por D. Miguel. l Carlos X, rei de França. l Na Inglaterra, lei concedendo o direito de greve. l Vitórias de BOLÍVAR em Junin e de Sucre em Ayacucho. l Carnot descobre a segunda lei da termodinâmica. l Beethoven: Nona Sinfonia. l Em França, o pintor inglês John Constable alcança grande sucesso com o quadro A Carroça do Feno. l Delacroix pinta Les massacres de Scio. l FERREIRA DE AGUIAR arma esquema para a fundação das Régias Escolas de Cirurgia de Lisboa e do Porto.
1825: Portugal reconhece a independência do Brasil. l Independência da Bolívia e do Uruguai. l Nicolau I, czar da Rússia. l Primeira linha férrea de Estocolmo a Darlington. l Pushkin: Boris Goudonov. l Casanova: História da Minha Vida.l Garrett: Camões. l Manzoni: Os Noivos.
1826: A Constituição outorgada por D. Pedro IV que abdica em favor da filha, D. Maria. l A Inglaterra reconhece as novas repúblicas sul-americanas. l Rivadavia presidente da Argentina. l Primeiro túnel ferroviário entre Liverpool e Manchester. l BOLÍVAR convoca o Congresso do Panamá. l Mendelssohn: Sonho de uma Noite de Verão. l Cooper: O Último dos Mohicanos. l Garrett: D. Branca
1827: Com o apoio da Inglaterra, França e Rússia, a Grécia liberta-se do domínio turco. l Guerra civil em Portugal. l Morte de Beethoven. l Lei de Ohm das correntes eléctricas. l Van Baer descobre o óvulo dos mamíferos.
1828: Regresso de D. Miguel, golpe de estado absolutista; exílio dos liberais. l Independência do Uruguai. l Nascimento de Tolstoi. l Wohler funda a química orgânica.
1829: Braille divulga o sistema de escrita para Cegos. l Começa a difundir-se a locomotiva a vapor. l Balzac começa a escrever A Comédia Humana. l Em Mecejana, Ceará, Brasil, nasce JOSÉ DE ALENCAR, futuro escritor romântico.
1830: Guilherme IV, rei da Inglaterra. l A Bélgica alcança a independência, depois de se libertar dos holandeses. l Luís Filipe I, rei de França. l Independência da Grécia. l A Polónia revolta-se, em vão, contra os russos. l Os franceses ocupam a Argélia. l A Grande Colômbia divide-se em três países: Colômbia, Venezuela e Equador. l Morte de BOLÍVAR. l Berlioz: Sinfonia Fantástica. l Victor Hugo inicia o movimento romântico com o seu romance Hernani. l Comte: Curso de Filosofia Positiva (início). l Stendhal: Vermelho e Negro
1831: Pedro II, imperador do Brasil. l A Bélgica separa-se da Holanda. l Faraday descobre a indução electromagnética. l Faraday descobre a indução electromagnética.l Daumier: primeiras caricaturas. l Victor Hugo: Nossa Senhora de Paris.
1832: D. Pedro assume a regência em Portugal; as tropas liberais desembarcam no Mindelo. l Mickiewicz: Os Peregrinos Polacos.
1833: D. Pedro desembarca em Lisboa. l Isabel II, rainha de Espanha. l Surge a primeira máquina de escrever moderna. l Domingos Bontempo é nomeado professor de Música da rainha D. Maria II. l Michelet: História de França. l Goethe: segundo Fausto. l Balzac: Tio Goriot e Eugénia Grandet.
1834: D. Miguel de Portugal assina a paz de Évora Monte; triunfo do liberalismo. l Morte de D. Pedro e início do reinado de D. Maria. l Schumann: Carnaval. l Lamennais: Palavras de um Crente.
1835: Fernando IV, imperador da Áustria. l Fundação da Agência Noticiosa Havas. l Fundação do New York Herald. l Gogol: Almas Mortas. l Donizetti: Lucia de Lammermoor. l Tocqueville: Sobre a democracia na América.
1835/1910: Vida de Mark Twain.
1836: Texas independente do México. l Liga Comunista constituída em Paris. l Herculano: A Voz do Profeta.
1837: Vitória, rainha de Inglaterra; expansão do Império Britânico. l Os ingleses Wheatstone e William Cook patenteiam o primeiro telégrafo eléctrico; o norte americano Samuel Morse pateia igualmente um. l Thomas Carlyle: French Revolution. l Charles Dickens: Oliver Twist.
1838: Os ingleses em Aden. l A América Central cinde-se em cinco pequenos países: El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica e Guatemala. l Victor Hugo: Gil Blas.
1839: Início da guerra do ópio, na China. l Nascimento de Cézanne. l Invenção fotográfica de Daguerre. l Chopin: Prelúdios. l Hebbel: Judith. l Lermontov: Um Herói do Nosso Tempo. l Stendhal: A Cartuxa de Parma. l Nascimento de MACHADO DE ASSIS.
1840: Em Espanha, primeira guerra carlista. l Frederico Guilherme IV, rei da Prússia. l Governo parlamentar no Canadá l Proudhon: O que é a Propriedade ?
1841: A Nova Zelândia é proclamada colónia inglesa. l Nascimento de Stanley. l Invenção da bateria de carbono e zinco l Feuerbach: A Essência do Cristianismo. l Balzac assina contrato para a edição de A Comédia Humana.
1842: Fim da guerra do ópio; Hong-Kong sob domínio inglês. l Traçada a fronteira entre o Canadá e os EUA l O éter como anestésico. l Nascimento de Antero de Quental em Ponta Delgada.
1843: Natal, colónia inglesa. l Morre o poeta alemão Friedrich Hölderlin l Almeida Garrett: Frei Luís de Sousa.
1844: Guerra entre a França e Marrocos. l Primeira mensagem de Morse. l Fundação da primeira cooperativa de consumo em Rochdale, na Inglaterra. l Nascimento de Nietzsche. l Kierkegaard: O Conceito de Angústia. l Dumas: Os Três Mosqueteiros.
1845: Guerra entre os EUA e o México; Texas, estado americano. l Grande fome na Irlanda. l Richard Hoe inventa a primeira impressora rotativa. l Humboldt: Cosmos. l Poe: O Corvo. l Lewis Carrol: Alice no País das Maravilhas.l F. Engels: A situação da classe trabalhadora em Inglaterra. l Nascimento de EÇA DE QUEIRÓS.
1846: Em Portugal, revolta popular da Maria da Fonte; a Patuleia. l A Áustria ocupa Cracóvia. l Galle observa o planeta Neptuno previsto pelos cálculos de Le Verrier. l Nascimento de RAFAEL BORDALO PINHEIRO. l Proudhon: Sistema das Contradições Económicas. l Alexandre Herculano: História de Portugal.
1847: Libéria, república independente. l Corrida ao ouro na Califórnia. l Em Espanha, segunda guerra carlista. l A França completa a conquista da Argélia. l Nascimento de CASTRO ALVES. l Nascimento de CHIQUINHA GONZAGA. l O norte-americano M. F. Maury publica as primeiras Cartas dos Ventos e das Marés. l Bronté: Jane Eyre. l Nascimento de SOARES DOS REIS.
1848: Luís Napoleão Bonaparte, presidente da República Francesa. l Francisco José I, imperador. l A Suiça converte-se em estado federal. l Disraeli, líder do Partido Conservador inglês. l Fim da guerra entre os EUA e o México: Texas, Novo México e Califórnia incorporam-se nos EUA l Marx e Engels: Manifesto Comunista. l Thackeray: Feira de Vaidades.
1849: Victor Manuel II, rei de Piemonte. l Gorada a unificação da Alemanha. l Em Portugal, Costa Cabral regressa ao poder. l Em Lisboa, inauguração do Teatro Nacional. l Balzac é recusado na Academia de Letras Francesa. l Charles Dickens: David Coperfield.
1850: Paz de Berlim. l Data aproximada de nascimento de NGUNGUNHANE. l Inicia-se a era Mei-Ji no Japão. l Morte de Balzac. l H. Spencer funda a sociologia. l Nascimento de CESÁRIO VERDE.
1851: Luís Napoleão, de presidente da República a imperador de França. l Bismarck é nomeado representante da Prússia na Dieta. l Em Londres, 1ª. Exposição Universal. l Colocação, sob o Canal da mancha, do primeiro cabo telegráfico subaquático. l O alemão Paul Julius funda a agência Reuter. l Singer inventa a máquina de costura. l Melville: Moby Dick. l Labiche: Um Chapéu de Palha de Itália. l Verdi: Rigoletto. l Comte: Sistema de Política Positiva (início).
1852: Em Portugal, a primeira greve (dos tipógrafos). l Napoleão III, imperador. l Fundação da república do Transval. l Em Lisboa, fundação do Instituto Industrial. l Dumas: A Dama das Camélias.
1853: Na Crimeia, o czar Nicolau I em guerra com os turcos. l Nascimento de Van Gogh. l Invenção da Aspirina. l Gobineau defende o racismo: Ensaio sobre a Desigualdade das Raças. l Liszt: Rapsódias Húngaras. l Provavelmente neste ano, nas imediações de Salvador, morre Maria Quitéria, heroína das guerras pela independência do Brasil. l Nascimento de JOSÉ DO PATROCÍNIO.
1854: A Inglaterra e a França intervêm na guerra da Crimeia. l Primeiros tratados comerciais entre o Japão e o Ocidente. l Proclamado o dogma da Imaculada Conceição.
1855: D. Pedro V, rei de Portugal. l Alexandre II, czar da Rússia. l Livingston descobre as cataratas de Vitória. l Walt Whitman: Folhas de Erva. l Burckhardt: Cicerone.
1856: l Fim da guerra da Crimeia; Alexandre II, czar da Rússia. l Lisboa-Carregado, primeira linha férrea portuguesa. l Flaubert: Madame Bovary. l Camilo Castelo Branco: Onde Está a Felicidade ? l Richard Burton parte em busca da nascente do Nilo. l O PATRÃO LOPES socorre a Howard Primrose, escuna inglesa.
1857: Exposição industrial no Porto. l Baudelaire: As Flores do Mal. l JOSÉ DE ALENCAR: romance O Guarani.
1858: A Rússia liberta os servos do domínio imperial. l A China é forçada a abrir vários portos às potências ocidentais. l A França inicia a ocupação da Cochinchina. l Guerra civil no México, Juarez presidente. l Aparições de Lourdes.
1859: A Roménia converte-se em estado. l Inicia-se a construção do Canal de Suez. l Primeira extracção de petróleo nos EUA l George Boole inventa o cálculo binário, base do futuro cálculo electrónico e da informática. l Darwin: A Origem das Espécies. l Marx: Contribuição à Crítica da Economia Política.
1860: Garibaldi proclama Vitor Manuel rei da Itália. l Exércitos franceses e ingleses ocupam Pequim. l Lincoln é eleito presidente dos EUA l Cavour leva a cabo a anexação da Itália Central e põe fim à conquista das Duas Sicílias, por Garibaldi.l São descobertas as nascentes do Nilo. l Elliot: O Moinho à beira do Rio.
1861: Guilherme I, rei da Prússia. l D. Luís, rei de Portugal; a expansão africana com Serpa Pinto, Capelo e Ivens. l Início da Guerra da Secessão, nos EUA l Nightingale dirige a primeira escola de enfermagem, em Londres. l Nascimento de CRUZ E SOUSA.
1862: Lincoln proclama a libertação dos escravos. l Bismarck, primeiro ministro da Prússia. l Garibaldi falha a marcha sobre Roma. l Os franceses ocupam a Cochinchina. l Nascimento de Debussy. l Leroy inventa a primeira máquina de impressão de 3 cores em simultâneo. l Vitor Hugo: Os Miseráveis. l Turgueniev: Pais e Filhos. l Camilo Castelo Branco: Amor de Perdição. l Antero de Quental: Odes Modernas
1863: Cristiano IX, rei da Dinamarca. l Jorge I, rei a Grécia. l Nasce D. CARLOS, futuro monarca de Portugal. l O Cambodja é convertido em protectorado francês. l Pasteur desenvolve o processo que terá o nome de pasteurização. l Renan: Vida de Jesus. l Proudhon: O Princípio Federativo. l Ibsen: Os Pretendentes. l Rosalía de Castro publica Cantares Gallegos.
1864: Abraham Lincoln é reeleito presidente. l O arquiduque Maximiliano da Áustria, imperador do México. l Início da guerra do Paraguai. l Fundação da Cruz Vermelha internacional. l Pasteur demonstra a impossibilidade da geração espontânea. l Goncourt: Renata Mauperin. l Fundação do Diário de Notícias, em Lisboa.
1865: Fim da Guerra de Secessão nos EUA; assassinato de Lincoln l Tripla Aliança do Brasil, Uruguai e Argentina contra o Paraguai. l Nascimento de CÂNDIDO RONDON. l No Porto é inaugurado o Palácio de Cristal. l ANA NÉRI é a primeira enfermeira voluntária na Guerra do Paraguai. l Wagner: Tristão e Isolda. l Broca: Investigações e Observações Antropológicas. l Sully-Prudhomme: Poemas. l Antero de Quental: Odes Modernas. l JOSÉ DE ALENCAR: romance Iracema. l Questão do Bom Senso e Bom Gosto – Carta de Antero de Quental a António Feliciano Castilho.
1865/69: Tolstoi: Guerra e Paz.
1869: O DUQUE DE CAXIAS conquista Assunção, a capital do Paraguai.
1866: Em Espanha, tentativa revolucionária de Prim. l Implantação do primeiro cabo telegráfico transatlântico. l Nobel inventa a dinamite. l Nascimento de EUCLIDES DA CUNHA. l Mendel, leis da hereditariedade: Experiências com Híbridos. l Dostoievski: Crime e Castigo.
1866/67: Marx em Genebra, 1ª Internacional; 1º volume de O Capital.
1867: No México, Maximiliano é fuzilado. l Francisco José, imperador da Áustria e da Hungria. l Garibaldi volta a fracassar numa segunda marcha sobre Roma. l Os EUA compram o Alasca à Rússia. l Mutsu Hito, imperador; o Japão volta a abrir-se ao Ocidente. l Nascimento de Marie Curie. l O fabricante Philo Remington comercializa em larga escala a máquina de escrever. l Morte do pintor Ingres. l A Ferreirinha comanda a luta contra a praga da filoxera (pulgão que mata as vinhas).
1868: Revolução em Espanha, Isabel em fuga, Prim ditador. l Sarmiento, presidente da Argentina. l Queda do Negus da Abissínia, furo jornalístico de Stanley. l Bakunine adere à 1ª. Internacional. l Lautréamont: Os Cantos de Moldoror. l Júlio Dinis: A Morgadinha dos Canaviais. l CASTRO ALVES: O Navio Negreiro.
1869: Tóquio, nova capital do Japão. l Início do Concílio Vaticano. l Nascimento de Gandhi. l Inauguração do Canal do Suez. l Westinghouse inventa o travão de ar comprimido para aplicar aos comboios. l Nos EUA, primeira linha férrea transcontinental. l Mège-Mouriès inventa a margarina. l Mendeleyev: Tabela Periódica dos Elementos. l Zola: Rougon-Macquart. l Verlaine: Festas Galantes. l Por iniciativa do Visconde de Lesseps é inaugurado o Canal de Suez.
1870: Em Portugal, golpe de Estado, de Saldanha. l Assassinato de Prim, em Espanha. l Guerra franco-prussiana; os franceses derrotados em Sédan; revolução em Paris; queda de Napoleão III. l Estabelecido o dogma da infalibilidade papal. l Schliemann inicia as escavações de Tróia. l Carlos Gomes: ópera O Guarani. l CASTRO ALVES: Espumas Flutuantes. l EÇA DE QUEIRÓS e Ramalho Ortigão: O Mistério da Estrada de Sintra. l Baseando-se no romance de José de Alencar, o compositor brasileiro Carlos Gomes apresenta a ópera O Guarani no Scala de Milão.
1871: Queda de Paris. l Guilherme I coroado imperador da Alemanha, em Versailles. l Bismarck constrói o novo império alemão, a Alsácia e a Lorena passam para os alemães. l A Comuna de Paris, apoiada por Marx, embora com reticências. l Esmagamento da Comuna de Paris. l Com Thiers, nova República, em França. l Roma, capital da Itália. l Conferências Democráticas no Casino Lisbonense. l Morte de CASTRO ALVES.l Bécquer: Rimas. l SOARES DOS REIS executa O Desterrado. l Conferências Democráticas no Casino Lisbonense com a participação de Antero de Quental e Eça de Queirós.
1872: Guerra carlista, em Espanha. l A Rainha Vitória inaugura o Albert Hall. l Nasce OSVALDO CRUZ. l Stanley: Como Encontrei Livingstone, best-seller. l Darwin: A Origem do Homem. l Nietzsche: A Origem da Tragédia. l Hernandez: Martin Fierro. l H. C. Anderson alcança um total de 156 Contos publicados.
1873: A república em Espanha. l Crise financeira na Europa e na América. l Maxwell: Tratado de Electricidade e Magnetismo. l Spencer: Sociologia Descritiva. l Cézanne: Homem com Chapéu de Palha. l Renan: O Anticristo. l Tolstoi: Inicia Ana Karenina. l Júlio Verne: Volta ao mundo em 80 dias. l Nascimento de Alberto SANTOS-DUMONT. l No Brasil, o bispo de Olinda interdita a Igreja Católica aos membros da Maçonaria.
1874: Golpe de Estado: Afonso XII, rei de Espanha. l Fundação da União Postal Universal. l Nascimento de EGAS MONIZ l Nascimento de CHURCHILL. l Nascimento de Schoenberg. l Fundação da Sociedade de Geografia, em Lisboa. l I Exposição Colectiva dos Impressionistas, em Paris. l Monet: Dia de Verão l Rimbaud: Iluminações. l Grieg: Peer Gynt. l Mussorgski: Boris Goudonov. l Eça de Queiroz: O Crime do Padre Amaro. l GUILHERME DE AZEVEDO: Alma Nova.
1875: Sublevação na Bósnia-Herzegovina. l RAFAEL BORDALO PINHEIRO cria a figura do “Zé Povinho”. l Nasce MACHADO SANTOS. l Bizet: Carmen. l Eça de Queirós: O Crime do Padre Amaro. l José de Alencar: O Sertanejo.
1876: A Rainha Vitória imperatriz da Índia. l Em Portugal, primeiro directório do Partido Republicano. l Fim da guerra carlista, em Espanha. l Revolução na Turquia: Abdu-ul-Hamid, sultão. l Bell inventa o telefone e Edison o fonógrafo. l Otto inventa o motor de explosão a 4 tempos. l Wagner: O Anel dos Nibelungos. l Mallarmé: L'Après Midi d'un Faune.
1877: Primeiro congresso socialista português. l Serpa Pinto e Roberto Ivens iniciam a travessia de África de Angola a Moçambique. l Anexação do Transval pela Inglaterra. l Nos Balcãs, guerra entre a Rússia e a Turquia. l No Rio de Janeiro, morte do escritor JOSÉ DE ALENCAR. l Brahms: Primeira Sinfonia. l Sant-Saens: Sansão e Dalila.
1878: Nos Balcãs, fim da guerra entre a Rússia e a Turquia; Congresso de Berlim; a grande partilha: Roménia, Sérvia e Montenegro, estados independentes; Bulgária, tributária dos turcos; Chipre para os ingleses; Bosnia-Herzegovina administrada pelos austríacos. l Humberto I, rei de Itália; insucesso dos italianos na Etiópia. l Booth funda o Exército da Salvação. l Hughes inventa o microfone. l Edison inventa a lâmpada incandescente. l Nietzsche: Humano, Demasiado Humano. l EÇA DE QUEIRÓS: O Primo Basílio.
1879: Guerra do Pacífico: Chile contra o Peru e a Bolívia. l Guerra austro-alemã. l Nascimento de Einstein. l Nascimento de Estaline. l Edison inventa a lâmpada eléctrica. l JOSÉ DO PATROCÍNIO inicia a campanha pela abolição da escravatura. l Oliveira Martins funda, em Lisboa, o Clube Republicano e escreve a História da Civilização Ibérica. l Em Lisboa, é publicado o primeiro número de A Voz do Operário. l Pablo Iglesias funda, clandestinamente, o Partido Socialista Operário Espanhol. l Ibsen: Casa de Bonecas. l MACHADO DE ASSIS: Memórias Póstumas de Brás Cubas. l EÇA DE QUEIRÓS: O Conde de Abranhos.
1880: A França ocupa o Taiti. l Buenos Aires, capital da Argentina. l Transval declara-se independente. l Concluída a construção do túnel de S. Gotardo. l Electrificação das ruas de Nova Iorque. l Em Portugal é comemorado o tricentenário da morte de Camões. l Nascimento de REYNALDO DOS SANTOS. l Morte de ANA NÉRI. l EÇA DE QUEIRÓS: O Mandarim l Taine: Filosofia da Arte. l Dostoievski: Os Irmãos Karamazov. l CESÁRIO VERDE publica O Sentimento dum Ocidental.
1881: Alexandre III, czar da Rússia. l Guerra no Egipto, revolta do Sudão, intervenção britânica. l Tunes, protectorado francês. l Independência dos boers sob supremacia britânica. l Nascimento de Picasso. l Início da construção do Canal do Panamá. l Tchaikovski: 1812. l Fundação do jornal O Século. l Ibsen: Espectros l Machado de Assis: Memórias Póstumas de Brás Cubas. l Borodine: O Príncipe Igor. l Offenbach: Contos de Hoffmann. l Oliveira Martins: Portugal Contemporâneo.
1882: Tripla Aliança da Áustria, Alemanha e Itália. l A Inglaterra ocupa o Egipto. l Fundada a colónia italiana da Eritreia. l Nos EUA primeira lei de restrição à emigração. l Morte de Darwin. l Nascimento de MONTEIRO LOBATO. l Nascimento de Roosevelt. l Nascimento de Stravinski. l Nascimento de James Joyce. l Daimler constrói o motor a gasolina. l Koch descobre o bacilo da tuberculose. l Charcot inaugura a sua cátedra na Salpetrière. l Clarín, em Madrid, volta a ocupar a cátedra de Direito. l GUILHERME DE AZEVEDO morre em Paris
1883: Annam e Tonkin, protectorados franceses. l A França ocupa Madagáscar. l Morte de Wagner. l Morte de Marx. l Chardonnet inventa o rayon, primeira fibra sintética do mundo. l Morre Gustave Doré, desenhador e gravador francês.l Maupassant: Uma Vida. l Villiers de l'Isle Adam: Contos Cruéis. l Nietzsche: Assim falou Zaratustra.
1884: Fundação da Guiné britânica. l Fundação da colónia alemã do sudoeste africano (Namíbia). l Início da conferência de Berlim, na qual se discute a partilha da África pelas potências europeias; a Alemanha coloniza o sudoeste africano. l A luta por Annam desencadeia a guerra franco-chinesa. l O exército chileno retira-se do Peru. l Na Inglaterra, fundação da sociedade fabiana. l Nascimento do poeta AUGUSTO DOS ANJOS.l F. Engels: A Origem da Família, da Propriedade e do Estado.
1885: Término da conferência colonial de Berlim. l Os ingleses fundam a Nigéria. l Criação do estado do Congo. l Paz franco-chinesa. l Acordo sino-japonês sobre a Coreia. l Afonso XIII, rei de Espanha, sob a regência de Maria Cristina. l Guerra servo-búlgara. l Pasteur descobre e aplica a vacina anti-rábica num ser humano. l Weismann avança a teoria do plasma germinativo. l Freud funda a Psicanálise. l O alemão Benz constrói um automóvel a gasolina. l Nascimento de SOUSA MENDES. l No Rio de Janeiro o funeral da mãe de JOSÉ DO PATROCÍNIO converte-se num grandioso comício pró abolição da escravatura. l Van Gogh: Os Comedores de Batatas. l Nietzsche: Além do Bem e do Mal. l Zola: Germinal. l Mark Twain: As Aventuras de Hucleberry Finn. l Guerra Junqueiro: A Velhice do Padre Eterno. l Nasce AQUILINO RIBEIRO
1886: Os portuguesas idealizam, em África, o mapa cor-de-rosa, de costa a costa. l Paz servo-búlgara. l D. CARLOS de Portugal casa com Amélia de Orleans, princesa francesa. l Descoberta de ouro no Transval. l Invenção do linótipo. l Sob a forma de um xarope, é inventada a fórmula que posteriormente dará origem à coca-cola. l Morte de CESÁRIO VERDE.l Stevenson: O Estranho Caso do Dr.Jeikyl e o Sr. Hyde. l Antero de Quental: Sonetos.l Em Recife, Pernambuco, nasce MANUEL BANDEIRA l LUÍS II DE WITTELSBACH é preso e deposto
1887: Fundação da Rodésia. l Primeira conferência imperial britânica das colónias autónomas. l Berliner inventa o gramofone e o disco. l A. Waller realiza o primeiro electrocardiograma humano. l SOARES DOS REIS executa a estátua de D. AFONSO HENRIQUES. l EÇA DE QUEIRÓS: A Relíquia. l No Rio de Janeiro, nasce HEITOR VILLA-LOBOS. l Silva Pinto edita O LIVRO DE CESÁRIO VERDE.
1888: Guilherme II, «kaiser» da Alemanha. l Abolição da escravatura no Brasil. l Nascimento de FERNANDO PESSOA. l Hertz demonstra a existência de ondas electromagnéticas. l Eastman inventa a máquina fotográfica Kodak. l Van Gogh: Auto-Retrato; Os Girassóis. l Strindeberg: Senhorita Júlia. l EÇA DE QUEIRÓS: Os Maias.
1889: Em Paris, a eleição de Boulanger e, no mesmo ano, a sua fuga. l Em Paris, é aberta a Exposição Internacional. l No Brasil é proclamada a República. l Congresso socialista em Paris, fundação da 2ª. Internacional. l Em Washington, 1ª.Conferência Pan-americana. l Em Portugal, início do reinado de D. CARLOS. l Mutsu-Hito promulga a constituição no Japão. l Nascimento de HITLER, na Áustria. l Brown Sequard descobre a função das glândulas de secreção interna. l Kossel investiga os núcleos celulares. l Construção da Torre Eiffel. l Nascimento de SALAZAR. l Suicídio de SOARES DOS REIS. l Nascimento de ABEL SALAZAR. l Durkheim: Elementos de Sociologia. l Yeats: As Peregrinações de Oisin. l Tchekov: A Gaivota l EÇA DE QUEIRÓS: A Correspondência de Fradique Mendes. l CHIQUINHA GONZAGA compõe a famosa marcha carnavalesca Ó abre alas... l FIALHO DE ALMEIDA publica o primeiro panfleto de Os Gatos
1890: A propósito da partilha de África, ultimato da Grã-Bretanha a Portugal. l Rebelião dos tsongas na região de Lourenço Marques. l Luxemburgo, grão-ducado independente. l O Primeiro de Maio é pela primeira vez celebrado internacionalmente como Festa do Trabalho. l Guilhermina, rainha da Holanda. l Queda de Bismarck. l Criação da União Pan-americana. l Morte de Van Gogh. l Morre o PATRÃO LOPES. l Nascimento de De Gaulle. l Behring descobre a vacina anti diftérica. l Cézanne: Os Jogadores de Cartas. l Franck: Sinfonia em Ré Menor. l Fauré: Cinco Melodias l James: Princípios de Psicologia. l Oscar Wilde: O Retrato de Dorian Gray. l Knut Hamsun: Fome. l Publicação dos Poemas (póstumos) de Dickinson.
1891: No Porto, revolta do 31 de Janeiro. l No Brasil, Deodoro da Fonseca é eleito Presidente da República. l Encíclica Rerum Novarum de Leão XIII. l A Rússia inicia a construção da linha férrea transiberiana. l Para a Inglaterra, Rhodes inicia a conquista do Niassalândia e do país que será a Rodésia. l Rui Barbosa e a Constituição democrática do Brasil. l Ibsen: Hedda Gabler. l Cézanne: Retrato da Minha Esposa. l Oliveira Martins: Os Filhos de D. João I. l Em Ponta Delgada, suicídio de Antero de Quental.
1892: No Pamir, guerra russo-afegã l Em Cuba, José Marti funda o partido revolucionário. l Nascimento de GRACILIANO RAMOS l Em Lisboa, Câmara Pestana cria o Instituto Bacteriológico.l Oliveira Martins: A Inglaterra Hoje. l António Nobre: Só. l Hauptmann: a peça Os Tecelões.
1893: A França e a Inglaterra repartem o Sião. l É fundado o Partido Trabalhista britânico. l Revolução federalista no Rio Grande do Sul, Brasil. l Uganda, colónia inglesa. l As ilhas do Havaí, protectorados dos EUA. l Nascimento de ALMADA NEGREIROS. l Nascimento de Mao Tsé Tung l Rudolf Diesel constrói o primeiro motor diesel. l Verdi: Falstaff. l Verlaine: Elegias. l CRUZ E SOUSA publica Missal (poemas em prosa) e Broquéis (poemas).
1894: Nicolau II, czar da Rússia. l A Itália invade a Abissínia. l O caso Dreyfus, em França. l Guerra sino-japonesa. l Nascimento de Norbert Wiener. l Após o fracasso do Home Rule e em plena crise económica, Gladstone retira-se para a vida privada.l Debussy: Prélude à L'Après Midi d'Un Faune. l Dvorak: Sinfonia do Novo Mundo. l Kipling: O Livro da Selva. l Nascimento de FLORBELA ESPANCA.
1895: Intervenção das potências ocidentais na guerra sino-japonesa; a China renuncia à soberania sobre a Coreia; a Ilha Formosa passa para o Japão. l José Marti lidera, em Cuba, sublevação contra a Espanha; morte de Marti. l Mouzinho de Albuquerque aprisiona NGUNGUNHANE em Chaimite, a aldeia sagrada dos ngunis. l Morte de Pasteur. l Nascimento de Peron. l Fundada, em França, a CGT. l Expedição de Nansen às regiões polares. l Roentgen descobre os raios X. l Em Paris, os irmãos Lumière apresentam o cinematógrafo.
1896: Depois da derrota em Adua, a Itália faz a paz com a Abissínia. l No Brasil, um movimento messiânico liderado por António Conselheiro, ganha apoios e desafia o governo. l A Inglaterra inicia a conquista do Sudão. l Insurreição independentista nas Filipinas. l NGUNGUNHANE chega à ilha Terceira, Açores, onde fica desterrado até à morte l Bacquerel descobre a radioactividade. l Hertzl: escreve O Estado Judaico e fomenta o movimento sionista. l Bartholdi levanta a Estátua da Liberdade, em Nova Iorque. l Em Detroit, é construído o primeiro automóvel Ford. l Primeiros jogos Olímpicos na era moderna, em Atenas. l São criados os prémio Nobel. l Mallarmé: Divagações.
1897: Em Portugal surge a Carbonária. l Marconi inventa a TSF (Telefonia sem Fios). l Rebelião em Cuba. l Guerra entre a Turquia e a Grécia. l Corrida ao ouro no Klondyke (Alasca). l Theodor Hertzl organiza a Conferência Sionista. l Gide: Les Nourritures Terrestres. l Rostand: Cirano de Bergerac. l CRUZ E SOUSA escreve Evocações (poemas em prosa).
1898: Guerra hispano-americana, conquistas dos EUA; Filipinas, Guam, Porto Rico em poder dos EUA; Cuba independente. l Os EUA anexam o Havaí l D'Anunzio: O Fogo. l Tuberculoso, morre CRUZ E SOUSA .
1899: No Porto, vitória eleitoral republicana. l A Guerra dos Boers na África do Sul. l Acordos anglo-francês e luso-britânico para a partilha da África. l A Alemanha, a Inglaterra e os EUA repartem as ilhas oceânicas. l Gravação magnética do som. l Pierre e Marie Curie descobrem o rádio l Nascimento do poeta ANTÓNIO ALEIXO. l Ravel: Pavana para uma Infanta Defunta. l Schoenberg: Noite Transfigurada. l MACHADO DE ASSIS: Dom Casmurro.
1900: Vítor Manuel III, rei da Itália. l Guerra dos boxers, na China; intervenção das potências ocidentais; Sun-Yat-Sen funda o partido socialista revolucionário chinês. l Humberto I da Itália é assassinado pelo anarquista Bresci. l Morte de Nietzsche. l Zeppelin constrói o seu primeiro dirigível. l Em Paris, Exposição Universal. l Planck avança a teoria dos quanta. l Pio Baroja: Vidas Sombrias. l Freud: Interpretação dos Sonhos. l Husserl: Investigações Lógicas. l Gauguin: Noa-Noa. l Cézanne: Natureza Morta com Cebolas. l EÇA DE QUEIRÓS: A Ilustre Casa de Ramires; em 16 de Agosto morre em Paris.
1901: Morte da Rainha Vitória; Eduardo VII, rei da Inglaterra. l Paz de Pequim entre a China e as potências ocidentais. l Criação dos prémios Nobel. l De Vries avança a teoria das mutações. l Com um dirigível, SANTOS-DUMONT circunda a Torre Eiffel. l Nascimento de BENTO DE JESUS CARAÇA em Vila Viçosa. l Nascimento de CECÍLIA MEIRELES. l Shaw: Três Peças para Puritanos. l Eça de Queiroz: A Cidade e as Serras.
1902: Os boers vencidos pelos ingleses. l Os EUA compram a Sociedade do Canal do Panamá. l Nascimento de CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE. l Poincaré: A Ciência e a Hipótese. l Sombart: O Capitalismo Moderno. l Picasso: Nu de costas. l EUCLIDES DA CUNHA: Os Sertões.
1903: Pedro I, rei da Sérvia. l O Panamá separa-se da Colômbia. l Nascimento de CÂNDIDO PORTINARI. l OsValdo Cruz toma posse como director da Saúde Pública; sem contemplações, políticas ou outras, forma e assume a liderança da equipa sanitária que irá erradicar as doenças que dizimam a população brasileira: febre amarela, varíola e peste bubónica. l Morte de Leão XIII, Pio X, Papa. l Irmãos Wright, o voo do mais pesado que o ar. l Primeiros táxis motorizados, em Londres. l É celebrado o Tratado de Petrópolis que põe termo às disputas entre o Brasil e a Bolívia pela posse das terras actualmente integradas no estado de Acre. l Na Rússia, dá-se a divisão do Partido Social-Democrata entre bolcheviques e mencheviques. l Nascimento de PEDRO NAVA em Juiz de Fora, Estado de Minas Gerais, Brasil.
1904: A França corta relações com a Santa Sé. l Guerra russo-japonesa. l O Japão ocupa a Coreia. l Os franceses ocupam Marrocos. l Morte de Stanley. l Elster inventa a célula fotoeléctrica. l D. CARLOS de Portugal inaugura o caminho de ferro de Santarém a Vendas Novas. l Em Lisboa, a primeira sala de cinema: o Salão Ideal. l G. Puccini: Madame Butterfly. l V. Lenine: Duas Tácticas. l Jack London: O Lobo do Mar. MACHADO DE ASSIS: Esaú e Jacó.
1905: Queda de Porto Arthur. l Paz entre a Rússia e o Japão. l Greves revolucionárias na Rússia; chacina de operários; revolta da tripulação do couraçado Potemkine; liderança de Lenine. l Suécia e Noruega separam-se; Haakon VII, rei da Noruega. l Einstein formula a Teoria da Relatividade Restrita. l Morte de RAFAEL BORDALO PINHEIRO. l A. Gaudí: Casa Milà, em Barcelona. l Nascimento de ISMAEL SILVA, o futuro “professor de samba”. l Matisse encabeça o movimento Fauvista. l Morte de JOSÉ DO PATROCÍNIO. l Freud: Teoria da Sexualidade. l Romain Rolland: Jean Cristophe (início).
1906: D. CARLOS de Portugal permite e apoia a ditadura de João Franco que dissolverá o Parlamento em Abril de 1907. l Nos Açores, morte de NGUNGUNHANE. l É assinado o Convénio de Taubaté, entre os governos de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. O acordo visa regulamentar o mercado cafeeiro. Afonso Pena assume a presidência da República. l Em França, revisão do processo Dreyfus. l Censo da população em Londres: 4,5 milhões de habitantes. l Estaline é eleito membro do Comité Central bolchevique. l Morte de Cézanne. l Morte de Pierre Curie. l SANTOS-DUMONT em Paris: primeiro voo público homologado em aparelho mais pesado que o ar. l Modelo atómico de Rutherford. l REYNALDO DOS SANTOS: tese de doutoramento sobre "Aspectos cirúrgicos das pancreatites crónicas". l Maria Montessori, em Roma, funda a «Casa dos Pequenos». l Raul Brandão: Os Pobres. l Em 17 de Dezembro nasce em Tomar FERNANDO LOPES-GRAÇA. l Nascimento de HUMBERTO DELGADO.
1907: Acordo russo-japonês sobre a China. l Lenine deixa a Rússia. l Em Berlim, Osvaldo Cruz obtém a medalha de ouro do XV Congresso Internacional de Higiene e Demografia.l Greve académica em Coimbra. l Dalen inventa as válvulas solares. l Pavlov faz estudos sobre os reflexos condicionados. l D. CARLOS de Portugal recebe um prémio de Oceonografia, na Itália. l Picasso: As Meninas de Avinhão. l Bergson: A Evolução Criadora. l Gorki: A Mãe. l Albeniz: Ibéria.
1908: Em Portugal, regicídio de D. CARLOS e do príncipe herdeiro. l A Holanda conclui a colonização da Indonésia. l Revolução do «jovens turcos». l Francisco José, imperador da Áustria e rei da Hungria, anexa a Bósnia-Herzegovina. l A Bulgária converte-se em reino. l Criação do Congo Belga. l Primeira linha de montagem do mundo, para produção do automóvel modelo T, da Ford. l M. Chagall: Nu Vermelho. l Sorel: Reflexões Sobre a Violência. l MACHADO DE ASSIS: Memorial de Aires; o escritor morre no mesmo ano. l Nasce em Lisboa MARIA HELENA VIEIRA DA SILVA.
1909: Alberto I, rei da Bélgica. l Agitação socialista na Espanha. l No Brasil, a "Campanha Civilista" apresenta Rui Barbosa como candidato à presidência da Repúbica. l Vitória dos «jovens turcos»; Mohamed V, sultão da Turquia. l Clemenceau, Briand, Poincaré: instabilidade governativa na França. l Peary chega ao Pólo Norte. l T. H. Morgan inicia investigações na genética. l O francês Louis Blériot realiza a primeira travessia aérea do Canal da Mancha. l Manifesto futurista de Marinetti. l Morte de EUCLIDES DA CUNHA. l G. Mahler: Sinfonia nº 9. l Teixeira Gomes: Gente Singular.
1910: Revolução do 5 de Outubro e proclamação da República portuguesa; MACHADO SANTOS é o grande herói da revolução; governo provisório presidido por Teófilo Braga. l No Brasil, uma agitada campanha eleitoral culminará com a eleição do marechal Hermes da Fonseca. l Revolta dos marinheiros no Rio de Janeiro contra os castigos corporais na Armada, conhecida como «Revolta da Chibata». l Nascimento de ADONIRAN BARBOSA l RONDON é nomeado 1º director do Serviço de Protecção aos Índios. l Reconhecido, pela primeira vez em Portugal, o direito à greve. l Jorge V, rei da Inglaterra; início da revolta irlandesa. l A Coreia é anexada pelo Japão. l A União Sul-africana converte-se em domínio britânico. l Morte de Tolstoi. l Escavações arqueológicas de A. Evans em Cnosso. l Início da publicação da revista literária A Águia, no Porto. l Exposição pós-impressionista, em Londres. l Manifesto Futurista, em Itália. l Russel e Whitehead: Principia Mathematica. l Wegener: Teoria da Deriva dos Continentes. l Matisse: A Dança. l Stravinsky: O Pássaro de Fogo. l No Hospital de Rilhafoles um louco assassina o Dr. MIGUEL BOMBARDA.
1911: Em Portugal, Manuel de Arriaga é o primeiro presidente constitucional; é aprovada uma nova constituição; lei da separação da Igreja do Estado suscita grave conflito com a Igreja Católica; o Tribunal Constitucional dá às mulheres o direito de voto. l Os franceses ocupam Fez. l Proclamação da República Chinesa por Sun-Yat-Sen. l Insurreição do México, Francisco Madero contra o presidente Porfirio Diaz; Zapata proclama o Plano de Ayalla. l Amundsen atinge o Pólo Sul. l Prémio Nobel da química para Marie Curie. l 1º Salão de Humoristas, em Lisboa, com obras de ALMADA NEGREIROS. l Claudel: O Refém. l A. Conan Doyle: O Círculo Vermelho. l H. G. Wells: O Novo Maquiavel. l Teixeira de Pascoais: Maranus. l Chesterton publica o seu primeiro romance com o detective Padre Brown. l Granados estreia a peça Goyescas, para piano. l Morre FIALHO DE ALMEIDA l EUGÉNIO TAVARES funda o semanário A VOZ DE CABO VERDE.
1912: Primeira guerra balcânica, autonomia da Albânia. l Em França, gabinete de Poincaré. l Cristiano X, rei da Dinamarca. l Yoshi Hito, imperador do Japão. l Convenção internacional dos fusos horários. l Taylor e a organização científica do trabalho. l Osvaldo Cruz comanda o saneamento do vale amazónico.l Naufrágio do Titanic. l Invenção do aço inoxidável. l Jung funda a psicologia analítica. l Primeiro hidroavião. l AUGUSTO DOS ANJOS publica EU, que virá a ser o seu único livro de poemas. l Forrobodó é o grande sucesso de CHIQUINHA GONZAGA. l Schoenberg: Pierrot Lunar. l A. Modigliani: Cabeça de Pedra. l Ravel: Dafne e Cloé l B. Russell: Os Problemas da Filosofia. l Tagore: Gitanjali. l B. Shaw: Pigmaleão.
1913: Segunda guerra balcânica. l Mongólia, protectorado russo. l No México, assassinato de Madero. l RONDON acompanha e orienta o ex-presidente americano Theodore Roosevelt na sua expedição ao Amazonas. l Pensões de velhice e seguros de doença introduzidos nos EUA, na França e na Holanda. l Nascimento de CUNHAL.l Invenção do contador Geiger: aparelho de medição da radioactividade na atmosfera. l Stravinsky: A Sagração da Primavera. l M. Proust: Em Busca do Tempo Perdido. l Freud: Totem e Tabo. l Apollinaire: Alcools. l De Chirico: Praça de Itália. l Unamuno: O Sentimento Trágico da Vida. .
1914: . A. Renoir: A Banhista. l Leger: Mural. l André Gide: Os Subterrâneos do Vaticano. l James Joyce: Gente de Dublin. l Mário de Sá Carneiro: Confissões de Lúcio. l Griffith: O Nascimento de uma Nação. l Morte do poeta AUGUSTO DOS ANJOS.l No Brasil Venceslau Brás é eleito presidente da República. l Abertura do Canal do Panamá. l Em Sarajevo, assassínio do arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do imperador Francisco José; o governo austro-húngaro decide acabar com a Sérvia; a Rússia alia-se à Sérvia; em Paris, a 2ª Internacional decide que os socialistas devem «defender a pátria»; a França apoia a Rússia e a Inglaterra apoia a França; a Alemanha apoia a Áustria-Hungria
1789: Washington, primeiro presidente do EUA l No Brasil, TIRADENTES e a Inconfidência Mineira. l Lavoisier: Tratado Elementar de Química. l William Blake: Canções de Inocência. l Revolução francesa: o Terceiro Estado proclama-se Assembleia Nacional; a capitulação do rei; a tomada da Bastilha; a discussão da Constituição; a Declaração dos Direitos do Homem; a nacionalização dos bens do clero; a fundação do Clube dos Jacobinos; a organização do poder local (consideram os historiadores que, com estes eventos, se dá por encerrada a Idade Moderna e começa a Idade Contemporânea).
1790: Revolução francesa: extinção dos direitos feudais; os bens do clero são postos à venda; Necker resigna; Luís XVI prepara a fuga. l A Bélgica declara-se independente. l Leopoldo II, da Áustria, sobe ao trono do Sacro Império Romano e reprime a revolução dos Países Baixos austríacos. l Vancouver explora a costa noroeste da América. l Na Inglaterra, primeiro moinho movido a vapor. l Os navios começam a ser construídos com cascos de ferro. l Mozart: A Flauta Mágica. l William Blake: O Casamento do Céu e do Inferno. l Kant: Crítica do Juízo.
1791: Revolução francesa: fuga e prisão de Luís XVI. l Tom Paine publica Os Direitos do Homem. l Declaração de Pilnitz: a Áustria e a Prússia dispostas a intervir em França. l O Canadá é dividido em duas províncias, Ontário e Quebeque. l No Haiti, Toussaint L’Ouverture encabeça a revolta dos escravos negros contra os franceses. l Morte de Mozart. l Goethe é nomeado director do Teatro de Weimar. l Marquês de Sade: Justine. l Bocage: Rimas.
1792: Revolução francesa: abolição da monarquia e a república é proclamada; instituição de um tribunal revolucionário; Luís XVI condenado à morte; instituição do divórcio. l A França declara guerra à Áustria e a Prússia declara guerra à França. l A Dinamarca é o primeiro país a abolir o comércio de escravos. l A China invade o Nepal. l Conté inventa o lápis. l Cunhagem do dollar americano. l Mateus Vicente de Oliveira conclui a construção do Palácio de Queluz. l Rouget de l'Isle compõe A Marselhesa l Luís António Verney: O Verdadeiro Método de Estudar. l Nascimento (provável) da heroína baiana MARIA QUITÉRIA. l No Rio de Janeiro, o Inconfidente TIRADENTES é enforcado em praça pública e depois esquartejado. l No Brasil, Tomás António Gonzaga: Marília de Dirceu. l Degredo de Tomás António Gonzaga para Moçambique. l Galvani publica o resultado das suas experiências sobre a electricidade animal e Volta discorre sobre os fenómenos eléctricos.
1793: Revolução francesa: execução de Luís XVI, Maria Antonieta e Filipe de Orleans; fundação do Comité de Salvação Pública, no qual ingressa Robespierre; o período do Terror, implementado pelo Partido único dos Jacobinos; prisão e execução de girondinos; prisão e assassínio de Marat; levantamentos realistas na Bretanha e na Vendeia; Robespierre decreta a liberdade de culto; instrução primária gratuita e obrigatória. l Primeira coligação contra a França: Inglaterra, Áustria, Prússia, Holanda, Espanha e Sardenha. l O Sacro Império Romano declara guerra à França. l A Inglaterra conquista as colónias francesas da Índia. l Fundado nos EUA o Distrito Federal (actual Washington). l Condorcet: Quadro do Progresso do Espírito Humano. l Em Paris, o Louvre é convertido em museu nacional de arte. l Em Lisboa é inaugurado o Teatro de S. Carlos. l Kant: A Religião nos Limites da Razão.
1794: Revolução francesa: Danton, St. Juste e Robespierre guilhotinados. l Em França, separação da Igreja e do Estado. l Abolição da escravatura nas colónias francesas. l Sublevação polaca de Kosciusko. l Aliança de S. Petersburgo: a Rússia, a Inglaterra e a Áustria contra a França. l A França invade a Espanha e a Holanda. l O «Habeas Corpus» é suprimido na Inglaterra. l Difusão da «Declaração dos Direitos do Homem» nos países americanos. l Morte de Lavoisier, guilhotinado. l Eli Whitney inventa a máquina de descascar algodão. l Xavier de Maistre: Viagem à Volta do Meu Quarto. l Fichte: Fundamentos da Teoria da Ciência.
1795: Revolução francesa: a Constituição do Ano III da Revolução; instalação do Directório. l NAPOLEÃO derrota os realistas em Paris. l Fundação da Escola Politécnica de Paris. l Goya pinta A Duquesa de Alba. l Haydn: sinfonia Londres. l Goethe: Wilheim Meister.
1796: NAPOLEÃO comanda o exército francês na Itália e derrota os austríacos e os piemonteses. l A Espanha declara guerra à Inglaterra. l Vacina de Jenner contra a varíola. l Criação da Biblioteca Pública de Lisboa. l Laplace: Exposição do Sistema do Mundo. l Cuvier funda a zoologia comparada. l Em Espanha, a Inquisição confisca Los Caprichos, quadro de Goya. l António Francisco Lisboa, o ALEIJADINHO, é contratado para a execução das estátuas Congonhas do Campo.
1797: Nelson derrota a Invencível Armada espanhola junto ao cabo de S. Vicente. l Em França, Talleyrand é nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros. l Paz de Campo Fórmio: a Áustria e a França definem os respectivos domínios sobre outros povos e nações. l Adams, presidente dos EUA l Lagrange: Teoria das Funções Analíticas.
1798: NAPOLEÃO e a campanha no Egipto. l Nelson derrota a esquadra francesa em Abuquir. l A França anexa Genebra e declara guerra a Nápoles. l Aliança anglo-russa contra a França. l Os espanhóis retiram-se do Haiti, que passa ao domínio francês. l Murdock promove a primeira instalação de gás de iluminação. l Nascimento de Joaquim Lopes, futuro PATRÃO LOPES. l Senefelder inventa a litografia. l Malthus: Ensaio sobre a População. l Wordsworth e Coleridge: Baladas Líricas.
1799: O Directório é derrubado e NAPOLEÃO é eleito primeiro-cônsul. l Pitt promove a Segunda Coligação contra a França, integrada pelos seguintes países: Inglaterra, Rússia, Áustria, Portugal, Turquia e Nápoles. l A Rússia concede à Companhia Russo-Americana o monopólio do comércio do Alasca. l Morte de Washington. l Nascimento de Balzac. l Laplace: Mecânica Celeste (início). l Novalis: O Cristianismo e a Europa. l David: Rapto das Sabinas.
1800: Campanha de NAPOLEÃO na Itália; vence os austríacos na batalha de Marengo. l Os ingleses ocupam Malta. l União da Inglaterra com a Irlanda. l Os franceses compram a Luisiania aos espanhóis. l Experiência socialista de Owen l A Rússia, Suécia, Dinamarca e Prússia constituem a Segunda Neutralidade Armada contra o direito de busca dos navios ingleses. l Volta inventa a pilha eléctrica. l Em Washington é criada a Livraria do Congresso. l Schiller: Maria Stuart. l Cuvier: Lições de Anatomia Comparada. l Goya: A Família de Carlos IV. l David: Retrato de Mme. Récamier.
1801: Alexandre I, czar da Rússia. l Jefferson, presidente dos EUA l Toussaint L’Ouverture escreve e promulga uma Constituição no Haiti. l O francês José-Marie Jacquard inventa o tear automático ou de Jacquard. l Bichar: Anatomia Descritiva.
1802: NAPOLEÃO, cônsul vitalício de França. l Os turcos conquistam o Egipto. l Chateaubriand: O Génio dos Cristianismo.
1803: Guerra entre a França e a Inglaterra. l Os cantões suíços readquirem a independência. l A Luisiania é comprada pelos EUA l Morte de Toussaint L’Ouverture no Fort Joux, em França.
1804: NAPOLEÃO, imperador de França. l Promulgação do Código Civil, em França. l No Haiti, os negros proclamam a independência. l Revolta dos sérvios contra os turcos. l A Inglaterra reinicia a guerra marítima. l Guerra turco-persa. l Morte de Kant. l Beethoven: Sinfonia Heróica
1805: Batalhas de Trafalgar e Austerlitz, fim do Sacro Império Romano-Germânico. l Beethoven: Ópera Fidélio.
1806: Os estados alemães fundam a Confederação do Reno, protectorado de Napoleão; este declara o bloqueio continental à Inglaterra. l NAPOLEÃO rompe com Pio VII. l José Bonaparte, rei de Nápoles. l Luís Bonaparte, rei da Holanda. l Sublevação de Miranda, na Venezuela. l Erigida em Paris a Coluna Vendôme.l Morte do pintor Fragonard.
1807: Primeira invasão francesa em Portugal, comandada por Junot; D. João VI e a corte portuguesa mudam-se para o Brasil. l Jerónimo Bonaparte, rei da Westfália. l Os franceses iniciam a ocupação de Espanha. l Na América, Fulton navega pelo Hudson num barco a vapor. l Na América, Fulton navega pelo Hudson num barco a vapor. l Hegel: Fenomenologia.
1808: No Porto, insurreição contra os franceses. l José Bonaparte, rei de Espanha. l Sustentada pelos ingleses, eclode a guerrilha em Espanha contra os franceses. l Guerra austro-inglesa. l Dalton enuncia a teoria atómica. l D. João VI ordena a abertura dos portos do Brasil aos países amigos. l Gay Lussac enuncia a lei dos gases l Beethoven: Quinta Sinfonia. l Goethe: Fausto. l Proudhon: A Justiça e a Vingança em Perseguição do Crime.
1809: Em Portugal, segunda invasão francesa sob o comando de Soult. l Maertternich, ministro da Áustria. l Nascimento de Lincoln. l Nascimento de Darwin. l Lamarck: Filosofia Zoológica.
1810: Em Portugal, terceira invasão francesa sob o comando de Massena; batalha do Buçaco; linhas de Torres Vedras; retirada dos franceses. l BOLÍVAR, com Miranda proclama a independência da Venezuela. l É publicado o Código Penal, em França. l Bohnenberger inventa o giroscópio. l Goya: Os Desastres da Guerra.
1811: l Krupp funda em Essen a fábrica que tem hoje o seu nome.
1812: Campanha de NAPOLEÃO na Rússia. l Emancipação dos judeus da Prússia. l O Canadá divide-se em duas províncias, uma francesa, outra inglesa. l San Martin chega a Buenos Aires. l Byron: Childe Harold l Irmãos Grimm: Contos.
1813: Guerrilhas de libertação da Europa. l A Holanda separa-se da França. l Nova Granada (Colômbia) e Paraguai proclamam a independência. l BOLÍVAR, em Caracas, é proclamado "Libertador". l Nascimento de Wagner.
1814: Os ingleses em Bordéus. l Após o desastre da campanha da Rússia, NAPOLEÃO abdica e é mandado para o exílio na ilha de Elba; Luís XVIII (Bourbons) ocupa o trono de França. l A Europa é partilhada no Congresso de Viena. l Pio VII restabelece a Inquisição. l O'Higgins luta pela independência do Chile. l Em Londres é instalada a iluminação a gás. l Morte de António Francisco Lisboa, o ALEIJADINHO. l Nascimento de ANA NÉRI. l Hoffmann: Contos.
1815: O Brasil elevado à condição de reino. l NAPOLEÃO evade-se da ilha de Elba; a sua derrota final na batalha de Waterloo; o seu exílio definitivo em Sta. Helena. l Novo Congresso de Viena; Metternich orienta a nova partilha da Europa e das suas colónias, na qual não se reconhecem povos mas apenas soberanos. l Fundação da «Santa Aliança» da Rússia, Prússia e Áustria, a qual visa repor o direito divino dos soberanos contra os anseios liberais dos povos europeus.
1816: Beresford em Portugal. l A Argentina proclama a independência. l Os portugueses no Uruguai. l Invenção do caleidoscópio l Rossini: O Barbeiro de Sevilha.
1817: Em Portugal, execução de Gomes Freire de Andrade. l San Martin inicia a campanha libertadora do Chile. l Independência da Venezuela l David Ricardo: Princípios de Economia. l Leopardi: Cantos.
1818: Bernardotte, rei da Suécia. l Independência do Chile. l Nascimento de Marx.
1819: Os EUA compram a Florida à Espanha. l União de Nova Granada e Venezuela sob o nome de Colômbia. l O exército de libertação de BOLÍVAR atravessa os Andes. l Nascimento da futura Rainha Vitória. l H. C. Oersted descobre o electromagnetismo. l O vapor «Savannah» cruza o Atlântico. l Schopenhauer: O Mundo como Vontade e Representação.
1820: Revolução liberal no Porto e levantamento em Lisboa. l Insurreições liberais em Espanha, Nápoles e Piemonte. l Jorge IV, rei da Inglaterra. l O Equador proclama a independência. l San Martin do Peru. B. Caventou e J. Pelletier descobrem o quinino. l Lamartine: Meditações. l Keats: Contos e Poemas. l W. Scott: Ivanhoe.
1820/1903: Vida de Herbert Spencer.
1821: Fundação do Banco de Lisboa. l Restabelecimento do absolutismo em Nápoles e Piemonte. l Independência do Peru e S. Domingos. l Início da Guerra da Independência grega. l BOLÍVAR proclama a Grã-Colombia. l Morte de NAPOLEÃO na ilha de Santa Helena. l Censo em Portugal: 3 milhões de habitantes.
1822: D. João VI jura a Constituição. l «O grito do Ipiranga», independência do Brasil, D. Pedro I, o imperador, convida José Bonifácio de Andrade e Silva para organizar o primeiro ministério do novo Estado. l Conferência de Guayaquil, entre San Martin e BOLÍVAR. l Na Bahia, disfarçada de homem, Maria Quitéria alista-se como soldado voluntário das forças independentistas.l Nascimento de Pasteur. l Champollion decifra hieróglifos egípcios. l Charles Babbage inventa a Máquina Analítica. l Schubert: Sinfonia Incompleta. l Fourier: Tratado de Associação Doméstico-Agrícola. l Heine: Poesias.
1823: Em Trás-os-Montes, sublevação do conde de Amarante contra os liberais; a Vilafrancada; desterro de D. Miguel para Viena. l Tratado de paz entre Portugal e Brasil. l Nos EUA doutrina Monroe. l A 2 de Julho, na Bahia, as forças independentistas batem definitivamente as tropas portuguesas comandadas pelo general Madeira de Melo. Maria Quitéria é a mais louvada heroína destas guerras pela independência do Brasil.l Guerra franco-espanhola.
1824: Abrilada, insurreição liderada por D. Miguel. l Carlos X, rei de França. l Na Inglaterra, lei concedendo o direito de greve. l Vitórias de BOLÍVAR em Junin e de Sucre em Ayacucho. l Carnot descobre a segunda lei da termodinâmica. l Beethoven: Nona Sinfonia. l Em França, o pintor inglês John Constable alcança grande sucesso com o quadro A Carroça do Feno. l Delacroix pinta Les massacres de Scio. l FERREIRA DE AGUIAR arma esquema para a fundação das Régias Escolas de Cirurgia de Lisboa e do Porto.
1825: Portugal reconhece a independência do Brasil. l Independência da Bolívia e do Uruguai. l Nicolau I, czar da Rússia. l Primeira linha férrea de Estocolmo a Darlington. l Pushkin: Boris Goudonov. l Casanova: História da Minha Vida.l Garrett: Camões. l Manzoni: Os Noivos.
1826: A Constituição outorgada por D. Pedro IV que abdica em favor da filha, D. Maria. l A Inglaterra reconhece as novas repúblicas sul-americanas. l Rivadavia presidente da Argentina. l Primeiro túnel ferroviário entre Liverpool e Manchester. l BOLÍVAR convoca o Congresso do Panamá. l Mendelssohn: Sonho de uma Noite de Verão. l Cooper: O Último dos Mohicanos. l Garrett: D. Branca
1827: Com o apoio da Inglaterra, França e Rússia, a Grécia liberta-se do domínio turco. l Guerra civil em Portugal. l Morte de Beethoven. l Lei de Ohm das correntes eléctricas. l Van Baer descobre o óvulo dos mamíferos.
1828: Regresso de D. Miguel, golpe de estado absolutista; exílio dos liberais. l Independência do Uruguai. l Nascimento de Tolstoi. l Wohler funda a química orgânica.
1829: Braille divulga o sistema de escrita para Cegos. l Começa a difundir-se a locomotiva a vapor. l Balzac começa a escrever A Comédia Humana. l Em Mecejana, Ceará, Brasil, nasce JOSÉ DE ALENCAR, futuro escritor romântico.
1830: Guilherme IV, rei da Inglaterra. l A Bélgica alcança a independência, depois de se libertar dos holandeses. l Luís Filipe I, rei de França. l Independência da Grécia. l A Polónia revolta-se, em vão, contra os russos. l Os franceses ocupam a Argélia. l A Grande Colômbia divide-se em três países: Colômbia, Venezuela e Equador. l Morte de BOLÍVAR. l Berlioz: Sinfonia Fantástica. l Victor Hugo inicia o movimento romântico com o seu romance Hernani. l Comte: Curso de Filosofia Positiva (início). l Stendhal: Vermelho e Negro
1831: Pedro II, imperador do Brasil. l A Bélgica separa-se da Holanda. l Faraday descobre a indução electromagnética. l Faraday descobre a indução electromagnética.l Daumier: primeiras caricaturas. l Victor Hugo: Nossa Senhora de Paris.
1832: D. Pedro assume a regência em Portugal; as tropas liberais desembarcam no Mindelo. l Mickiewicz: Os Peregrinos Polacos.
1833: D. Pedro desembarca em Lisboa. l Isabel II, rainha de Espanha. l Surge a primeira máquina de escrever moderna. l Domingos Bontempo é nomeado professor de Música da rainha D. Maria II. l Michelet: História de França. l Goethe: segundo Fausto. l Balzac: Tio Goriot e Eugénia Grandet.
1834: D. Miguel de Portugal assina a paz de Évora Monte; triunfo do liberalismo. l Morte de D. Pedro e início do reinado de D. Maria. l Schumann: Carnaval. l Lamennais: Palavras de um Crente.
1835: Fernando IV, imperador da Áustria. l Fundação da Agência Noticiosa Havas. l Fundação do New York Herald. l Gogol: Almas Mortas. l Donizetti: Lucia de Lammermoor. l Tocqueville: Sobre a democracia na América.
1835/1910: Vida de Mark Twain.
1836: Texas independente do México. l Liga Comunista constituída em Paris. l Herculano: A Voz do Profeta.
1837: Vitória, rainha de Inglaterra; expansão do Império Britânico. l Os ingleses Wheatstone e William Cook patenteiam o primeiro telégrafo eléctrico; o norte americano Samuel Morse pateia igualmente um. l Thomas Carlyle: French Revolution. l Charles Dickens: Oliver Twist.
1838: Os ingleses em Aden. l A América Central cinde-se em cinco pequenos países: El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica e Guatemala. l Victor Hugo: Gil Blas.
1839: Início da guerra do ópio, na China. l Nascimento de Cézanne. l Invenção fotográfica de Daguerre. l Chopin: Prelúdios. l Hebbel: Judith. l Lermontov: Um Herói do Nosso Tempo. l Stendhal: A Cartuxa de Parma. l Nascimento de MACHADO DE ASSIS.
1840: Em Espanha, primeira guerra carlista. l Frederico Guilherme IV, rei da Prússia. l Governo parlamentar no Canadá l Proudhon: O que é a Propriedade ?
1841: A Nova Zelândia é proclamada colónia inglesa. l Nascimento de Stanley. l Invenção da bateria de carbono e zinco l Feuerbach: A Essência do Cristianismo. l Balzac assina contrato para a edição de A Comédia Humana.
1842: Fim da guerra do ópio; Hong-Kong sob domínio inglês. l Traçada a fronteira entre o Canadá e os EUA l O éter como anestésico. l Nascimento de Antero de Quental em Ponta Delgada.
1843: Natal, colónia inglesa. l Morre o poeta alemão Friedrich Hölderlin l Almeida Garrett: Frei Luís de Sousa.
1844: Guerra entre a França e Marrocos. l Primeira mensagem de Morse. l Fundação da primeira cooperativa de consumo em Rochdale, na Inglaterra. l Nascimento de Nietzsche. l Kierkegaard: O Conceito de Angústia. l Dumas: Os Três Mosqueteiros.
1845: Guerra entre os EUA e o México; Texas, estado americano. l Grande fome na Irlanda. l Richard Hoe inventa a primeira impressora rotativa. l Humboldt: Cosmos. l Poe: O Corvo. l Lewis Carrol: Alice no País das Maravilhas.l F. Engels: A situação da classe trabalhadora em Inglaterra. l Nascimento de EÇA DE QUEIRÓS.
1846: Em Portugal, revolta popular da Maria da Fonte; a Patuleia. l A Áustria ocupa Cracóvia. l Galle observa o planeta Neptuno previsto pelos cálculos de Le Verrier. l Nascimento de RAFAEL BORDALO PINHEIRO. l Proudhon: Sistema das Contradições Económicas. l Alexandre Herculano: História de Portugal.
1847: Libéria, república independente. l Corrida ao ouro na Califórnia. l Em Espanha, segunda guerra carlista. l A França completa a conquista da Argélia. l Nascimento de CASTRO ALVES. l Nascimento de CHIQUINHA GONZAGA. l O norte-americano M. F. Maury publica as primeiras Cartas dos Ventos e das Marés. l Bronté: Jane Eyre. l Nascimento de SOARES DOS REIS.
1848: Luís Napoleão Bonaparte, presidente da República Francesa. l Francisco José I, imperador. l A Suiça converte-se em estado federal. l Disraeli, líder do Partido Conservador inglês. l Fim da guerra entre os EUA e o México: Texas, Novo México e Califórnia incorporam-se nos EUA l Marx e Engels: Manifesto Comunista. l Thackeray: Feira de Vaidades.
1849: Victor Manuel II, rei de Piemonte. l Gorada a unificação da Alemanha. l Em Portugal, Costa Cabral regressa ao poder. l Em Lisboa, inauguração do Teatro Nacional. l Balzac é recusado na Academia de Letras Francesa. l Charles Dickens: David Coperfield.
1850: Paz de Berlim. l Data aproximada de nascimento de NGUNGUNHANE. l Inicia-se a era Mei-Ji no Japão. l Morte de Balzac. l H. Spencer funda a sociologia. l Nascimento de CESÁRIO VERDE.
1851: Luís Napoleão, de presidente da República a imperador de França. l Bismarck é nomeado representante da Prússia na Dieta. l Em Londres, 1ª. Exposição Universal. l Colocação, sob o Canal da mancha, do primeiro cabo telegráfico subaquático. l O alemão Paul Julius funda a agência Reuter. l Singer inventa a máquina de costura. l Melville: Moby Dick. l Labiche: Um Chapéu de Palha de Itália. l Verdi: Rigoletto. l Comte: Sistema de Política Positiva (início).
1852: Em Portugal, a primeira greve (dos tipógrafos). l Napoleão III, imperador. l Fundação da república do Transval. l Em Lisboa, fundação do Instituto Industrial. l Dumas: A Dama das Camélias.
1853: Na Crimeia, o czar Nicolau I em guerra com os turcos. l Nascimento de Van Gogh. l Invenção da Aspirina. l Gobineau defende o racismo: Ensaio sobre a Desigualdade das Raças. l Liszt: Rapsódias Húngaras. l Provavelmente neste ano, nas imediações de Salvador, morre Maria Quitéria, heroína das guerras pela independência do Brasil. l Nascimento de JOSÉ DO PATROCÍNIO.
1854: A Inglaterra e a França intervêm na guerra da Crimeia. l Primeiros tratados comerciais entre o Japão e o Ocidente. l Proclamado o dogma da Imaculada Conceição.
1855: D. Pedro V, rei de Portugal. l Alexandre II, czar da Rússia. l Livingston descobre as cataratas de Vitória. l Walt Whitman: Folhas de Erva. l Burckhardt: Cicerone.
1856: l Fim da guerra da Crimeia; Alexandre II, czar da Rússia. l Lisboa-Carregado, primeira linha férrea portuguesa. l Flaubert: Madame Bovary. l Camilo Castelo Branco: Onde Está a Felicidade ? l Richard Burton parte em busca da nascente do Nilo. l O PATRÃO LOPES socorre a Howard Primrose, escuna inglesa.
1857: Exposição industrial no Porto. l Baudelaire: As Flores do Mal. l JOSÉ DE ALENCAR: romance O Guarani.
1858: A Rússia liberta os servos do domínio imperial. l A China é forçada a abrir vários portos às potências ocidentais. l A França inicia a ocupação da Cochinchina. l Guerra civil no México, Juarez presidente. l Aparições de Lourdes.
1859: A Roménia converte-se em estado. l Inicia-se a construção do Canal de Suez. l Primeira extracção de petróleo nos EUA l George Boole inventa o cálculo binário, base do futuro cálculo electrónico e da informática. l Darwin: A Origem das Espécies. l Marx: Contribuição à Crítica da Economia Política.
1860: Garibaldi proclama Vitor Manuel rei da Itália. l Exércitos franceses e ingleses ocupam Pequim. l Lincoln é eleito presidente dos EUA l Cavour leva a cabo a anexação da Itália Central e põe fim à conquista das Duas Sicílias, por Garibaldi.l São descobertas as nascentes do Nilo. l Elliot: O Moinho à beira do Rio.
1861: Guilherme I, rei da Prússia. l D. Luís, rei de Portugal; a expansão africana com Serpa Pinto, Capelo e Ivens. l Início da Guerra da Secessão, nos EUA l Nightingale dirige a primeira escola de enfermagem, em Londres. l Nascimento de CRUZ E SOUSA.
1862: Lincoln proclama a libertação dos escravos. l Bismarck, primeiro ministro da Prússia. l Garibaldi falha a marcha sobre Roma. l Os franceses ocupam a Cochinchina. l Nascimento de Debussy. l Leroy inventa a primeira máquina de impressão de 3 cores em simultâneo. l Vitor Hugo: Os Miseráveis. l Turgueniev: Pais e Filhos. l Camilo Castelo Branco: Amor de Perdição. l Antero de Quental: Odes Modernas
1863: Cristiano IX, rei da Dinamarca. l Jorge I, rei a Grécia. l Nasce D. CARLOS, futuro monarca de Portugal. l O Cambodja é convertido em protectorado francês. l Pasteur desenvolve o processo que terá o nome de pasteurização. l Renan: Vida de Jesus. l Proudhon: O Princípio Federativo. l Ibsen: Os Pretendentes. l Rosalía de Castro publica Cantares Gallegos.
1864: Abraham Lincoln é reeleito presidente. l O arquiduque Maximiliano da Áustria, imperador do México. l Início da guerra do Paraguai. l Fundação da Cruz Vermelha internacional. l Pasteur demonstra a impossibilidade da geração espontânea. l Goncourt: Renata Mauperin. l Fundação do Diário de Notícias, em Lisboa.
1865: Fim da Guerra de Secessão nos EUA; assassinato de Lincoln l Tripla Aliança do Brasil, Uruguai e Argentina contra o Paraguai. l Nascimento de CÂNDIDO RONDON. l No Porto é inaugurado o Palácio de Cristal. l ANA NÉRI é a primeira enfermeira voluntária na Guerra do Paraguai. l Wagner: Tristão e Isolda. l Broca: Investigações e Observações Antropológicas. l Sully-Prudhomme: Poemas. l Antero de Quental: Odes Modernas. l JOSÉ DE ALENCAR: romance Iracema. l Questão do Bom Senso e Bom Gosto – Carta de Antero de Quental a António Feliciano Castilho.
1865/69: Tolstoi: Guerra e Paz.
1869: O DUQUE DE CAXIAS conquista Assunção, a capital do Paraguai.
1866: Em Espanha, tentativa revolucionária de Prim. l Implantação do primeiro cabo telegráfico transatlântico. l Nobel inventa a dinamite. l Nascimento de EUCLIDES DA CUNHA. l Mendel, leis da hereditariedade: Experiências com Híbridos. l Dostoievski: Crime e Castigo.
1866/67: Marx em Genebra, 1ª Internacional; 1º volume de O Capital.
1867: No México, Maximiliano é fuzilado. l Francisco José, imperador da Áustria e da Hungria. l Garibaldi volta a fracassar numa segunda marcha sobre Roma. l Os EUA compram o Alasca à Rússia. l Mutsu Hito, imperador; o Japão volta a abrir-se ao Ocidente. l Nascimento de Marie Curie. l O fabricante Philo Remington comercializa em larga escala a máquina de escrever. l Morte do pintor Ingres. l A Ferreirinha comanda a luta contra a praga da filoxera (pulgão que mata as vinhas).
1868: Revolução em Espanha, Isabel em fuga, Prim ditador. l Sarmiento, presidente da Argentina. l Queda do Negus da Abissínia, furo jornalístico de Stanley. l Bakunine adere à 1ª. Internacional. l Lautréamont: Os Cantos de Moldoror. l Júlio Dinis: A Morgadinha dos Canaviais. l CASTRO ALVES: O Navio Negreiro.
1869: Tóquio, nova capital do Japão. l Início do Concílio Vaticano. l Nascimento de Gandhi. l Inauguração do Canal do Suez. l Westinghouse inventa o travão de ar comprimido para aplicar aos comboios. l Nos EUA, primeira linha férrea transcontinental. l Mège-Mouriès inventa a margarina. l Mendeleyev: Tabela Periódica dos Elementos. l Zola: Rougon-Macquart. l Verlaine: Festas Galantes. l Por iniciativa do Visconde de Lesseps é inaugurado o Canal de Suez.
1870: Em Portugal, golpe de Estado, de Saldanha. l Assassinato de Prim, em Espanha. l Guerra franco-prussiana; os franceses derrotados em Sédan; revolução em Paris; queda de Napoleão III. l Estabelecido o dogma da infalibilidade papal. l Schliemann inicia as escavações de Tróia. l Carlos Gomes: ópera O Guarani. l CASTRO ALVES: Espumas Flutuantes. l EÇA DE QUEIRÓS e Ramalho Ortigão: O Mistério da Estrada de Sintra. l Baseando-se no romance de José de Alencar, o compositor brasileiro Carlos Gomes apresenta a ópera O Guarani no Scala de Milão.
1871: Queda de Paris. l Guilherme I coroado imperador da Alemanha, em Versailles. l Bismarck constrói o novo império alemão, a Alsácia e a Lorena passam para os alemães. l A Comuna de Paris, apoiada por Marx, embora com reticências. l Esmagamento da Comuna de Paris. l Com Thiers, nova República, em França. l Roma, capital da Itália. l Conferências Democráticas no Casino Lisbonense. l Morte de CASTRO ALVES.l Bécquer: Rimas. l SOARES DOS REIS executa O Desterrado. l Conferências Democráticas no Casino Lisbonense com a participação de Antero de Quental e Eça de Queirós.
1872: Guerra carlista, em Espanha. l A Rainha Vitória inaugura o Albert Hall. l Nasce OSVALDO CRUZ. l Stanley: Como Encontrei Livingstone, best-seller. l Darwin: A Origem do Homem. l Nietzsche: A Origem da Tragédia. l Hernandez: Martin Fierro. l H. C. Anderson alcança um total de 156 Contos publicados.
1873: A república em Espanha. l Crise financeira na Europa e na América. l Maxwell: Tratado de Electricidade e Magnetismo. l Spencer: Sociologia Descritiva. l Cézanne: Homem com Chapéu de Palha. l Renan: O Anticristo. l Tolstoi: Inicia Ana Karenina. l Júlio Verne: Volta ao mundo em 80 dias. l Nascimento de Alberto SANTOS-DUMONT. l No Brasil, o bispo de Olinda interdita a Igreja Católica aos membros da Maçonaria.
1874: Golpe de Estado: Afonso XII, rei de Espanha. l Fundação da União Postal Universal. l Nascimento de EGAS MONIZ l Nascimento de CHURCHILL. l Nascimento de Schoenberg. l Fundação da Sociedade de Geografia, em Lisboa. l I Exposição Colectiva dos Impressionistas, em Paris. l Monet: Dia de Verão l Rimbaud: Iluminações. l Grieg: Peer Gynt. l Mussorgski: Boris Goudonov. l Eça de Queiroz: O Crime do Padre Amaro. l GUILHERME DE AZEVEDO: Alma Nova.
1875: Sublevação na Bósnia-Herzegovina. l RAFAEL BORDALO PINHEIRO cria a figura do “Zé Povinho”. l Nasce MACHADO SANTOS. l Bizet: Carmen. l Eça de Queirós: O Crime do Padre Amaro. l José de Alencar: O Sertanejo.
1876: A Rainha Vitória imperatriz da Índia. l Em Portugal, primeiro directório do Partido Republicano. l Fim da guerra carlista, em Espanha. l Revolução na Turquia: Abdu-ul-Hamid, sultão. l Bell inventa o telefone e Edison o fonógrafo. l Otto inventa o motor de explosão a 4 tempos. l Wagner: O Anel dos Nibelungos. l Mallarmé: L'Après Midi d'un Faune.
1877: Primeiro congresso socialista português. l Serpa Pinto e Roberto Ivens iniciam a travessia de África de Angola a Moçambique. l Anexação do Transval pela Inglaterra. l Nos Balcãs, guerra entre a Rússia e a Turquia. l No Rio de Janeiro, morte do escritor JOSÉ DE ALENCAR. l Brahms: Primeira Sinfonia. l Sant-Saens: Sansão e Dalila.
1878: Nos Balcãs, fim da guerra entre a Rússia e a Turquia; Congresso de Berlim; a grande partilha: Roménia, Sérvia e Montenegro, estados independentes; Bulgária, tributária dos turcos; Chipre para os ingleses; Bosnia-Herzegovina administrada pelos austríacos. l Humberto I, rei de Itália; insucesso dos italianos na Etiópia. l Booth funda o Exército da Salvação. l Hughes inventa o microfone. l Edison inventa a lâmpada incandescente. l Nietzsche: Humano, Demasiado Humano. l EÇA DE QUEIRÓS: O Primo Basílio.
1879: Guerra do Pacífico: Chile contra o Peru e a Bolívia. l Guerra austro-alemã. l Nascimento de Einstein. l Nascimento de Estaline. l Edison inventa a lâmpada eléctrica. l JOSÉ DO PATROCÍNIO inicia a campanha pela abolição da escravatura. l Oliveira Martins funda, em Lisboa, o Clube Republicano e escreve a História da Civilização Ibérica. l Em Lisboa, é publicado o primeiro número de A Voz do Operário. l Pablo Iglesias funda, clandestinamente, o Partido Socialista Operário Espanhol. l Ibsen: Casa de Bonecas. l MACHADO DE ASSIS: Memórias Póstumas de Brás Cubas. l EÇA DE QUEIRÓS: O Conde de Abranhos.
1880: A França ocupa o Taiti. l Buenos Aires, capital da Argentina. l Transval declara-se independente. l Concluída a construção do túnel de S. Gotardo. l Electrificação das ruas de Nova Iorque. l Em Portugal é comemorado o tricentenário da morte de Camões. l Nascimento de REYNALDO DOS SANTOS. l Morte de ANA NÉRI. l EÇA DE QUEIRÓS: O Mandarim l Taine: Filosofia da Arte. l Dostoievski: Os Irmãos Karamazov. l CESÁRIO VERDE publica O Sentimento dum Ocidental.
1881: Alexandre III, czar da Rússia. l Guerra no Egipto, revolta do Sudão, intervenção britânica. l Tunes, protectorado francês. l Independência dos boers sob supremacia britânica. l Nascimento de Picasso. l Início da construção do Canal do Panamá. l Tchaikovski: 1812. l Fundação do jornal O Século. l Ibsen: Espectros l Machado de Assis: Memórias Póstumas de Brás Cubas. l Borodine: O Príncipe Igor. l Offenbach: Contos de Hoffmann. l Oliveira Martins: Portugal Contemporâneo.
1882: Tripla Aliança da Áustria, Alemanha e Itália. l A Inglaterra ocupa o Egipto. l Fundada a colónia italiana da Eritreia. l Nos EUA primeira lei de restrição à emigração. l Morte de Darwin. l Nascimento de MONTEIRO LOBATO. l Nascimento de Roosevelt. l Nascimento de Stravinski. l Nascimento de James Joyce. l Daimler constrói o motor a gasolina. l Koch descobre o bacilo da tuberculose. l Charcot inaugura a sua cátedra na Salpetrière. l Clarín, em Madrid, volta a ocupar a cátedra de Direito. l GUILHERME DE AZEVEDO morre em Paris
1883: Annam e Tonkin, protectorados franceses. l A França ocupa Madagáscar. l Morte de Wagner. l Morte de Marx. l Chardonnet inventa o rayon, primeira fibra sintética do mundo. l Morre Gustave Doré, desenhador e gravador francês.l Maupassant: Uma Vida. l Villiers de l'Isle Adam: Contos Cruéis. l Nietzsche: Assim falou Zaratustra.
1884: Fundação da Guiné britânica. l Fundação da colónia alemã do sudoeste africano (Namíbia). l Início da conferência de Berlim, na qual se discute a partilha da África pelas potências europeias; a Alemanha coloniza o sudoeste africano. l A luta por Annam desencadeia a guerra franco-chinesa. l O exército chileno retira-se do Peru. l Na Inglaterra, fundação da sociedade fabiana. l Nascimento do poeta AUGUSTO DOS ANJOS.l F. Engels: A Origem da Família, da Propriedade e do Estado.
1885: Término da conferência colonial de Berlim. l Os ingleses fundam a Nigéria. l Criação do estado do Congo. l Paz franco-chinesa. l Acordo sino-japonês sobre a Coreia. l Afonso XIII, rei de Espanha, sob a regência de Maria Cristina. l Guerra servo-búlgara. l Pasteur descobre e aplica a vacina anti-rábica num ser humano. l Weismann avança a teoria do plasma germinativo. l Freud funda a Psicanálise. l O alemão Benz constrói um automóvel a gasolina. l Nascimento de SOUSA MENDES. l No Rio de Janeiro o funeral da mãe de JOSÉ DO PATROCÍNIO converte-se num grandioso comício pró abolição da escravatura. l Van Gogh: Os Comedores de Batatas. l Nietzsche: Além do Bem e do Mal. l Zola: Germinal. l Mark Twain: As Aventuras de Hucleberry Finn. l Guerra Junqueiro: A Velhice do Padre Eterno. l Nasce AQUILINO RIBEIRO
1886: Os portuguesas idealizam, em África, o mapa cor-de-rosa, de costa a costa. l Paz servo-búlgara. l D. CARLOS de Portugal casa com Amélia de Orleans, princesa francesa. l Descoberta de ouro no Transval. l Invenção do linótipo. l Sob a forma de um xarope, é inventada a fórmula que posteriormente dará origem à coca-cola. l Morte de CESÁRIO VERDE.l Stevenson: O Estranho Caso do Dr.Jeikyl e o Sr. Hyde. l Antero de Quental: Sonetos.l Em Recife, Pernambuco, nasce MANUEL BANDEIRA l LUÍS II DE WITTELSBACH é preso e deposto
1887: Fundação da Rodésia. l Primeira conferência imperial britânica das colónias autónomas. l Berliner inventa o gramofone e o disco. l A. Waller realiza o primeiro electrocardiograma humano. l SOARES DOS REIS executa a estátua de D. AFONSO HENRIQUES. l EÇA DE QUEIRÓS: A Relíquia. l No Rio de Janeiro, nasce HEITOR VILLA-LOBOS. l Silva Pinto edita O LIVRO DE CESÁRIO VERDE.
1888: Guilherme II, «kaiser» da Alemanha. l Abolição da escravatura no Brasil. l Nascimento de FERNANDO PESSOA. l Hertz demonstra a existência de ondas electromagnéticas. l Eastman inventa a máquina fotográfica Kodak. l Van Gogh: Auto-Retrato; Os Girassóis. l Strindeberg: Senhorita Júlia. l EÇA DE QUEIRÓS: Os Maias.
1889: Em Paris, a eleição de Boulanger e, no mesmo ano, a sua fuga. l Em Paris, é aberta a Exposição Internacional. l No Brasil é proclamada a República. l Congresso socialista em Paris, fundação da 2ª. Internacional. l Em Washington, 1ª.Conferência Pan-americana. l Em Portugal, início do reinado de D. CARLOS. l Mutsu-Hito promulga a constituição no Japão. l Nascimento de HITLER, na Áustria. l Brown Sequard descobre a função das glândulas de secreção interna. l Kossel investiga os núcleos celulares. l Construção da Torre Eiffel. l Nascimento de SALAZAR. l Suicídio de SOARES DOS REIS. l Nascimento de ABEL SALAZAR. l Durkheim: Elementos de Sociologia. l Yeats: As Peregrinações de Oisin. l Tchekov: A Gaivota l EÇA DE QUEIRÓS: A Correspondência de Fradique Mendes. l CHIQUINHA GONZAGA compõe a famosa marcha carnavalesca Ó abre alas... l FIALHO DE ALMEIDA publica o primeiro panfleto de Os Gatos
1890: A propósito da partilha de África, ultimato da Grã-Bretanha a Portugal. l Rebelião dos tsongas na região de Lourenço Marques. l Luxemburgo, grão-ducado independente. l O Primeiro de Maio é pela primeira vez celebrado internacionalmente como Festa do Trabalho. l Guilhermina, rainha da Holanda. l Queda de Bismarck. l Criação da União Pan-americana. l Morte de Van Gogh. l Morre o PATRÃO LOPES. l Nascimento de De Gaulle. l Behring descobre a vacina anti diftérica. l Cézanne: Os Jogadores de Cartas. l Franck: Sinfonia em Ré Menor. l Fauré: Cinco Melodias l James: Princípios de Psicologia. l Oscar Wilde: O Retrato de Dorian Gray. l Knut Hamsun: Fome. l Publicação dos Poemas (póstumos) de Dickinson.
1891: No Porto, revolta do 31 de Janeiro. l No Brasil, Deodoro da Fonseca é eleito Presidente da República. l Encíclica Rerum Novarum de Leão XIII. l A Rússia inicia a construção da linha férrea transiberiana. l Para a Inglaterra, Rhodes inicia a conquista do Niassalândia e do país que será a Rodésia. l Rui Barbosa e a Constituição democrática do Brasil. l Ibsen: Hedda Gabler. l Cézanne: Retrato da Minha Esposa. l Oliveira Martins: Os Filhos de D. João I. l Em Ponta Delgada, suicídio de Antero de Quental.
1892: No Pamir, guerra russo-afegã l Em Cuba, José Marti funda o partido revolucionário. l Nascimento de GRACILIANO RAMOS l Em Lisboa, Câmara Pestana cria o Instituto Bacteriológico.l Oliveira Martins: A Inglaterra Hoje. l António Nobre: Só. l Hauptmann: a peça Os Tecelões.
1893: A França e a Inglaterra repartem o Sião. l É fundado o Partido Trabalhista britânico. l Revolução federalista no Rio Grande do Sul, Brasil. l Uganda, colónia inglesa. l As ilhas do Havaí, protectorados dos EUA. l Nascimento de ALMADA NEGREIROS. l Nascimento de Mao Tsé Tung l Rudolf Diesel constrói o primeiro motor diesel. l Verdi: Falstaff. l Verlaine: Elegias. l CRUZ E SOUSA publica Missal (poemas em prosa) e Broquéis (poemas).
1894: Nicolau II, czar da Rússia. l A Itália invade a Abissínia. l O caso Dreyfus, em França. l Guerra sino-japonesa. l Nascimento de Norbert Wiener. l Após o fracasso do Home Rule e em plena crise económica, Gladstone retira-se para a vida privada.l Debussy: Prélude à L'Après Midi d'Un Faune. l Dvorak: Sinfonia do Novo Mundo. l Kipling: O Livro da Selva. l Nascimento de FLORBELA ESPANCA.
1895: Intervenção das potências ocidentais na guerra sino-japonesa; a China renuncia à soberania sobre a Coreia; a Ilha Formosa passa para o Japão. l José Marti lidera, em Cuba, sublevação contra a Espanha; morte de Marti. l Mouzinho de Albuquerque aprisiona NGUNGUNHANE em Chaimite, a aldeia sagrada dos ngunis. l Morte de Pasteur. l Nascimento de Peron. l Fundada, em França, a CGT. l Expedição de Nansen às regiões polares. l Roentgen descobre os raios X. l Em Paris, os irmãos Lumière apresentam o cinematógrafo.
1896: Depois da derrota em Adua, a Itália faz a paz com a Abissínia. l No Brasil, um movimento messiânico liderado por António Conselheiro, ganha apoios e desafia o governo. l A Inglaterra inicia a conquista do Sudão. l Insurreição independentista nas Filipinas. l NGUNGUNHANE chega à ilha Terceira, Açores, onde fica desterrado até à morte l Bacquerel descobre a radioactividade. l Hertzl: escreve O Estado Judaico e fomenta o movimento sionista. l Bartholdi levanta a Estátua da Liberdade, em Nova Iorque. l Em Detroit, é construído o primeiro automóvel Ford. l Primeiros jogos Olímpicos na era moderna, em Atenas. l São criados os prémio Nobel. l Mallarmé: Divagações.
1897: Em Portugal surge a Carbonária. l Marconi inventa a TSF (Telefonia sem Fios). l Rebelião em Cuba. l Guerra entre a Turquia e a Grécia. l Corrida ao ouro no Klondyke (Alasca). l Theodor Hertzl organiza a Conferência Sionista. l Gide: Les Nourritures Terrestres. l Rostand: Cirano de Bergerac. l CRUZ E SOUSA escreve Evocações (poemas em prosa).
1898: Guerra hispano-americana, conquistas dos EUA; Filipinas, Guam, Porto Rico em poder dos EUA; Cuba independente. l Os EUA anexam o Havaí l D'Anunzio: O Fogo. l Tuberculoso, morre CRUZ E SOUSA .
1899: No Porto, vitória eleitoral republicana. l A Guerra dos Boers na África do Sul. l Acordos anglo-francês e luso-britânico para a partilha da África. l A Alemanha, a Inglaterra e os EUA repartem as ilhas oceânicas. l Gravação magnética do som. l Pierre e Marie Curie descobrem o rádio l Nascimento do poeta ANTÓNIO ALEIXO. l Ravel: Pavana para uma Infanta Defunta. l Schoenberg: Noite Transfigurada. l MACHADO DE ASSIS: Dom Casmurro.
1900: Vítor Manuel III, rei da Itália. l Guerra dos boxers, na China; intervenção das potências ocidentais; Sun-Yat-Sen funda o partido socialista revolucionário chinês. l Humberto I da Itália é assassinado pelo anarquista Bresci. l Morte de Nietzsche. l Zeppelin constrói o seu primeiro dirigível. l Em Paris, Exposição Universal. l Planck avança a teoria dos quanta. l Pio Baroja: Vidas Sombrias. l Freud: Interpretação dos Sonhos. l Husserl: Investigações Lógicas. l Gauguin: Noa-Noa. l Cézanne: Natureza Morta com Cebolas. l EÇA DE QUEIRÓS: A Ilustre Casa de Ramires; em 16 de Agosto morre em Paris.
1901: Morte da Rainha Vitória; Eduardo VII, rei da Inglaterra. l Paz de Pequim entre a China e as potências ocidentais. l Criação dos prémios Nobel. l De Vries avança a teoria das mutações. l Com um dirigível, SANTOS-DUMONT circunda a Torre Eiffel. l Nascimento de BENTO DE JESUS CARAÇA em Vila Viçosa. l Nascimento de CECÍLIA MEIRELES. l Shaw: Três Peças para Puritanos. l Eça de Queiroz: A Cidade e as Serras.
1902: Os boers vencidos pelos ingleses. l Os EUA compram a Sociedade do Canal do Panamá. l Nascimento de CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE. l Poincaré: A Ciência e a Hipótese. l Sombart: O Capitalismo Moderno. l Picasso: Nu de costas. l EUCLIDES DA CUNHA: Os Sertões.
1903: Pedro I, rei da Sérvia. l O Panamá separa-se da Colômbia. l Nascimento de CÂNDIDO PORTINARI. l OsValdo Cruz toma posse como director da Saúde Pública; sem contemplações, políticas ou outras, forma e assume a liderança da equipa sanitária que irá erradicar as doenças que dizimam a população brasileira: febre amarela, varíola e peste bubónica. l Morte de Leão XIII, Pio X, Papa. l Irmãos Wright, o voo do mais pesado que o ar. l Primeiros táxis motorizados, em Londres. l É celebrado o Tratado de Petrópolis que põe termo às disputas entre o Brasil e a Bolívia pela posse das terras actualmente integradas no estado de Acre. l Na Rússia, dá-se a divisão do Partido Social-Democrata entre bolcheviques e mencheviques. l Nascimento de PEDRO NAVA em Juiz de Fora, Estado de Minas Gerais, Brasil.
1904: A França corta relações com a Santa Sé. l Guerra russo-japonesa. l O Japão ocupa a Coreia. l Os franceses ocupam Marrocos. l Morte de Stanley. l Elster inventa a célula fotoeléctrica. l D. CARLOS de Portugal inaugura o caminho de ferro de Santarém a Vendas Novas. l Em Lisboa, a primeira sala de cinema: o Salão Ideal. l G. Puccini: Madame Butterfly. l V. Lenine: Duas Tácticas. l Jack London: O Lobo do Mar. MACHADO DE ASSIS: Esaú e Jacó.
1905: Queda de Porto Arthur. l Paz entre a Rússia e o Japão. l Greves revolucionárias na Rússia; chacina de operários; revolta da tripulação do couraçado Potemkine; liderança de Lenine. l Suécia e Noruega separam-se; Haakon VII, rei da Noruega. l Einstein formula a Teoria da Relatividade Restrita. l Morte de RAFAEL BORDALO PINHEIRO. l A. Gaudí: Casa Milà, em Barcelona. l Nascimento de ISMAEL SILVA, o futuro “professor de samba”. l Matisse encabeça o movimento Fauvista. l Morte de JOSÉ DO PATROCÍNIO. l Freud: Teoria da Sexualidade. l Romain Rolland: Jean Cristophe (início).
1906: D. CARLOS de Portugal permite e apoia a ditadura de João Franco que dissolverá o Parlamento em Abril de 1907. l Nos Açores, morte de NGUNGUNHANE. l É assinado o Convénio de Taubaté, entre os governos de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. O acordo visa regulamentar o mercado cafeeiro. Afonso Pena assume a presidência da República. l Em França, revisão do processo Dreyfus. l Censo da população em Londres: 4,5 milhões de habitantes. l Estaline é eleito membro do Comité Central bolchevique. l Morte de Cézanne. l Morte de Pierre Curie. l SANTOS-DUMONT em Paris: primeiro voo público homologado em aparelho mais pesado que o ar. l Modelo atómico de Rutherford. l REYNALDO DOS SANTOS: tese de doutoramento sobre "Aspectos cirúrgicos das pancreatites crónicas". l Maria Montessori, em Roma, funda a «Casa dos Pequenos». l Raul Brandão: Os Pobres. l Em 17 de Dezembro nasce em Tomar FERNANDO LOPES-GRAÇA. l Nascimento de HUMBERTO DELGADO.
1907: Acordo russo-japonês sobre a China. l Lenine deixa a Rússia. l Em Berlim, Osvaldo Cruz obtém a medalha de ouro do XV Congresso Internacional de Higiene e Demografia.l Greve académica em Coimbra. l Dalen inventa as válvulas solares. l Pavlov faz estudos sobre os reflexos condicionados. l D. CARLOS de Portugal recebe um prémio de Oceonografia, na Itália. l Picasso: As Meninas de Avinhão. l Bergson: A Evolução Criadora. l Gorki: A Mãe. l Albeniz: Ibéria.
1908: Em Portugal, regicídio de D. CARLOS e do príncipe herdeiro. l A Holanda conclui a colonização da Indonésia. l Revolução do «jovens turcos». l Francisco José, imperador da Áustria e rei da Hungria, anexa a Bósnia-Herzegovina. l A Bulgária converte-se em reino. l Criação do Congo Belga. l Primeira linha de montagem do mundo, para produção do automóvel modelo T, da Ford. l M. Chagall: Nu Vermelho. l Sorel: Reflexões Sobre a Violência. l MACHADO DE ASSIS: Memorial de Aires; o escritor morre no mesmo ano. l Nasce em Lisboa MARIA HELENA VIEIRA DA SILVA.
1909: Alberto I, rei da Bélgica. l Agitação socialista na Espanha. l No Brasil, a "Campanha Civilista" apresenta Rui Barbosa como candidato à presidência da Repúbica. l Vitória dos «jovens turcos»; Mohamed V, sultão da Turquia. l Clemenceau, Briand, Poincaré: instabilidade governativa na França. l Peary chega ao Pólo Norte. l T. H. Morgan inicia investigações na genética. l O francês Louis Blériot realiza a primeira travessia aérea do Canal da Mancha. l Manifesto futurista de Marinetti. l Morte de EUCLIDES DA CUNHA. l G. Mahler: Sinfonia nº 9. l Teixeira Gomes: Gente Singular.
1910: Revolução do 5 de Outubro e proclamação da República portuguesa; MACHADO SANTOS é o grande herói da revolução; governo provisório presidido por Teófilo Braga. l No Brasil, uma agitada campanha eleitoral culminará com a eleição do marechal Hermes da Fonseca. l Revolta dos marinheiros no Rio de Janeiro contra os castigos corporais na Armada, conhecida como «Revolta da Chibata». l Nascimento de ADONIRAN BARBOSA l RONDON é nomeado 1º director do Serviço de Protecção aos Índios. l Reconhecido, pela primeira vez em Portugal, o direito à greve. l Jorge V, rei da Inglaterra; início da revolta irlandesa. l A Coreia é anexada pelo Japão. l A União Sul-africana converte-se em domínio britânico. l Morte de Tolstoi. l Escavações arqueológicas de A. Evans em Cnosso. l Início da publicação da revista literária A Águia, no Porto. l Exposição pós-impressionista, em Londres. l Manifesto Futurista, em Itália. l Russel e Whitehead: Principia Mathematica. l Wegener: Teoria da Deriva dos Continentes. l Matisse: A Dança. l Stravinsky: O Pássaro de Fogo. l No Hospital de Rilhafoles um louco assassina o Dr. MIGUEL BOMBARDA.
1911: Em Portugal, Manuel de Arriaga é o primeiro presidente constitucional; é aprovada uma nova constituição; lei da separação da Igreja do Estado suscita grave conflito com a Igreja Católica; o Tribunal Constitucional dá às mulheres o direito de voto. l Os franceses ocupam Fez. l Proclamação da República Chinesa por Sun-Yat-Sen. l Insurreição do México, Francisco Madero contra o presidente Porfirio Diaz; Zapata proclama o Plano de Ayalla. l Amundsen atinge o Pólo Sul. l Prémio Nobel da química para Marie Curie. l 1º Salão de Humoristas, em Lisboa, com obras de ALMADA NEGREIROS. l Claudel: O Refém. l A. Conan Doyle: O Círculo Vermelho. l H. G. Wells: O Novo Maquiavel. l Teixeira de Pascoais: Maranus. l Chesterton publica o seu primeiro romance com o detective Padre Brown. l Granados estreia a peça Goyescas, para piano. l Morre FIALHO DE ALMEIDA l EUGÉNIO TAVARES funda o semanário A VOZ DE CABO VERDE.
1912: Primeira guerra balcânica, autonomia da Albânia. l Em França, gabinete de Poincaré. l Cristiano X, rei da Dinamarca. l Yoshi Hito, imperador do Japão. l Convenção internacional dos fusos horários. l Taylor e a organização científica do trabalho. l Osvaldo Cruz comanda o saneamento do vale amazónico.l Naufrágio do Titanic. l Invenção do aço inoxidável. l Jung funda a psicologia analítica. l Primeiro hidroavião. l AUGUSTO DOS ANJOS publica EU, que virá a ser o seu único livro de poemas. l Forrobodó é o grande sucesso de CHIQUINHA GONZAGA. l Schoenberg: Pierrot Lunar. l A. Modigliani: Cabeça de Pedra. l Ravel: Dafne e Cloé l B. Russell: Os Problemas da Filosofia. l Tagore: Gitanjali. l B. Shaw: Pigmaleão.
1913: Segunda guerra balcânica. l Mongólia, protectorado russo. l No México, assassinato de Madero. l RONDON acompanha e orienta o ex-presidente americano Theodore Roosevelt na sua expedição ao Amazonas. l Pensões de velhice e seguros de doença introduzidos nos EUA, na França e na Holanda. l Nascimento de CUNHAL.l Invenção do contador Geiger: aparelho de medição da radioactividade na atmosfera. l Stravinsky: A Sagração da Primavera. l M. Proust: Em Busca do Tempo Perdido. l Freud: Totem e Tabo. l Apollinaire: Alcools. l De Chirico: Praça de Itália. l Unamuno: O Sentimento Trágico da Vida. .
1914: . A. Renoir: A Banhista. l Leger: Mural. l André Gide: Os Subterrâneos do Vaticano. l James Joyce: Gente de Dublin. l Mário de Sá Carneiro: Confissões de Lúcio. l Griffith: O Nascimento de uma Nação. l Morte do poeta AUGUSTO DOS ANJOS.l No Brasil Venceslau Brás é eleito presidente da República. l Abertura do Canal do Panamá. l Em Sarajevo, assassínio do arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do imperador Francisco José; o governo austro-húngaro decide acabar com a Sérvia; a Rússia alia-se à Sérvia; em Paris, a 2ª Internacional decide que os socialistas devem «defender a pátria»; a França apoia a Rússia e a Inglaterra apoia a França; a Alemanha apoia a Áustria-Hungria
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